A troca de olhares entre inimigos só aumentou quando Tamara parou ao lado do irmão. Esmeralda já tinha visto aquela mulher, inúmeras vezes e ninguém no universo sabia identificar o tamanho do seu ódio para com ela. Afinal, foi Tamara que deu a ideia de se casar com ele, foi dela também a ideia de engravidar uma fada como se ela pudesse gerar outra fada. Ela não nasceu daquele jeito, foi criada pelas mãos de uma bruxa que teve suas criações tomadas de si quando achou que sua vida começaria com uma nova descoberta.Puxou mais o ar olhando sua irmã por cima do ombro, e uma simples troca de olhar fez Perola entender e rapidamente correr em direção à fazenda. Tinham andando bastante enquanto conversavam e talvez ninguém ainda tivesse visto aquele homem ali. Quer dizer, como ninguém tinha visto aquele homem invadir o norte? Todo mundo estava cuidando e cada entrada e saída, será que alguém estava morto? E se estava morto a Alpha já não devia está indo em sua direção? Quem tinha morrido? E p
A correria até a fazenda seria mais rápido para ela em forma de lobo, como humana demoraria e ela sabia que já tinha dado errado, a morte de uma pessoa em seu território lhe atingia mais do que qualquer coisa vindo em sua direção. E onde estava Roger? Onde estavam os que protegiam a entrada? Estavam mortos? Porque ela não sentia nada? Não demorou a encontrar os outros que corriam entre as árvores quebrando qualquer galho que aparecia em sua frente, nenhum animal ousaria cruzar o caminho daqueles.As pegadas eram fortes e Aurora alcançou seus betas que iam à frente como sempre, podiam sentir pela ligação da alcateia a dor de Rodrigo e este ia mais a frente, como se nada no mundo importasse mais que a morte de sua marcada. Dentre os lábios, Aurora sentiu quando os vampiros se meteram entre eles correndo na mesma direção, o cheiro de sangue naquele território chamava qualquer um para uma boa luta. A fazenda ficava quase no fim do Norte, mas foi à corrida mais rápida que Rodrigo deu em t
— Sua… Desgraçada - Tamara caiu para trás sabendo que o ferimento de uma flecha do seu próprio irmão machucaria em tempo recorde. O veneno usado foi cultivado por anos nas terras de seu pai ainda que o gelo fosse o seu maior inimigo. Segurou seu braço tentando estancar o sangue, mas não iria agora. Perola levantou rapidamente correndo em direção a Aurora que não tirava os olhos de Takashi.Surpreendeu-se quando os olhos de Takashi cresceram em cima de si, provavelmente Tamara tinha uma conexão grande com o irmão. Claro, os irmãos em todas as famílias tinham isso. Não é?— O que você acha que está fazendo? - Takashi falou entre os dentes e Perola apesar de querer se agarrar na pessoa que sabia que iria lhe proteger Yuri lhe chamava ainda que não abrisse a boca, correu em direção aos seus braços.— A troca que você quer, pode ser feita desde que um de vocês morra também. Eu não gostei de você chegar aqui e invadir o meu território. Acha que tem algum direito? - Takashi não disse nada —
— Você está grávida, tira o meu sobrinho daqui - Pediu com calma vendo a garota arregalar os olhos e engolir a seco. Mas é claro que ela sabia que estava grávida, uma loba não deixaria de notar certas mudanças em seu corpo. — Você sabe disso, então não se faz de idiota.Bradou zangada e sentiu uma pontada maior em seu peito, procurou por seu marcado que levava Talissa para longe junto das outras fadas, se ele não estava ferido, então a dor vinha de Adrian, correu em direção ao seu irmão que rolava na água passando para a grande floresta. Atravessou o campo inteiro correndo e no fim se transformou pisando na terra molhada dentre as árvores até encontrar Yuno e Adrian, ambos transformados e Adrian por baixo, o olhar de Yuno era de um assassino e ela conhecia bem.Pulou em cima do homem o afastando para longe. O mais velho caiu para longe quebrando mais algumas árvores e Adrian levantou a todo custo. Deu para notar o arranhão em seu ombro e o gemido ao ficar de pé. Aurora se armou novame
