Estava lutando para não pensar sobre a conversa que teríamos assim que chegássemos à Nova York. Esses dias aqui em Londres com ele ao meu lado o tempo todo, me mimando e me mostrando a sua terra, os locais que ele mais gostava, o que ele gostava de fazer, falando sobre a sua infância e os seus amigos, foram simplesmente incríveis. E ficava cada vez mais difícil encontrar uma maneira de dizer o que teria que ser dito. Apesar de a cabeça estar trabalhando a mil quilômetros por hora, o cansaço físico falou mais alto e eu adormeci.Senti um corpo aquecido se mover ao encontro do meu e uma mão deslizou delicadamente pelos meus quadris em direção aos meus seios. Eu não estava assustada. Eu sabia exatamente quem era. Eu conhecia seu toque agora e o seu cheiro. Meu corpo reconhecia o seu. A barba de um dia arranhou o meu pescoço e, em seguida, uma língua quente passou no mesmo local, como uma compensação. Eu empinei minha bunda para trás e encontrei algo duro pressionando contra ela. Ele esta
Sentindo-me mais encorajada depois do banho, eu arrumei os meus cabelos e fiz uma maquiagem leve. Quando terminei, Harold estava muito bem-vestido em um terno grafite e com uma gravata vermelha.- Você está linda, querida – Harold me puxou pela cintura e eu inclinei a cabeça para trás apoiando em seu peito.- Você também não está nada mal – brinquei – Aonde vamos?- Surpresa.Eu peguei uma pequena bolsa-carteira preta e coloquei sandálias de salto pretas. Harold segurou a minha mão e me guiou em direção às escadas. Quando cheguei ao andar de baixo, ele me levou para um pequeno salão e assim que entramos um coro de FELIZ NATAL soou. Eu levei minha mão à boca e meu olhar circulou pelo ambiente identificando os rostos. Os pais de Harold e Charlie com seu suposto amigo, Richard e Marisa, Michael e Andrea. Eu olhei pra Harold com os olhos marejados – Não acredito que você fez isso.- Tudo pra você, baby. Eu quero te dar o mundo. Basta você me deixar – ele sussurrou apenas pra que eu ouviss
Quinta-feira, 26 de dezembro de 2013 - Puta merda! Você sabe como chocar alguém, Carol. Primeiro você sai daqui decidida a terminar tudo com ele e agora você me volta noiva.- Eu sei é loucura.- Não. Não me entenda mal. Eu não estou recriminando. Estou apenas surpresa. Mas acho que você está certa em seguir seu coração sabe. Pare de pensar no futuro. Viva o agora.- Eu não posso ser irresponsável com a vida dele, Sam. Eu tinha que ter dito não. Mas, porra. Se eu não o amasse já seria difícil dizer não pra um gesto tão romântico. Agora, imagina dizer não pra o homem da sua vida. Pra quem você ama. Eu não poderia. Eu não pude.- Eu estou feliz por você.- Bem, eu não estou feliz comigo. Mas tudo bem.- Onde você vai passar o Réveillon?- Droga. Ainda tem isso. Eu precisava falar com você sobre isso. Minha mãe esperava que eu tivesse ido para o Natal. Mas como eu fui com Harold... bem, ela espera que eu volte pra casa depois de dois anos.- Eu acho mais do que justo, Car
Sábado, 28 de dezembro de 2013Eu estava grato por Clark ter inserido algumas bermudas e camisetas leves na bolsa. Enquanto Nova York estava em um frio exagerado. Com dias alternados de neve. A capital de Pernambuco, Recife, estava quente.Jake havia entrado em contato comigo e me falado sobre os agentes de segurança que ele contratou na última vez que esteve aqui. Samanta me passou o contato dos seus pais caso eu tivesse algum problema.Clark estava visivelmente tenso. Ele não gostava quando eu viajava para um país desconhecido sem nenhuma programação. Mas eu precisava ser rápido.Eu estava distraído admirando a vista da Praia de Boa Viagem quando meu telefone vibrou em meu bolso. Eu estava ansioso por notícias. Dois seguranças estavam no hotel, enquanto outros dois estavam verificando o endereço de Carol fornecido por Samanta – Parker – disse ao atender.- Sr. Parker, eu acabo de ver Srtª Carol Burgos. Na verdade, eu a estou vendo neste momento. Ela deixou o seu prédio e está camin
