THANE (O FEITICEIRO QUE ACOMPANHAVA DARIUS, O GENERAL VAMPIRO)Nunca tinha tomado uma decisão tão acertada em toda a minha vida.Os métodos extremos de Darius nunca me agradaram, mas eu só podia seguir suas ordens.Ele era quem mandava, então forcei ainda mais de sua energia vital dentro do corpo já frágil daquele filhote, sabendo muito bem que ele não sobreviveria a uma invasão tão agressiva.Ouvi toda a tradução do Altar saindo da boca daquela mulher estranha, pois minha magia agia como mediadora no corpo do garoto.Quando a luta começou, permaneci na cripta, sustentando o feitiço dos portais pelos quais os homens do General Darius passaram para lutar.Tudo foi para o inferno em um segundo e, mesmo sem estar fisicamente no local, tremi de medo ao “assistir” tudo através da minha magia das sombras.Minha mente trabalhava a mil. O General estava morto, e ninguém havia sobrevivido. Quem diabos era aquela mulher?Eu não sabia ao certo, mas entendi algo muito rápido: o Rei Vampiro ficari
ALDRICOlho nos olhos apavorados dessa Alfa.Nunca gostei particularmente dela, mas seu irmão é um membro valioso dos Guardiões e, agora, o único que pode ler esses Altares.— Por que estava levando Valeria como se estivesse fugindo? Sei que você ouviu muito bem o rugido do meu lycan. Por que diabos não esperou por mim e a colocou em perigo novamente?Aperto mais minha mão com raiva ao lembrar como cheguei àquela saída d’água e as vi sendo arrastadas pela correnteza. Não pensei nem por um segundo antes de saltar atrás da minha fêmea.— Se… Senhor… Eu… estava ferida por causa da luta, tive… tive medo de que saíssem mais inimigos daqueles buracos escuros… na parede… e nos matassem antes que o senhor chegasse… Agi por impulso, pulei nervosa sem pensar…Ela responde gaguejando, e eu me inclino mais perto, observando o interior de seus olhos erráticos, cheios de pânico.Quando cheguei, vi muito bem a sombra de um homem fugindo por aquele buraco na parede que ela mencionou, então faz algum
VALERIAFecho a porta do banheiro e escuto Aldric suspirar frustrado do lado de fora. Mas, no final, ele vai embora e me deixa sozinha.Ele entrou no quarto do segundo andar, escalando a janela desde a floresta em sua forma de lycan.Ouço o som dele procurando roupas e se trocando. A porta do quarto se abre e se fecha.Aldric vai acertar contas com a família do Alfa, que já não será mais o Alfa dessa alcateia.Começo a tirar minhas roupas molhadas, enquanto analiso tudo o que aconteceu.Engulo o nó na garganta ao pensar em Edward e fecho os olhos, guardando sua lembrança em meu peito.Coloco as mãos no bolso interno do meu vestido.Essa foi a principal razão para afastar Aldric: senti o poder da relíquia assim que abri os olhos e a escondi dele.Eu não lembrava direito do que tinha acontecido para dar explicações se ele me perguntasse.Minha mente estava cheia de lacunas, como sempre acontece quando acordo desses episódios estranhos.Mas agora, alguém havia sido testemunha: Celine.Eu
VALERIADevo admitir que, ao avistar as antigas torres do castelo sobre a colina coberta de névoa, soltei um suspiro de alívio.Olhei pela cortina da carruagem para o poderoso lycan que cavalgava ao meu lado, sendo admirado por onde quer que passássemos.Muitas coisas aconteceram durante essa viagem.Disfarçadamente, levo a mão à marca na minha nuca, coberta pelo colarinho do vestido.Seus poderosos caninos deixaram sua marca em minha pele, reclamando-me como sua, mesmo que temporariamente.E agora, como devo me comportar com sua majestade? Minha mente está cheia de pensamentos, mentiras e medos.Decidi agir como sempre, como a donzela com privilégios de dividir sua cama, sempre que minha “borboleta interior” desejasse um delicioso maltrato.— O que está fazendo? Por que está indo para o seu quarto? — Ele segura minha mão e me detém quando indico ao moço para levar minha pequena bagagem.— Sua majestade, é lógico que…— O lógico é que você durma na minha cama. Vou falar com Sasha para
