BEOF— Pai, eu encontrei a Duquesa de Everhart assassinando essa elemental! — gritou, apontando para o lado, onde o corpo de uma mulher ainda desmaiada estava estirado na grama.A mancha de sangue impactante em sua roupa e a pele pálida davam a sensação de morte; no entanto, eu conseguia sentir sua respiração, fraca, mas ainda presente.Os soldados elementais começaram a marchar em nossa direção. Eu podia ouvir os passos apressados pelos corredores e pelo jardim.Logo estaríamos cercados.Um rugido que fez as pedras tremerem ecoou do tal Duque de Everhart quando alguns soldados tentaram prendê-lo sob as ordens do líder.Era um caos completo, e eu estava parado ao lado, pensando se deveria ou não continuar me envolvendo nisso.Pela discussão acalorada, entendi que esses dois seres sobrenaturais estavam se escondendo sob o disfarce de Duques elementais neste Reino-prisão.— Vamos todos nos acalmar. Senhor Regente, não é bom se aproximar desse homem agora. Ele é um lycan defendendo sua f
NARRADORA—Senhor, nossa família tem cuidado deste Reino por gerações! — Baltazar gritava, superando o medo inicial e substituindo-o por uma indignação genuína.—Meu filho apenas defendia uma pobre garota elemental do ataque dessa bruxa! — apontou para Katherine, mas deu vários passos para trás diante do rugido do poderoso lycan que protegia a mulher.—Está vendo? São selvagens, assassinos! Quem sabe quantas vidas elementais terminaram em seu ducado? Eu não percebi, fui enganado! Quantas mulheres e homens elementais eles devem ter abusado?!—ISSO É UMA CALÚNIA! — Katherine não conseguiu suportar mais tantas mentiras.Ela implorava para que Elliot mudasse de forma, mas Vorath estava firme; ninguém o confinaria enquanto ela estivesse em perigo.—Calma, todos, por favor — de repente, a voz suave, mas firme de Sigrid ecoou em meio ao caos.De pé, ao lado de Silas, como sua igual, sua aura poderosa era difícil de ignorar.—Relatem os fatos. Faremos um julgamento aqui e agora, e os culpados
NARRADORA—¡Mmmnn! —Maxwell gritou ao ver a cabeça do pai rolar pelo chão.Tão rápido e impiedoso, os jatos de sangue ainda bombeando das artérias pintaram de vermelho a grotesca cena sobre a grama.O impacto de surpresa foi geral; a jovem elemental desmaiou novamente por causa do choque.“Silas, eu te disse para se controlar, amor” Sigrid resmungou em sua mente.“Você prometeu que voltaríamos rápido para a cabana, seu pai está ocupado com sua mãe. Isso já está demorando demais.”Sigrid não sabia se chorava ou ria das loucuras do seu companheiro.—Toda a família do Regente está agora prisioneira e exilada do palácio. Não serão mais a autoridade no comando. —Silas declarou, olhando para Maxwell, que estava ajoelhado, choramingando sobre o corpo inerte de seu pai.Sigrid retirou a restrição da boca dele, mas logo se arrependeu.—Somos descendentes da sua família! Como pôde fazer isso com o homem que sempre o idolatrou?! —Maxwell esqueceu o medo, perdido na dor.—Vocês não são nada meus,
NARRADORAAssim, uma conversa casual sobre o porquê ele eliminou seus dois "fãs" fervorosos."Quer que eu te dê um prêmio por sua boa ação?" Sigrid não demonstrou nenhuma compaixão pela morte daqueles dois."Quero 'aquela' recompensa, você sabe muito bem qual.""Silas, controle-se e vá falar com os Duques." a Selenia respondeu, revirando os olhos, seu bumbum que o deixasse em paz.Ela se afastou por um momento para ordenar que os corpos fossem retirados e para que a plebeia desmaiada recebesse atendimento.—Eu... não sei o que dizer. —Katherine estava atônita, assim como todos os outros.Que reviravolta absurda esses acontecimentos haviam tomado!—Antes de tudo, Duque de Everhart, eu sei muito bem que vocês não fizeram mal a ninguém dentro deste Reino. —Silas observou diretamente os olhos da besta.Elliot ouviu a afirmação dentro de seu lycan, ainda atordoado por tantas coisas.Desde o momento em que viu a cabeça de seu maior carcereiro cair tão facilmente.O homem que sempre o atorme
