Enquanto Juliana e os outros subiam a montanha acompanhando os sobreviventes pela madrugada, a pequena Libby teve seu profundo sono interrompido por lembranças macabras, que vieram em forma de pesadelo: A menina estava deitada e sentia muitas dores pelo corpo. Ao abrir os olhos, via um teto branco e lâmpadas tão fortes que ofuscavam sua visão. Sua cabeça estava tão pesada que ela não conseguia levanta-la para ver onde estava. Apesar disso, ela pôde perceber uma intensa movimentação ao seu redor. Muitas pessoas falavam ao mesmo tempo e pareciam muito afoitas. Depois de alguns segundos, o rosto de alguém aparece em sua visão. Libby só conseguia ver a silhueta. Parecia uma mulher, de cabelos loiros. Mas sua expressão era impossível de ser vista. Ela encarava a menina como se quisesse identificar alguma coisa específica em seu rosto. De repente, a a mulher misteriosa pega um bastão pequeno e coloca uma luz fortíssima em nos dois olhos de Libby. O clarão era tão intenso que mesmo com os ol
A pequena Libby pareceu ter recuperado quase que completamente sua memória, o que chamou a atenção não somente de Naiara, mas de todos os que antes estavam dormindo e também acordaram com os gritos apavorados da menina. Naiara ainda lhe perguntou:- Tem mesmo certeza do que está dizendo? Não terá sido somente um pesadelo? - Não, eu me lembro! Está tudo muito claro em minha mente agora! Foi terrível, eles estão tratando as pessoas como se não fossem nada! - E quem são eles? - perguntou Naiara, se aproximando um pouco mais, como se não quisesse nenhum tipo de alvoroço desnecessário por enquanto.- Isso eu ainda não sei! Todos eles vestiam roupas brancas e falavam umas coisas esquisitas! Eles até conectaram uns fios na minha cabeça, acho que as marcas ainda estão aqui! - Libby levantou um pouco seu cabelo na região próxima à orelha direita e Naiara viu que, realmente havia marcas de plugs perto do seu couro cabeludo. Então é por isso que todos estão alucinados, pensou ela. O perigo é m
Os sobreviventes do voo para Sydney estavam mais uma vez em reunião, mas pela primeira vez com um objetivo bem definido: Iriam atravessar Montserrat e adentrar o tal laboratório onde As Trevas estavam realizando experimentos malignos com os moradores. Abraham relutava insistentemente, dizendo que já havia sentido na pele a crueldade dos bandidos:- Se esses que estão sendo manipulados dessa forma são agressivos a esse ponto, imagine o que se passa na mente de quem está os controlando! Ir até lá é suicídio!- Não vamos ir sem uma estratégia, Abraham! - respondeu Alexandre - Precisamos, em um primeiro momento, saber como é a rotina das Trevas! Temos que descobrir a forma como eles trabalham, os horários de entrada e de saída de quem está lá.- Entendi! - respondeu Charles - Será uma espécie de missão de reconhecimento!- Exato!- Para isso, precisamos enviar alguém que realmente conheça a região! - disse Juliana - Uma tarefa dessas não pode ter erros!- Nós iremos! - disseram Hermes e H
Naiara Dominguez enfim chegou ao aeroporto internacional de Guarulhos para seu primeiro dia como aeromoça. Estava muito atrasada, pois momentos atrás, havia realizado um parto no meio da rodovia. Chegou correndo e abordou o primeiro funcionário que encontrou:— Oi, por favor! Onde posso encontrar a Senhora Suzane?— Você é a aeromoça nova, não é? - indagou imediatamente o funcionário. — Sim, sou Naiara! Me atrasei porque fiz um parto de uma mulher no caminho! — Sim, eu soube do que aconteceu na estrada. Estão todos comentando justamente sobre isso! — Será que ainda posso falar com ela?— Sim, ela está te aguardando na administração! Venha, vou te levar no carro do aeroporto. — Muito obrigada! Me desculpe, acho que não perguntei seu nome!— Meu nome é Fabiano! Sou líder de operações aqui do aeroporto. Foi muita sorte eu ter te encontrado. É um caminho um tanto longo até encontrar a Senhora Suzane!Aliviada e agradecida, Naiara entrou no carro e Fabiano a conduziu pelas dependências
