CarolDormente.Assim é como eu me sentia caminhando dentre aquelas pessoas estranhas. Fui simpática, sorri, contei histórias, segurei o braço de Harold, jantei, dancei, mas eu não estava ali e nem queria estar. Eu não estou certa de que haja algum jugar no mundo onde eu queira estar neste momento. Eu queria nem mesmo existir.O primeiro contato me assustou e eu quase surtei, mas me convenci que não havia mal nesse mundo que ele pudesse me fazer mais do que havia feito e o mesmo eu senti em relação a segunda mensagem. Resolvi reagir, dizendo que ele não me metia mais medo e que fosse se foder. Mas então ele me perguntou o que eu diria se o meu namorado nobre e possível candidato fosse ao parlamento britânico soubesse sobre as coisas que eu fiz (segundo ele, eu fodi o namorado da minha mãe deliberadamente. Eu a teria traído por livre e espontânea vontade) e então ele acrescentou que tem alguns vídeos pra provar. Eu deduzi que ele estaria blefando e além do mais Harold já sabe de tudo o
Sábado, 22 de março de 2014Eu me acordei sentindo não apenas a cama, mas também o quarto vazio. Eu esperei alguns minutos e de fato não havia sinal de Harold em nenhuma parte. Eu me sentei na cama e alcancei meu iphone na mesinha lateral. Acessando meus e-mails, eu abri o último recebido e abri o anexo que o monstro me enviou. Meu coração estava acelerado. Eu esperei até que a imagem da sala do antigo apartamento da minha mãe apareceu, ele aparecia de pé, apenas do pescoço pra baixo, eu me lembrei desse dia, foi uma das últimas vezes que ele estuprou. Não tinha áudio. Eu caia de joelhos aos seus pés e eu me lembro que quando ele me chamou eu estava na cozinha. Ele me mandou ficar de joelhos e chupá-lo eu me sentia cansada nesse momento. Casada de tudo, cansada dos abusos, de lutar. Eu tinha levado uma surra da vez anterior então eu apenas obedeci. Caí de joelhos, abri sua calça, tirei seu pênis pra fora e chupei. Desliguei-me completamente e apenas agi. Chupei até que ele me mandou p
HaroldEu saí do meu quarto apressado em direção às escadas. Ao entrar na cozinha, vagamente notei alguém atrás de mim, mas não me voltei pra olhar. Eu não queria ter o desprazer de ver o meu pai agora.- Bom dia, querido. – Era a minha mãe. Sua voz estava tão calma e feliz que eu só pude supor que o meu pai não lhe disse nada sobre o que aconteceu.- Bom dia, mãe – Eu separei uma bandeja e comecei a colocar algumas coisas em cima, sem prensar muito sobre o que estava indo.- Está tudo bem?Eu me voltei aborrecido – Não. Mãe. Não está tudo bem. Você sabia que o papai preparou um acordo pré-nupcial contra a minha vontade e que apesar de eu dizer enfaticamente que eu não queria e que também esse assunto jamais deveria chegar aos ouvidos de Carol, eu acabei de encontrá-la sentada diante da mesa no escritório do meu pai lendo o maldito documento?- Oh meu Deus! Eu não tinha ideia.- Eu avisei, mãe. Avisei a ele que eu iria embora de Londres com a mesma rapidez que eu vim se esse deixasse
- Estacione o carro e me encontre lá em cima no oitavo andar – Eu disse quando Clark me deixou em frente ao prédio da PCA. Eu passei pela segurança e dei um aceno enquanto seguia para os elevadores. Mas ao invés de ir para a cobertura, eu acionei o botão que indicava o número oito. Era um andar que eu mantinha para reuniões privadas e para assuntos apartados da PCA. Eu quase nunca o utilizava e estava cogitando a possibilidade de usar como um escritório de campanha, mas ainda não havia decidido.Quando as portas do elevador se abriram no local desejado, eu caminhei pelo corredor ignorando diversas salas até chegar a uma porta ao final do corredor. Entrando, eu atravessei essa sala até chegar a uma segunda porta, onde ficava o meu escritório.Eu me sentei e esperei até que ouvi uma batida na porta. Essa batida era inconfundível – Entre – eu disse, sabendo se tratar de Clark – Você trancou tudo?- Sim, Sir.- Sente-se Clark, por favor - Ele se sentou na cadeira a minha frente e esperou
