Não demorou até que meus pais entrassem no salão e a porta se fechasse, assumimos nossas posições, quase como se fossemos programas para isso, tudo precisava estar impecável e todos nos seus lugares.

Tá, tudo bem, não é como se tivéssemos um lugar marcado, mas os oficiais donos do reino estavam retornando, e eu precisava mostrar que deixei tudo em ordem, e a posição que estávamos faria alguma diferença?

Na verdade não! Mas na minha cabeça sim! E no momento, minha cabeça dita as regras do palácio.

Eu estava tão nervosa por esse momento que posso jurar que estou vendo tudo em câmera lenta, vi exatamente todas as vezes que os músicos arrumaram seus instrumentos, contei as 77 vezes que vi os guardas arrumarem seus uniformes e suas armas e suas posturas, ouvi cada tintilar das garrafas de champanhe.

E nem consegui contar todas as vezes que minha mãe arrumou meu cabelo e meu vestido, mesmo que eu nem sequer ousasse me movimentar.

– Você está bem? - minha mãe cochichou - Está pálida.

–Estou