MADRI-ESPANHA
Por Luna Bernardi
Algumas pessoas talvez não entendam minha sede de vingança e tudo que fiz para tirar de Álvaro Ortiz o que eu precisava, e sim valeu a pena, hoje tenho provas suficientes para poder matá-lo.
Além dos documentos que comprovam várias irregularidades dentro da máfia, eu poderia expor ao conselho as provas que tenho.
Durante os dois anos que estive infiltrada naquela casa, passando por situações terríveis e nojentas, por diversas vezes me questionei se aquilo tudo de fato valia a pena, eu poderia facilmente voltar a Sicília e me proteger atrás dos muros da mansão Bernardi, mas se eu fizesse isso não seria quem eu fui treinada a vida toda para ser, a herdeira de um império.
Havíamos tentado outras vezes nos infiltrar na mansão de Álvaro e todas elas sem sucesso.
MADRI-ESPANHAPor AlejandroSe eu queria seguir as regras? Claro que não, mas eu tinha que segui-las, todos nós dentro da famiglia sabíamos que herdeiros da Máfia só se casam com outros herdeiros da Máfia. E com ela não seria diferente, ela teria que se casar com outro homem, então melhor que eu me afastasse imediatamente dela, eu não iria suportar vê-la novamente ser de outro homem.A imagem de Luna agora em nada me lembrava a indefesa esposa de mafioso que conheci, a quem eu devia proteger e me apaixonei perdidamente, ela agora exalava poder e luxúria, confesso que todo esse poder me assusta.Eu até quis evitar viajar com ela no mesmo avião, porém agora era ela quem mandava e eu apenas obedecia. Assim que embarcamos, ela nos disse que iria tomar um banho, só que eu já estava incomodado com a demora, e mesmo ten
SICÍLIA-ITÁLIAPor Luna BernardiEstar nos braços dele mais uma vez era sem dúvidas alguma o ápice do prazer e do amor.E pela primeira vez em meus trinta e dois anos de vida eu não sabia como agir, ou o que fazer para resolver essa situação, eu Luna Bernardi, capo da Máfia italiana, herdeira de todo um império, havia me apaixonado por um dos meus soldados, e isso não poderia acontecer, eu teria que me casar com um herdeiro da Máfia assim como eu.Minha chegada a Sicília depois de dois anos longe foi regada a comemorações e jantares. Era muito bom estar em casa, de volta ao meu lar, à minha terra natal.Alejandro assumiu minha segurança pessoal, e virou uma espécie de sombra, em todo lugar que eu estava ele estava também, sempre de olhos atentos, afinal ainda não pegamos &Aacut
RIO DE JANEIRO- BRASILPOR HECTOR VENDRAMINIOlho minhas malas prontas e me pergunto por que mesmo estou abrindo mão de tudo?As responsabilidades de capo da Máfia Brasileira me obriga a me casar com uma desconhecida, uma mulher que não amo e que não me ama e tudo por negócios, tudo por que existem regras e essas malditas regras me fazem abrir mão do que amo.Eu fui criado para ser quem sou, alguém poderoso e persuasivo, adiei o quanto pude esse casamento, mas agora eu não poderia fugir mais.Olho mais uma vez as fotos de Luna Bernardi em cima da mesa de madeira rústica que tem em meu escritório, ela era realmente linda, mas não era a mulher que vivia em meus sonhos, assombrando minha mente.Eu tinha que esquecê-la, eu tinha que deixar Bianca livre, ela não merecia alguém fodido como eu cheio de responsabilidades