HaroldDesespero nem chega perto do que eu estou sentindo no momento. Quando eu liguei pra Carol mais cedo, não tinha de fato a intenção de assistir o vídeo. Depois que passei a informação para Clark, fiquei sozinho no escritório, enquanto ele saía para resolver alguns detalhes. Eu tentei resistir e me obrigar a cumprir a minha promessa, mas falhei miseravelmente. Eu me torturei assistindo cada vídeoMesmo nos meus piores pensamentos sobre o que Carol havia sofrido eu poderia ter materializado o que de fato ocorreu. Foi uma verdadeira tortura pra ela. Desgraçado! Queria matá-lo eu mesmo com as minhas mãos.Eu chorei como um menino a cada vídeo e vomitei todo o conteúdo do meu estômago. No entanto, apesar de estar destruído, eu me obriguei a ver cada um deles.Clark voltou e tentou me convencer a ir pra casa, mas eu sabia que ela perceberia, no instante em que me visse, que eu quebrei a minha promessa. Mesmo depois de incontáveis doses de whisky e inúmeras chamadas não atendidas eu ain
Harold Domingo, 23 de março de 2014Eu insisti nas ligações enquanto Clark saia do carro em cada hotel para recolher informações, mas ia direto para a caixa postal. De fato, ela não tinha reservado nenhum voo para esta noite. Apenas nos restava procurar nos hotéis. Meu telefone tocou. Era Clark. Eu apenas saí do carro e caminhei em direção ao hotel. Se ele me ligou era porque ela estava aqui. Ele me esperava no saguão – Apartamento 304, Sir. Vou esperar no carro.- Graças a Deus. Obrigado Clark.Parecia que o meu coração ia fugir da porra do meu peito. Eu mal conseguia respirar. Nervoso sequer era suficiente para descrever como eu me sentia. Eu segui para o elevador e apertei o botão do terceiro andar. Apenas três andares, mas a viagem parecia eterna agora que eu estava aqui. Agora que eu a tinha encontrado. O que eu vou dizer a ela? Será que ela não vai querer me ouvir. Eu saí do elevador e caminhei pelo corredor até encontrar a porta do seu quarto. Eu parei, tomei algumas respiraç
Sexta-feira, 28 de março de 2014Carol- O que tem aqui? – Harold sai do elevador no oitavo andar me levando com ele. Havia um grande hall, depois muitas portas em um corredor, mas não havia sinal de qualquer pessoa.- Eu raramente uso este andar e quando o faço é para tratar de assuntos que não tem relação com a empresa. Estou pensando em utilizá-lo para cuidar dos assuntos da campanha.- É enorme.- Sim. É. – Nós caminhamos até o final do longo corredor e entramos em um pequeno salão, depois atravessamos uma porta e estávamos em um escritório. Havia um computador, alguns apetrechos de escritório, mas o que me chamou atenção foi um exemplar do Diário de Pernambuco sobre a mesa. Trata-se de um dos principais jornais do estado. Eu olhei pra Harold sem entender – Sente-se, meu bem. Eu me sentei e ele pegou o jornal e se sentou na cadeira ao lado da minha.- Minha mãe e minha avó estão bem?- Estão ótimas. Eu me certifiquei de que aquela equipe de segurança que nós utilizados desse uma p
Sábado, 07 de junho de 2014Mais de dois meses se passaram e tanto eu quanto Harold seguimos em frente. A cada dia eu tinha mais certeza de que fiz a escolha certa. Apesar de toda a dor e sofrimento que passei nas mãos de Marcelo, a sua morte me trouxe a paz. Eu me sentia culpada as vezes por pensar assim, mas quando me lembrava do mal que ele me fez e do quanto ele pretendia fazer, eu me conformava.Felizmente, os preparativos para o meu casamento e o meu trabalho na PCA ocuparam o meu tempo. Emily estava radiante porque eu escolhi a Catedral de Winchester para a realização da cerimônia do casamento. Harold ficou satisfeito também. Foi aonde os pais dele se casaram e também os avós. Eu também sugeri que a recepção fosse no palácio e, nós poderíamos hospedar os nossos amigos. Uma recepção ao ar livre seria espetacular e traria a simplicidade que eu queria para o meu grande dia.Nosso apartamento, finalmente, havia ficado pronto. E iríamos hoje fazer a vistoria – Pronta?- Sim. Estou c