Na próxima semana vai acontecer um evento anual em que empresas e pessoas ricas doam dinheiro para instituições de caridade, desde que fui convidado pela primeira vez eu vou todos os anos, eu queria muito que esse ano minha esposa fosse comigo. Será nossa primeira vez indo a um evento assim como casados, creio que será importante para mim e para ela essa interação com alguns outros trabalhos que eu faço, de ajuda humanitária e animal. —Amor, próxima semana é o evento que eu comentei. Vamos deixar o Miguel em casa com Abigail, ou até lá você quer uma babá? —perguntei.—Você quer que eu vá com você? —ela questionou. —Bom, eu só tenho uma esposa e ela é você. Então... eu gostaria que você fosse. — pontuei. —Claro que eu vou, falarei com Abigail, acho que é melhor a gente procurar uma babá com calma, para não escolher errado. — ela explicou. —Então é isso, você pode chamar minha irmã para irem em uma loja comprar o que precisar. —eu retirei a carteira do bolso e entreguei o cartão a e
Siobhan Byrne Toda a situação saiu do controle, eu não quis ter atirado nele, eu juro que não, mas eu não pude evitar, minha vida mudou radicalmente desde que eu me casei com Kelly, e agora eu percebo que não foi nada para melhor, minha família a odeia e agora eu tenho medo de perceber que eles estavam certos.Uma coisa é acabar com a carreira de um homem, outra coisa é simplesmente atirar em uma pessoa e ser preso por isso, se Oscar Jarvis morrer eu nunca mais saio da cadeira. As coisas que ele disse, ele parecia estar falando a verdade, eu deveria ter ouvido melhor aquele homem, mas ele pulou em cima de mim, eu não quis ter atirado, mas nossas mãos estavam descontroladas e quando eu vi, ele estava caido no banco e a polícia me tirando do carro. —Posso fazer minha ligação? —perguntei ao policial que me interrogava. —Vá em frente. —ele disse. Eu já estava desconfiado desde alguns dias atrás, mas as mulheres conseguem ser persuasivas as vezes e minha esposa Kelly é assim, ela conse
—Vamos, você vai amar os lugares que vou te mostrar, são incríveis. —Alina falou animada. Oscar foi para a empresa e deixou que eu e Miguel pudéssemos aproveitar a nossa tarde, Abigail também se juntou a nós para avaliarmos alguns vestidos. Nós não chegamos a pisar o pé na porta e Anthony correu descendo as escadas, ele falava rápido ao telefone e gritou para que a gente não saísse.—O que está acontecendo? —minha sogra perguntou. —Tony, o que houve? —perguntei. Ele falou mais alguns segundos e veio até nós, estava nervoso e parecia preocupado, me bateu uma sensação estranha, minha mente logo me levou para meu marido. —Recebi uma ligação de Oscar agora, parece que havia um homem com ele no carro, pelo que entendi, ele estava sendo feito de refém. Liguei para a polícia e dei a possível localização e descrição do veículo. Estou indo para lá. —Não... não posso ser —sussurrei nervosa. Senti uma pontada muito forte de dor em meu peito e caí no sofá, com dificuldade para respirar. —Eu
Eu e minha mãe estamos mantendo contato a todo momento, eu contei sobre o que aconteceu e o estado de saúde do meu marido, em alguns momentos eu mais chorava do que falava. Isso é horrível, a sensação de ser inútil em um momento como esse e saber que tanto dinheiro não vai servir para trazer meu marido de volta com saúde. Todo mundo da família Jarvis estava reunido na sala da minha casa, já tem uns cinco minutos que todo mundo está em silêncio, apenas encarando um ao outro, com exceção de Miguel, que está se arrastando pelo tapete e balbuciando coisas. A família Jarvis está completamente arrasada com o que aconteceu, inclusive, todo mundo está na cola dos policiais, dando tudo de si para que os culpados por isso sejam presos. —Andria. —meu cunhado me chamou. —Sim? —A O.J é uma das empresas que fará uma doação para duas instituições, uma ONG que trabalha com crianças órfãs de pais morreram em conflitos políticos e outra ONG que trabalham resgatando animais de rua, as doações são
