CELINEEu corria velozmente entre os arbustos, minha longa trança balançando com o movimento da corrida.Raposas saíam de suas tocas em busca de presas noturnas, e todo tipo de insetos fazia ruídos estranhos ao passar por mim.A vida na floresta despertava, e logo, além dos sons naturais, também ouvi vozes, mas não as que eu procurava."Celine, não vá por aí! São vampiros!", minha loba me alertou, e parei bruscamente, olhando para todos os lados, tentando encontrar um caminho para escapar sem cair em uma emboscada.— Ei! — Uma exclamação me colocou novamente em movimento, e corri para a direita, seguindo meu instinto.Mais uma vez eu estava sendo perseguida, e dessa vez, os homens eram muito mais rápidos que os anteriores. Pareciam vampiros de elite.Com minha coxa ferida e vários deles no meu encalço, era óbvio que eu não chegaria muito longe.O vento assobiava em meus ouvidos. De repente, senti um cheiro de decomposição e velharia."Desvie para a esquerda, rápido, Celine, ou mudamos
CELINE“Onde estou? Será que não adormeci no cemitério?”“Mía.”“Estou aqui, mas também não sei onde estamos. Parece o interior de umas masmorras. Sinto algo interessante mais à frente.”Interessante? Que tipo de cheiro seria esse?Olhei ao redor, alerta, e comecei a caminhar por um corredor escuro.Este lugar parecia tão irreal. Passei as mãos pelas frias paredes de pedra, e o único som era da minha respiração e das minhas botas sobre o antigo chão.Não sabia para onde estava indo. Caminhava às cegas por aquele labirinto sombrio, ou pelo menos era o que eu achava… mas, na verdade, algo parecia puxar minha alma.“Será que estou sonhando?”O corredor terminava em uma porta pesada e antiga, feita de madeira com rebites de aço escurecido, e dois trincos grossos a travavam firmemente.Como se isso não bastasse, correntes enferrujadas, mas ainda muito resistentes, envolviam toda aquela barreira de segurança.“O que diabos está atrás dessa porta?” O que quer que fosse, gritava perigo por to
CELINEEu imaginava a expressão de tonta que devia estar no meu rosto, completamente hipnotizada, enquanto aquele rosto lindo, capaz de tentar qualquer mulher, se aproximava. Ele ia me beijar, e eu ia deixar!Sua língua lambeu meu lábio superior e depois sugou o inferior, como se estivesse degustando uma presa. Soltei um gemido baixo, e ele invadiu minha boca, explorando-a em um beijo ardente.Nossas línguas se enroscavam e se exploravam suavemente. Pelos Deuses, a boca dele tinha gosto de pura glória.Uma de suas mãos deslizou pela minha nuca para aprofundar o beijo, enquanto a outra segurou minha cintura de forma possessiva, me puxando contra seu corpo rígido.Uma de suas coxas se posicionou entre minhas pernas, pressionando para cima e me obrigando a ficar na ponta dos pés, com meus sapatos quase perdendo contato com o chão.— Mmm — gemi quando meu centro excitado começou a roçar descaradamente contra sua coxa.Contra minha cintura, uma ereção rígida pressionava por cima dos trapos
CELINEVirei-me, quase tremendo, ao vê-lo parar a poucos metros de mim.As pesadas correntes arrastavam-se pelo chão, ainda presas aos grilhões em seus pulsos, mas pareciam não o deter em nada.Deusa, agora, com a luz, ele parecia ainda mais selvagem, perigoso e irresistível.Quase nu, com aquela ereção feroz apontando para mim, mal coberta por uns trapos de tecido úmido que apenas escondiam a ponta de seu membro.Seus olhos me observavam como sempre: cheios de controle sobre minha vontade, implacáveis, como os de um predador que sabe que vai devorar sua presa, custe o que custar.— Porque você me enfeitiçou, essa é a resposta. Tudo isso é algum tipo de sonho sexual barato. Não sei quem você é, mas me deixe sair daqui! Não gosto que mexam com a minha mente!— Então venha até mim. Venha para o castelo e te espero exatamente aqui. Você conhece o caminho. Siga-o e te provarei que isso não é só um sonho.— O castelo? Ninguém pode entrar…— Você pode. Só você. Eu permitirei — respondeu, co
