No entanto, mesmo assim, Eduarda ainda queria tentar uma última vez. Com o celular nas mãos, ela ligou para a mãe de Luís, chorando e implorando por ajuda: — Tia, o Luís está me maltratando... Ela pausou no meio da frase, deixando espaço suficiente para a imaginação correr solta. Ao ouvir a voz rouca e cheia de mágoa de Eduarda, a mãe de Luís se enfureceu instantaneamente. — Eduarda, aguente um pouco! Estou indo aí agora, esse rapaz vai se arrepender de não lhe dar a devida atenção! Eu não tenho um filho sem juízo como esse! A mãe de Luís desligou rapidamente e correu até lá com a maior urgência. Luís, com os olhos fixos em Eduarda, estava com uma expressão furiosa, mais sombria do que nunca. — O que você acha que é? Ainda ousa me difamar! Ele já não conseguia mais manter a compostura. Com os dedos firmemente apertando o queixo de Eduarda, sua força foi tamanha que a pele de seu rosto ficou marcada, ficando roxa. No entanto, Eduarda não soltou o celular, mantendo-o
A mãe de Bruno agarrou diretamente a roupa de Eduarda, pressionando sua cabeça contra a água da fonte. A correnteza, não muito forte, entrou nas vias respiratórias, mas ainda assim causava um desconforto intenso. Eduarda engasgou várias vezes com a água, e a cada tosse, mais água se infiltrava em seus pulmões.Depois de algum tempo, a mãe de Bruno a puxou pelo colarinho, erguendo-a de volta. — E então? Sentiu a desesperança de quase sufocar, como a Camila? Sabia que, com um esforço mínimo, poderia viver, mas ainda assim se sentia completamente impotente?A mãe de Bruno a lançou no chão com desprezo, limpando as mãos, que não estavam nem sujas.— Bruno, Luís, qual de vocês acha que perseguir uma mulher é uma maneira de fazer outra ver a realidade, de fazê-la enxergar seu verdadeiro eu? Que burrice! Não é à toa que a Camila escolheu aquele Diogo de Cidade J em vez de vocês.Dessa vez, a mãe de Bruno não tinha intenção de defender seu filho.A mãe de Luís também concordou com a opinião
A voz impiedosa do fiscal da prefeitura perfurou o coração de Eduarda como uma lâmina afiada.Ela bateu o pé com raiva e respondeu, irritada:— Está bem, eu vou!Eduarda acabara de fazer uma ligação, chamando um caminhão de mudanças para retirar suas coisas. Não sabia para onde ir, e o motorista já demonstrava impaciência, perguntando repetidamente para onde ela pretendia ir.Depois de um longo tempo, ela finalmente conseguiu dar uma resposta, embora de forma hesitante.— Para a Comunidade L.Tudo o que ela poderia fazer era tentar negociar com o antigo proprietário para renovar o aluguel.Felizmente, o imóvel ainda não havia sido alugado para outra pessoa, já que apenas alguns dias haviam se passado.Quando Eduarda chegou à Comunidade L, o que ela viu à sua frente foi um grupo de pessoas esperando na porta do condomínio.Embora os membros da família Lima estivessem vestidos de forma simples, estavam pelo menos limpos e arrumados. No entanto, o desprezo de Eduarda era evidente, e ela
Eduarda permaneceu, obstinada, ajoelhada diante da mansão durante um dia inteiro e uma noite. No final, não aguentou mais e desmaiou. Quando acordou, percebeu que Luís e Bruno não estavam ao seu lado. Ela ainda estava no seu pequeno apartamento alugado. Do lado de fora, ouvia a conversa dos seus pais.— Vamos embora hoje mesmo, não podemos mais deixar ela aqui. Eduarda nunca vai se comportar, ela tem pernas e vai fugir novamente. Aproveitamos que ela ainda está desmaiada e vamos voltar para casa agora! — Disse sua mãe, ansiosa.Seu pai concordou com um aceno de cabeça e também se preparou para partir.A porta foi aberta, e, assim que teve a chance, Eduarda se levantou, correndo o mais rápido que podia. Não teve tempo nem de calçar os sapatos, mas não se esqueceu de pegar o celular.Ela não sabia mais a quem recorrer. Luís e Bruno a haviam ignorado de forma tão fria e distante. Em um momento de desespero, Eduarda se lembrou de Camila.— Claro! Ela é tão boa, tão fácil de perdoar. Com