Hermes, Hebert, Libby e Javier subiram novamente a montanha rumo ao lado oeste de Montserrat. Seus passos eram lentos e cuidadosos. Nada poderia dar errado. Se qualquer um deles fosse capturado, significaria a exposição de todo o grupo. Hermes achou melhor relembrar a todos:— O melhor a fazer é ficarmos todos juntos! Não podemos nos arriscar a perder ninguém.— Tem certeza de que sabe a localização do laboratório? - perguntou Hebert.— Sim, eu sei! Fica do outro lado do do rio Bakki. Vamos ter que atravessá-lo.— Vocês sabem nadar? - perguntou Hermes.— Meu pai me ensinou desde muito novo - respondeu Javier - Consigo nadar distâncias longas.— Acho que também consigo! - respondeu Libby - Já nadei no rio Bakki junto com meus pais algumas vezes.— Então não teremos problemas! Vamos indo, fiquem atrás de nós, vocês dois! Libby, conforme formos avançando, você vai nos orientando!— Sim, eu lembro bem o caminho.. não é tão longe, chegaremos em pouco tempo! — Mesmo assim, não desviem sua
Jackson Ventura parecia ainda não acreditar no que havia acontecido horas atrás. Mas quem será aquele cara? Por que me ajudou? Embora finalmente pudesse iniciar o tão sonhado projeto, estava intrigado com a intervenção do misterioso Karmack. Por um instante, refletiu se era mesmo certo dar continuidade ao que estava planejando: Não há possibilidades de alguém se machucar. Além disso, ninguém sabe sobre o que estou criando. Ainda que ele tenha me ajudado com o valor, é impossível o projeto cair em mãos erradas.Jackson estava tão perdido em seus pensamentos que, ao atravessar a avenida, não percebeu que o semáforo estava aberto para veículos. Quando estava exatamente no meio da avenida, uma Fiat Toro parou repentinamente com um cantar de pneus a menos de um metro e meio do rapaz. Tamanho foi o susto que Jackson tropeçou e bateu fortemente com as duas mãos no capô do carro. Desesperado, o motorista gritou:- Preste atenção, garoto! Onde está com a cabeça?- Me perdoe, eu... estava distr
Hermes, Hebert e Javier mergulharam no fundo do rio Bakki para resgatar Libby, que havia sido misteriosamente puxada para dentro. Se dividiram, nadando de um lado para o outro, mas a situação era mais grave do que se imaginava: Libby não estava em lugar nenhum. Em questão de segundos, ela foi tragada para dentro da água e desapareceu. O rio era imenso e a correnteza estava contra os garotos. Mergulharam cerca de quatro minutos antes de voltarem à superfície. Sem sucesso, Hermes pergunta aos outros:- O que será que aconteceu?- Isso é muito estranho! - respondeu Hebert - Libby não estava em lugar nenhum!- É impossível! - exclamou Javier - Ela não pode ter desaparecido de repente. Com certeza está presa em algum lugar!- Este rio não é tão fundo assim! - exclamou Hebert - Vamos tomar fôlego e descer novamente!Sem perder tempo, os garotos voltaram a descer o rio e tentaram nadar mais rápido. Eles olharam por todos os lados, mas nada de encontrar Libby. A menina simplesmente desaparece
Hermes e Hebert sorriam admirados com a coragem e a determinação de Javier. Ajudaram Libby a se sentar e tomar fôlego. Javier não aguentou mais e se deitou no chão, aliviado por conseguir salvar a amiga. Hermes perguntou a Libby, curioso:— Você se lembra do que aconteceu?— Não muito! Eu sei que estava tentando atravessar o rio junto com vocês quando pareceu que alguma coisa me puxou com toda a força para o fundo!— Alguma coisa? - perguntou Hebert - ou alguma pessoa?— Eu não sei bem! Depois que eu fui puxada, só lembro de ter perdido o ar e desmaiado. Depois não sei mais o que aconteceu! Depois de se entreolharem, Hermes disse a Hebert:— Não sabemos mesmo o que nos espera! Temos que ser extremamente cautelosos, ou seremos encurralados com esses meninos!— Vamos redobrar a atenção, irmão! Eu não queria, mas acho que vamos ter que nos preparar para alguma batalha ainda no caminho!— Já estamos no outro lado do rio, não podemos voltar atrás. Além disso, se conseguirmos descobrir como