“Você ia embora, não é?” ele pergunta.

Eu sei que ele está se referindo ao momento em que colidi com ele. Não respondo, porque ele já sabia a verdade. Não via necessidade de repetir algo que ele já sabia.

“Por quê?” ele pergunta em voz baixa.

Havia tristeza na voz dele.

“Ela entrou e seus olhos se voltaram para ela. Então você se levantou e foi até ela sem dizer uma palavra para mim. É como se, aos seus olhos, ela fosse a única que existisse” eu respondo.

Era a verdade. Era o que eu via dos meus olhos. Era minha perspectiva de onde eu estava sentada e tudo fazia sentido agora.

“Eu ia cumprimentá-la e trazê-la até nossa mesa para que ela te conhecesse” ele diz, quase gritando. A raiva substituindo a tristeza.

“Sério? Porque não foi isso que eu vi... Você poderia ter me contado isso antes de simplesmente se levantar e me deixar sentada. Poxa, você poderia ter me pedido para ir com você cumprimentá-la, mas não fez. Você me deixou e foi imediatamente até ela... o que eu deveria fazer? Sent