CELINEQuando abri meus olhos, novamente estava na mesma cripta onde havia adormecido.Todo aquele encontro estranho foi apenas um sonho?Apertei as coxas com um pouco de desconforto, sentindo a umidade que havia encharcado minha calcinha.Se foi apenas um devaneio da minha mente, a verdade era que eu estava muito necessitada. Além disso, com um vampiro?"Não acho que tenha sido um sonho," ouvi a voz de Mía enquanto sacudia o pó do chão e ajeitava minha capa."Quer dizer que existe um vampiro poderoso preso nas masmorras daquele castelo? Além disso, ele disse…" Hesitei, lembrando de suas palavras; o final estava um pouco confuso, mas achei que tinha ouvido algo sobre…"Ele disse que é nosso mate."Mía completou meu pensamento, dando voltas inquieta:"Mas, apesar de me sentir estranha, não consegui reconhecê-lo como meu companheiro… Não sei, Celine, estou confusa. Vamos fazer o que ele nos ordenou?"Eu também estava indecisa.Abri a porta da cripta e saí para o lado de fora; já era dia
CELINETraguei em resposta às suas palavras e ao seu olhar hipnotizante, mas não me sentia tão eufórica como imaginei que estaria. Talvez porque ele fosse um vampiro, e eu não suportava essa raça arrogante e esnobe." Mía, você tem certeza de que esse homem é nosso companheiro?""Parece que sim.""Como assim “parece”, Mía? Espere um pouco!"" Sim, sim, sinto a química do laço. No entanto, não sei… Não quero que ele me toque. Deve ter relação com sua parte vampira"— Você está distraída. É falta de educação conversar com sua loba interior enquanto estou lhe fazendo uma pergunta.— Você pode ouvi-la? — perguntei, surpresa, e ele soltou meu queixo, levantando-se.— Como eu ouviria sua parte animal? Nem sequer realizamos uma cerimônia de laço. — respondeu com um tom levemente zombeteiro, caminhando até uma mesa próxima a mim.Ele pôde ouvi-la, pensei, e minha mente voltou àquele homem no castelo. Será que ele realmente existe?— Temos muitas coisas para conversar, você e eu. É inesperado
ADVERTÊNCIA(O trecho a seguir contém interações românticas entre dois personagens masculinos. Se não for do seu agrado, não continue lendo.)DANTE (O CHEFE DOS VAMPIROS)— Como foi com aquela mulher? Ela te disse como conseguiu entrar no castelo? — Claus me perguntou, saindo da banheira atrás do biombo, usando apenas uma toalha na cintura.Seus cabelos escuros gotejavam pela pele clara até o peito desnudo.— Melhor do que eu esperava. Ela disse que é minha companheira — respondi, sem conseguir evitar um sorriso sarcástico, enquanto servia um pouco de vinho na taça de cristal.— Que ridículo é esse? — questionou, aproximando-se para tirar a taça da minha mão e beber lentamente.Meus olhos não conseguiam se desviar de seus lábios, agora tingidos de vermelho pelo vinho, o que realçava ainda mais sua expressão zombeteira.— Tenho certeza de que isso tem a ver com aquele velho bruxo de Merkall, muito esperto. Até senti algo no corpo daquela mulher que parecia me chamar, mas ela nem imagin
VALERIAA atmosfera estava tão carregada que poderia pegar fogo, a tensão entre os dois era palpável, como uma lâmina afiada cortando o ambiente.— Claro, é verdade — ela sussurrou, abaixando a cabeça, mas pude ver o desconforto dela ao morder o lábio inferior.Na verdade, eu nunca a tinha visto com uma atitude tão submissa.Acho que ela percebia que a paciência do seu companheiro estava chegando ao limite.— Vou preparar minhas coisas — Quinn se aproximou para falar com Aldric sobre a estratégia que fariam.Era fundamental encontrar o acampamento dos lobos, que, sem uma ordem clara, apenas mantinham sua posição nas fronteiras.Eu me aproximei da minha mãe e me sentei ao lado dela no sofá, apoiando-a contra o meu peito.Acariciei seu cabelo já um pouco ressecado, tão diferente daquela mulher incrível de quem eu só tive um vislumbre.“Mãe, sei que você tem seus medos, seu passado, mas preciso te dizer que está errada.” Finalmente coloquei para fora o que pensava.Me sentia estranha dan