— Eu poderia já ter te matado - Avisou em alto e bom som. E Yuno parou de andar — Mas eu quero saber o que você quer. Sabe que não vai sair daqui vivo e que o Norte nunca será seu. Sabe que perdeu o Sul e não vai recuperá-lo, ninguém ali naquela cidade irá te apoiar, porque quem o tomou fui eu. - Yuno trincou os dentes. Enquanto seguia caminho para o norte com sua matilha, ele passou pelo Sul e tudo que Aurora falava era verdade. Ninguém no Sul iria apoiá-lo, as pessoas que a Nortenha salvou voltaram ainda mais felizes para lá e não se deixaram levar pelas ameaças. — Então alguma coisa aqui você quer.— Eu quero.— Você sempre quis as fadas, mas aqui elas encontraram uma casa e seus marcados, ainda sim, você conseguiu Mat#r uma. Você matou uma das minhas e matamos muitos de vocês. - Sorriu e sua alcateia mais atrás começou a voltar à forma humana. Yuno tornou a rir.— Muitos dos meus? Acha que isso me importa? - Falou com desdém ativando suas garras e os olhos vermelhos iguais aos de
— Que droga é essa? - Fabricio agachou ao lado do amigo que não conseguia mais abrir a boca para falar alguma coisa, sua respiração estava pesada e sentia a visão escurecer. Fabricio puxou uma agulha, ou uma farpa, alguma coisa enfiada no pescoço do amigo e o cheiro denunciou tudo. — Isso é veneno.Aurora arregalou os olhos vermelhos em direção a Yuno que desatou a rir na mesma hora.— Vocês não são os únicos que usam venenos. - Aurora inclinou a cabeça para o lado. Sim, eles não eram os únicos que usavam veneno, mas sua alcateia e o convém de Talissa tinha antídotos o suficiente para nada os ferir. — Vocês tentaram acabar com nossa estufa, mas lobos que vivem mais, sabem mais Aurora Romero.A Alpha os olhava ainda sem saber se corria e matava um naquela mesma hora, ou se esperava para o resto de sua alcateia viesse para ajudar seu irmão. Podia sentir a dor dele começar a vir para seu corpo mexendo com a ligação e aquelas coisas eram complicadas, complicadas e difíceis de aceitar.— Q
— Aurora o veneno não está fazendo efeito. Ele não vai resistir.Aquelas palavras fizeram Aurora olhar rapidamente para o homem no colo de Livia. Aquilo só podia ser brincadeira.— Achem Anabela, e a traga aqui - Pediu e parou ao lado do irmão. A ligação com Jin estava perfeita e dando uma olhada na direção, notou que ela já estava sentado, gemia alguma coisa e a ferida no peito estava menor, ele estava se curando. — Adrian, você vai ficar bem.— Eu acho que dessa vez não. - ele riu e tossiu — Eu estou sentindo que a minha alma já foi até embora, o veneno parece que não quer ir embora, eu sinto que é ele que está correndo ao invés de sangue.— Não precisa falar muito - Livia pediu o vendo fechar os olhos enquanto se enrolava no corpo de sua marcada. Livia subiu o olhar para Aurora que encheu os olhos de lágrimas — Ele não vai resistir.— Se ele morrer, a Anabela o trás de volta, é por isso que ela ainda está viva. - A primeira lágrima caiu dos olhos verdes de Aurora e naquela mesma ho
— Livia, eu preciso que você fique calma - Bradou Raíza do outro lado enquanto tentava acalmar sua melhor amiga, do outro lado, Riki a conduzia dentre a floresta carregando-a entre seus braços. Ninguém ficava para trás. Livia gritou para todos ficarem calados que nada disso estava acontecendo, mas ninguém ligou muito.Chegaram ao convém e foram bem recebidos, Riki foi levado para um quarto pequeno onde tinha apenas uma cama, entrou com Raíza colocando Livia na cama que não parava de chorar.— Eu preciso ir buscar aquela mulher. Que demora a Anabela aparecer, será que ela não sabe que temos um tempo curto - tentou levantar da cama, mas Riki a colocou de volta — Para de me colocar dentro dessa porcaria, eu não quero, eu não quero ficar aqui, eu quero ficar perto do Adrian, ele tem que sobreviver.— Você também tem que sobreviver, então para de causar dessa forma - Deu a Livia um copo de água e a loba o jogou para longe.— Eu não quero água, eu quero o Adrian. Será que ninguém está enten