VALERIA— ¡¿De verdad?! Que sorte a minha! — Dave agarrou Juliette pelos ombros, se aproximando alegremente.— Faça para mim! Adoro coisas personalizadas. Não, não, melhor ainda: você será minha donzela a partir de agora!— O quê? — Juliette ergueu o olhar por um instante para observá-lo, e pude ver em seus olhos algo que nunca tinha percebido antes.Ela sempre zombava dos outros lycans, mas, pensando bem, nunca dizia nada sobre Dave.“Então essa é a fraqueza dela,” pensei, maliciosa, encontrando uma maneira de devolver suas provocações.— Te espero então no meu quarto, donzela… Como você se chama?— Ju... Juliette, senhor…— Muito bem, July, você me servirá a partir de hoje — ele assentiu, decidindo por conta própria, típico dos lycans.— Mas eu…— Ei, Valeria, hoje à tarde vamos fazer uma corrida pelo bosque. Te esperamos no lago, falta uma pessoa no meu time. Acho que sua majestade também vai participar. Você tem que estar no meu time! — acrescentou antes de sair pelo corredor, com
VALERIA— Escolho minha donzela. Eu trouxe ela e eu cuido dela. July, venha para o meu lado. — Dave começou, e achei engraçado o complexo de tartaruga da Juliette, quando ela era pior que um papagaio falante.— Escolho a Celine. — Não hesitei em chamá-la, ela sabia meus segredos, e não sabia se isso acabaria despertando alguma das minhas esquisitices.Um rosnado baixo ecoou de repente, deixando todos tensos, mas nem sequer olhei para o culpado.Já que ele fazia o que queria, eu também podia fazer o mesmo.— Escolho o Erik. — Dave continuou escolhendo os lycans como se fossem legumes na feira.— Beof… — O grandalhão veio para o meu lado, e a tensão no ar era quase palpável.Só restavam Aldric e o Guardião Quinn.— Bom, eu escolho…— Deixe que Valeria escolha. — Sua majestade cortou Dave com uma voz carregada de raiva, sua aura opressiva quase escapando do controle.— Diga, Valeria, quem você vai escolher?Ele perguntou, e ergui meus olhos azuis para encarar os cinzentos, que me perfura
VALERIA"Está nessas coordenadas..." — Celine me disse a localização. Parecia ser uma velha construção no meio do nada."Não importa o quanto nos desviemos, corra direto para lá. Nós te cobrimos!"Assim, quase às cegas, mergulhei no que parecia ser um antigo cemitério assustador.A enorme loba Alfa ao meu lado de repente me empurrou com o focinho pela lateral, e me vi rolando pela grama, pega de surpresa.Nunca soltei a bandeira e rapidamente me levantei, vendo Celine rosnando ameaçadora para outra loba, menor, mas ainda assim mais forte do que minha pequena Omega.Senti uma presença espreitando entre a névoa escura e saltei ao lado de Celine, a tempo de evitar ser capturada por Dave, que estava escondido em uma cripta atrás de mim."Valeria, vou distraí-los. Corra!"Dito e feito, comecei a correr, mas dessa vez não seria tão fácil."Nem pense que vamos deixar você escapar!" — Dave rugiu, lançando-se em sua forma humana para enfrentar Celine.Apesar de seu jeito brincalhão e até um po
VALERIAMe esperando bem na entrada de uma clareira aberta com antigas ruínas de pedra, onde uma bandeira azul tremulava no alto.— Então, a capitã do time conseguiu chegar até o final — disse ele em tom zombeteiro, levantando-se calmamente da pedra onde estava sentado.Os poucos raios de sol iluminavam seus olhos, alternando tons avermelhados e cinzas.Seu lobo estava perto da superfície, mostrando os caninos, rosnando para mim.Não precisava de um espírito de loba para ver isso.Avancei lentamente. Esse era um inimigo que jamais venceria pela força, então precisaria usar minha melhor estratégia.Por enquanto, rosnei ameaçadoramente, avaliando se havia alguma chance de me esgueirar entre suas pernas.— Continue rosnando, gatinha. Você não faz ideia do quanto isso me deixa quente, te ver fazendo pose de durona — disse ele com uma voz rouca e desafiadora, assumindo uma postura de combate, com as pernas flexionadas e os braços abertos em minha direção.— Venha, vamos lá, capitã. Acabe l