Sicília- ItáliaPor AlejandroEu sabia que eu tinha que ser profissional, mas ficar ali assistindo aquela cena patética em que Luna é toda receptiva com aquele Brasileiro de Merda, estar ali assistindo a mulher que amo ser cortejada pelo noivo dela era no mínimo cômico para não dizer trágico.Entro na propriedade e encontro Diego que me olha e diz.—Se pretendia esconder seus sentimentos pela nossa chefe, você falhou miseravelmente, a menos que o capo Brasileiro fosse cego ele com certeza notou esse clima entre vocês.—Eu não vou conseguir ficar aqui e vê-la se casar com ele, não vou conseguir segurar tudo isso aqui dentro—digo colocando a mão em meu peito.—Irmão eu sei exatamente o que está sentindo, conheço a dor de perder um amor, conheço a dor de ter que abrir
SICÍLIA-ITÁLIAPOR LUNAVejo o movimento de Victor e Alejandro, eles caminham em direção à fabulosa varanda que nos permite observar o imenso jardim que há nessa mansão, repleto de lindas árvores, algumas delas frutíferas e belas roseiras.Peço licença a Hector, que me olha preocupado e caminho até a varanda, parando à porta quando ouço.—Victor quero me desligar da famiglia—Alejandro diz.—Não vou te perguntar os motivos por que eu sei que o motivo está neste momento jantando com o Brasileiro, mas infelizmente eu não posso te desligar Alejandro, só quem pode fazer isso é a Luna—Victor diz.—Só eu posso o que?—digo, fazendo-os virar para mim.Ouço atentamente Alejandro dizer que quer deixar a famiglia, ouço-o
SICÍLIA-ITÁLIAPOR VICTOR MENDEZProcuro por Luna, em seu escritório e não a encontro, verifico com os outros soldados pelo rádio, e me informam que ela está na ala da segurança. Ela estava com Alejandro, e não seria eu que iria interromper este momento, apesar de achar que eles não deveriam estar juntos, não mais.Eu não era descrente do amor, eu amei muito Cecilia, e eu queria ter tido a coragem do meu irmão, eu sei que ele não está fugindo como eu fugi, ele está buscando uma saída, um modo de ficar com ela, mesmo que isso desperte seus traumas e seus fantasmas do passado.Durante alguns anos vivemos felizes, como uma família feliz, nossa mãe conheceu nosso pai, na Espanha e se apaixonaram quase imediatamente, nossa mãe era uma incrível advogada, ela deixou a carreira para tornar se
ISTAMBUL-TURQUIAPOR ALEJANDROPouco mais de duas horas após deixar a mulher que amo, desembarquei na Turquia, o tempo era meu inimigo e eu tinha que ser rápido.Procuro por um hotel, e me acomodo, ligo meu notebook e vejo o e-mail que Diego me enviou com todas as informações sobre Armed Azir, piscar na tela. Neste contém seu endereço, pessoas com quem posso falar, e o telefone de uma jornalista que conseguiria me colocar frente á frente com meu pai.Pego meu telefone e disco o número da tal jornalista.—Ayla Sadisk? Aqui é Alejandro Mendez—digo.—Ah sim sou eu mesma, Diego me disse que entraria em contato, já está na Turquia?—ela pergunta.—Acabei de chegar, estou no hotel Hilton—digo.—Eu sei onde fica não estou distante. Encontramo-nos em uma hora no bar do hotel, se
SICÍLIA-ITÁLIAPOR LUNAEntro em meu quarto acompanhada pelo Victor, que me ajuda a deitar-me, durmo praticamente por três dias direto, por algumas vezes vejo Victor entrar em meu quarto, questiono algumas vezes se está tudo bem, ele afirma que sim, mas eu conheço meu amigo, algo o está incomodando.—Victor, me diga o que está acontecendo—digo.—Luna, é melhor você descansar um pouco—ele diz.—Victor, eu tenho responsabilidades, não posso colocar meus interesses à frente de tudo, me diga exatamente o que está havendo—digo.O vejo caminhar até uma das confortáveis poltronas que há em meu quarto e sentar-se apoiando os braços nos joelhos, ele parece nervoso, diria até emocionado.—Luna, quando estive em seu escritório procurando por voc&eci