SIGRIDA magia daquela feiticeira se entrelaçou com a minha própria.Olhei nos olhos dela, completamente brancos, estava em transe, tremendo e balbuciando feitiços sem sentido.Não me assustei, na verdade, senti curiosidade. Ela estava profetizando algo, eu podia sentir.O que era? Sobre mim, sobre nós?Nossas mãos se apertaram, e fechei os olhos para invocar sua visão dentro da minha mente.Senti a vibração dos nossos poderes unidos. Então, eu vi.Estava em um lugar que despertava memórias intensas dentro de mim, dentro de uma caverna.Eu a conhecia.Aquele lugar tão especial para mim foi onde fiz amor pela primeira vez com Silas, quando estava no corpo de Electra.Será que essas grutas ainda existem?Ao me ver deitada sobre uma cama rústica e improvisada no chão, dentro daquela formação natural, parecia que voltaríamos para esse refúgio escondido em algum lugar deste Reino.Tudo o que foi projetado na mente dela, eu também vi na minha:«—Sigrid, beba do meu sangue! —Silas pairava so
SIGRID«O choro da minha filha, da minha primeira filha.—Silas —suspirei entrecortadamente, sentindo a manta de pelo macio sob meu corpo.Sentia mais fluidos escorrerem entre minhas pernas, a dor mal começando a ceder, e cheiros intensos tomavam conta da caverna.Um pequeno embrulho foi colocado com delicadeza sobre meu peito.Abri os olhos para ver a criaturinha enrugada, com cabelos branco-platinados como os de Silas, tão pequenininha, a pele avermelhada, a boquinha minúscula fazendo biquinhos, tentando conter o choro.Seu narizinho se mexeu, reconhecendo meu cheiro, e com isso foi se acalmando um pouco.—É nossa lobinha, Sigrid. Ela é tão pequenininha. Ela… está bem? —Silas a olhava, preocupado.Meus filhos tinham nascido antes do tempo previsto, por isso me atrevi a me afastar de casa.Eu também a observava com preocupação. As ondas de dor voltavam com mais força.—Amor, não sei… sinto leite sair dos meus seios. E se eu a alimen...tar? Mnnn —cerrei os dentes, quase gritando; meus
SIGRID«Portais de espectros estavam se abrindo nas paredes, como quando Silas os convocava daquele lugar que ele havia criado para eles.Mãos enormes saíam, murmúrios excitados, risadas frenéticas.Minha pele se arrepiou ao sentir a intensa energia sombria que até mesmo murchou as flores de Nyx.—Silas, já basta! —olhei para ele novamente, preocupada, inclinando-me para as bebês ao meu lado.—Não sou eu —ele respondeu, a cabeça baixa, fixo no pequeno, erguendo-o com as duas mãos, diante do peito.—O bebê… ele está invocando meus espectros. Eu não posso… não posso controlá-los, eles se recusam a voltar, foram chamados por um novo mestre —confessou; até mesmo ele parecia perdido.Agarrei as meninas chorando, segurando-as contra meu peito, e tentei me mover até eles.Num segundo de descuido, tudo vibrou na caverna, parecia um terremoto.—Silas! —gritei, expandindo minha magia para nos proteger, com medo de que o teto desabasse, mas os brilhos da minha energia se dissiparam no ar ao coli
SIGRID«—Mas agora você tem nossos filhotes, Silas. Eu criei uma família para você, amor. Nunca mais estará sozinho —acariciei sua mandíbula afiada.Ele não parava de me devorar com o olhar, as fendas semicerradas como uma besta adormecida nas profundezas. Nossa besta guardiã.—Eu os tenho e vou protegê-los para que nunca ninguém os machuque, para que você não sofra por eles —respondeu, e parecia haver mais significado por trás de suas palavras.—Por que diz isso? Quem gostaria de machucar nossos bebês? Silas… me diga o que precisa me dizer… —tentei me levantar, mas ele não permitiu.Com suavidade, me empurrou de volta, enquanto pegava a água que havíamos recolhido do riacho subterrâneo e umedecia o pano para me limpar um pouco.—Laziel é especial, como você viu —falou baixo, concentrado em sua tarefa.Enquanto ele parecia tranquilo, meu coração retumbava, prestes a sair do peito.—Ele não é um lobo, vampiro ou feiticeiro. E, por ser homem, teoricamente também não deveria ser uma Sele