Meu marido ter sido preso foi um golpe duro, aquele idiota foi fazer o que eu não pedi e acabou nisso, agora tenho que pensar em uma forma de sair dessa situação. Eu não quero que Oscar Jarvis morra, egoísta da minha parte, claro. Eu quero que ele viva e sua namoradinha vá para o lugar onde ele está agora. Em breve vai ocorrer um evento beneficente onde eu o conheci, eu tenho quase certeza que toda a família Jarvis vai, acredito que a namorada dele também vai e é nesse momento que eu posso chegar nela. Eu não tenho nenhum problema pessoal com ela, mas Oscar Jarvis não merece ficar com ninguém, ele me humilhou como se eu fosse uma cadela, e eu sou muito mais bonita e influente que essa brasileira sem nome. —Bom dia, eu gostaria de visitar o paciente Oscar Jarvis. —me apresentei. Estou na recepção do hospital tentando chegar perto dele e ver com meus próprios olhos, talvez dizer algumas coisas que ele precisa ouvir. —Documento, por favor. —ela pediu. Eu entreguei uma identidade fa
—Ele ainda não está respondendo como gostaríamos, mas vai ficar tudo bem, vamos aguardar. Desde que Oscar está aqui, é sempre isso que eu ouço, já estou cansada de não poder ver meu marido, vou voltar para casa irritada e chamar meu cunhado para uma conversa, ele precisa me ajudar a resolver essa questão. —Sempre a mesma resposta, vou precisar entrar na justiça para ver meu marido? —questionei irritada. —Seja paciente, senhora Jarvis, tudo vai acabar bem. —ele falou. —Disso eu tenho certeza. —rebati ainda nervosa. Quando eu percebi que aquela piranha estava rondando o hospital do meu marido, praticamente obriguei meu cunhado a colocar dois seguranças na porta, eu com certeza não deixaria ele sozinho em uma situação tão vulnerável. Coloquei Miguel no bebê conforto e nós saímos do hospital, o evento é hoje à noite e eu preciso estar bem para fazer meu discurso. Já escrevi tudo o que eu vou dizer e espero que dê tudo certo, eu gostaria muito que meu marido estivesse lá comigo. Qua
Passei pelas mesas graciosamente, os soldados ficaram na porta enquanto eu entrava, eu avisei a eles que possivelmente uma mulher entraria ali, já que eles ficariam interagindo e disfarçando. Eu entrei e fiquei de frente para o espelho, abri minha pequena bolsa de mão e tirei um batom, comecei a retocar, não sei quanto tempo eu passei fazendo isso, só sei que finalmente eu ouvi a porta abrindo. Guardei o batom na bolsa novamente e dei um pequeno sorriso. —Então, você casou com ele. —ouvi a voz atrás de mim. Virei devagar na direção dela e tive que fazer muita força para não pular em cima dela, mas eu precisava ganhar tempo até Anthony chegar com os policiais. —Se você não for cega, vai ver o tamanho da minha aliança. —rebati. —Você está se achando muito, não é? Não sei o que ele viu em você.—ela falou debochada. —Mas essa sua brincadeira de casinha com ele não vai durar muito, ele quase não está vivo. —Acho que ele viu em mim o que você não tem, já que ele te colocou pra fora d
—Não posso acreditar que você está bem... —eu falei ainda chorando. —Estou, eu prometo que vou explicar tudo, mas precisamos ir a delegacia. —ele disse. —Espere, sua família, Miguel... ele vai ficar tão feliz em ver você. —falei emocionada. —Todos eles já foram para casa, estou com saudades do meu filho, mas infelizmente precisamos passar na delegacia antes. —ele insistiu. —Não sei se vou perdoar você por fazer isso, Oscar. —comentei. —Me desculpe, querida. As coisas vão dar certo agora, eu prometo. —ele beijou meu pescoço e segurou em minha mão. Quando saímos do banheiro, algumas pessoas vieram cumprimentar meu marido e questionaram a sua ausência, Oscar inventou uma viagem de última hora e que ele só pôde estar aqui agora. Ele foi educado com todo mundo, mas me levou com pressa para a entrada do prédio. Nós saímos dali e seguimos direto para a delegacia onde Oscar apresentou sua denuncia, eu também expliquei tudo o que aconteceu, Anthony e alguns homens também estavam falando