Ele se moveu e seus pés absurdamente brancos, calçados com chinelos que estavam cheios de areia apareceram diante de mim. Eu elevei lentamente meu olhar e vi um par de pernas brancas cobertas com pelos escuros, um par de shorts de tactel azul e branco, um peito largo vestido com uma camiseta de algodão na cor branca e óculos estilo aviador – Harold?- Posso? – ele apontou para a cadeira ao meu lado, mas não esperou a minha anuência. Logo se sentou e encostou confortavelmente na cadeira de lona dobrável – É uma bela praia. Desde que a vi pela primeira vez quis mergulhar. Mas eu queria fazer isso com você. Eu vi que tem algumas placas indicando o perigo de ataques de tubarão então eu pensei que você poderia me salvar – Ele brincou. Mas eu estava chocada demais com a sua surpreendente presença aqui.- O que você está fazendo aqui?- Você não está feliz em me ver?- Você não recebeu a minha... – ele não esperou que eu concluísse.- Sua carta? Sim. Recebi.- Então?Ele alcançou a minha mão
- Posso ajudar a fazer o jantar.- Eu vou adorar – ela disse entusiasmada.- A que horas vovó vai chegar?- Joana disse que estariam aqui por volta das seis da noite. Sua avó dorme cedo, você sabe – Joana era a acompanhante da minha avó. As duas não se separavam nunca.- Sei.Ela me deu coentro, cebola e tomate para picar, enquanto ela colocava a macaxeira na panela de pressão – Sua avó adora macaxeira com galinha guisada.- Faz um tempo que eu não como nada disso.- Sim. Eu imagino. Você tem se alimentado bem lá?- Sim. Muito bem.- Eu soube que Samanta se casou. A mãe dela me mandou algumas fotos pelo face. Ela me enviou uma foto sua. Você estava linda e quem era aquele homem bonito que estava acompanhando você.- Harold. Ele é o melhor amigo do noivo.- Seria ele o seu namorado? Você não disse nada sobre ele desde que chegou.- Sim. Foi ele.- Foi?- Eu terminei.- Oh! Por quê? Ele não era bom pra você.Eu bufei e foi um som horrível – Ele era mais do que bom pra mim. Ele é maravil
Já havia passado da hora que a minha avó costumava dormir, mas ela não apresentava qualquer sinal de cansaço. Mesmo assim, Joana a convenceu a ir pra casa descansar, pois tinha a caminhada pela manhã. Minha avó sempre caminhava bem cedo. Era um compromisso ao qual ela nunca faltava.Assim que ela se foi, eu disse a Harold – Precisamos conversar.- Não aqui. Ele disse. Venha comigo o hotel.- Não vamos conversar se formos ao hotel.- Eu prometo que vou. Além disso, precisamos de privacidade.Eu me voltei para minha mãe – Eu vou sair com Harold, mãe. Por favor, não me espere.- Está tudo bem?- Sim. Nós dois só precisamos conversar.- Entendo. Qualquer coisa me chame.- Eu apenas vou pegar minha bolsa no quarto – Eu os deixei sozinhos por um instante e fui até o quarto, separei o que precisava e voltei.O carro que eu vi logo cedo pertencia mesmo a Harold, Clark e outro segurança estavam dentro conversando quando chegamos – A presença de um carro era ridícula, já que o hotel ficava a p
Domingo, 29 de dezembro de 2013Eu acordei e encontrei um par de olhos castanhos me assistindo – Bom dia – Harold disse.- Bom dia. Faz tempo que está acordado?- Um pouco. Quer tomar café aqui ou no restaurante.- No restaurante mesmo. Eu vou só tomar um banho antes.- O que você quer fazer hoje?- Não sei. Não tinha nada programado. Mas se você quiser posso te mostrar alguns lugares. Fazer as vezes de guia turístico pra você.- Eu adoraria, baby. A mais bela guia e minha noiva.- Gosto do som disso tanto quanto temo isso.- Você vai se acostumar.Após o banho nós descemos para o café. Clark estava esperando no saguão. – Bom dia Senhor, Senhorita.- Bom dia Clark, você já tomou café? – cumprimentei.- Sim, obrigado.- Você acorda cedo, hein?- Sim. Eu faço. – Não passou despercebido o quão jovem ele parecia sem aqueles ternos que ele costumava usar lá. Vestido em uma bermuda cargo e uma camisa de botão de manga curta e cor clara, parecia ser da idade de Harold.- A equipe está aqui?