Camila estava experimentando o vestido de noiva quando seu celular de repente emitiu alguns sons. Ela estava ocupada ajustando a barra do vestido e não teve tempo para olhar. Então, abaixando a cabeça, falou rapidamente: — Diogo, pode ver as mensagens para mim? Ao lado, Diogo, vestido com um terno preto, parecia ainda mais alto e elegante. — Claro. Ele se apoiou levemente na parede, pegou o celular de Camila que estava ao seu lado e, digitando as iniciais de seu nome e sua data de nascimento, desbloqueou o aparelho. Quando viu a mensagem de sua tia, Diogo ficou em silêncio por um instante, antes de lê-la em voz alta. — Camila, Luís e Bruno disseram que gostariam de ir ao seu casamento. Você vai deixá-los ir? — Ele ficou com o olhar um pouco mais sério e o tom de voz ligeiramente irritado. — Camila, o que você acha? Vai deixar eles virem ao meu casamento? Diogo deu alguns passos à frente, ficando atrás de Camila, e pediu para a atendente que estava ajudando a se afasta
Diogo deliberadamente deu ordens para que sua equipe relaxasse a vigilância sobre Luís e Bruno. Não era que ele estivesse relaxando a vigilância de fato, mas sim criando uma oportunidade para que eles se movessem livremente, assim ele poderia se antecipar e se preparar para qualquer possível ação. Assim que receberam a ordem, seus subordinados se apressaram em colocá-la em prática. Naquele momento, Diogo ainda fez questão de informar aos pais de Camila sobre a vinda de Luís e Bruno para Cidade J. — O quê? Eles fizeram aquilo com a Camila e ainda têm a cara de vir ao casamento? Ao ouvir a notícia, a mãe de Camila se sentiu tomada por uma raiva indescritível. Se fosse antes, ela até acreditaria que Luís e Bruno eram homens de qualidade. Ela realmente os via como possíveis genros. Mas nunca poderiam brincar com a vida da Camila dessa maneira! Quando aquela Eduarda prejudicou Camila, como ela devia ter sofrido? E mais, naquela época, os homens que sempre estiveram ao la
Camila e Diogo estavam de mãos dadas, olhando para Luís e Bruno com um certo ar de desconfiança. Diante desse olhar, Bruno sentiu uma dor imensa em seu peito. — Camila, nossa amizade de infância... como você pode me olhar assim? Camila franziu as sobrancelhas, claramente não querendo entrar em discussões sobre aquilo. Além disso, os primeiros a escolherem romper com os anos de amizade não haviam sido justamente aqueles dois? Ela os observou com um olhar distante, e, com calma, falou: — Não precisa me dizer nada disso. Eu tenho que voltar para casa, então, se quiserem falar algo, falem logo. Ao ouvir isso, Bruno ainda tentou dizer algo, mas foi interrompido por Luís. Luís se posicionou diante de Camila, e seus olhos frios estavam carregados de uma intensidade obstinada. — Camila, no passado, fomos nós que erramos. Nunca gostamos da Eduarda, tudo o que fizemos foi usá-la para forçar você a tomar uma decisão, para que você percebesse quem realmente estava no seu coração.
Os olhos de Bruno estavam injetados de sangue, e suas mãos estavam tão apertadas em punhos que os dedos brancos pareciam prestes a se quebrar. Com uma expressão obstinada, ele avançou e lançou um soco em direção a Diogo. — Por que tem que ser ele? Eu não aceito! Camila, se você não quer casar, eu a levo para fugir! Podemos ir para o exterior, ou voltar para Cidade H, onde você preferir! Diogo poderia facilmente ter desviado do soco de Bruno, mas, ao invés disso, apenas inclinou um pouco o rosto para o lado, deixando o punho de Bruno passar bem ao lado de sua face. Embora o golpe não tivesse sido forte o suficiente para machucar gravemente, ele deixou uma marca vermelha na pele de Diogo. Diogo tocou levemente a área atingida, inspirando fundo, seu rosto franzido pela dor, mas, mesmo assim, ele continuava com sua beleza imperturbável. Camila viu a ferida e, imediatamente, seu coração apertou de preocupação. Ela segurou a mão de Diogo, querendo examinar a lesão. — Não foi nada