Após testemunhar Solange aplicando acupuntura, a empregada Nataly passou a respeitar ainda mais ela.Os olhos de Solange brilharam:— Sério? Meu marido mencionou para onde ele queria ir?Nataly balançou a cabeça, respondendo com respeito:— Essas coisas o Sr. Marcos não compartilha conosco. Ele está esperando lá embaixo. Você pode perguntar quando descer.Os empregados da família Aragão não tinha o direito de saber os planos de Marcos.Solange assentiu compreensivamente e se dirigiu ao banheiro.No andar de baixo, Marcos e Eduardo estavam sentados no sofá.Um estava com a cabeça baixa, olhando para o celular, e o outro segurava um jornal, olhando de vez em quando para o lado, querendo falar, mas sem dizer nada.Após um tempo, Marcos desligou o celular, seu rosto severo ainda estava inexpressivo:— Fale, o que você quer perguntar?Eduardo, percebendo que foi descoberto, riu constrangidamente e perguntou rapidamente:— Você tomou o banho medicinal ontem à noite? Como foi o efeito? Seu co
Solange virou a cabeça e viu Eduardo cobrindo o rosto com a mão, espiando por entre os dedos. Seu rosto estava cheio de animação.Ao perceber que eram observados, Eduardo sorriu e disse:— Eu não vi nada. Continuem, continuem. — Se levantou do sofá, fingindo indiferença e saiu falando alto. — Com a idade, é bom se movimentar um pouco. Vou dar uma volta no jardim.O subtexto era claro. "Não vou atrapalhar vocês, continuem!"Solange levantou o polegar em direção à figura de Eduardo se afastando."O avô é demais!"— Agora que o avô se foi, ninguém está olhando.Solange olhou para cima, seus olhos brilhavam com expectativa.Ela olhava para ele como uma criança ansiando por um doce, esperançosa e um pouco triste.A maçã do pescoço de Marcos se moveu levemente antes de ele se inclinar e beijar suavemente sua testa.No momento em que seus lábios tocaram a testa dela, Marcos sentiu como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo, causando uma sensação de formigamento.Ele olhou para o loca
Ela se aproximou e deu um beijo firme na bochecha de Marcos:— Você é tão bom, querido! Eu gosto tanto de você!Marcos ficou rígido e uma onda de rubor subiu lentamente até os ouvidos, escondidos sob seus cabelos curtos. Ele olhou para Solange sem expressão e murmurou para si mesmo:— Olha só a sua sorte, é apenas uma caixa de chocolates. Precisa ficar tão feliz?Solange segurava a caixa de chocolates, enquanto seus olhos brilhantes transbordavam de alegria:— Porque foi você quem me deu.Marcos apertou os lábios e uma onda repentina de emoção surgiu no fundo de seu coração, que era sempre tão calmo.No Grupo Aragão, os funcionários, que normalmente trabalhavam arduamente, estavam agiam fora do comum. Em cada departamento, pequenos grupos se juntavam e sussurravam algo com expressões animadas e incrédulas.— Você ouviu? Na reunião de ontem, apareceu uma mulher ao lado do nosso presidente Marcos!— Eu ouvi! Está todo mundo falando disso no grupo de notícias da empresa. As pessoas do d
Percebendo que todos os olhares estavam voltados para Solange, Marcos franziu a testa, descontente. Ele deu um passo à frente, bloqueando os olhares curiosos e repreendeu em voz baixa:— Faltando ao trabalho sem motivo durante o horário comercial, vocês não querem mais o bônus deste mês?Os curiosos ao redor sentiram um frio na espinha. Encarar aqueles olhos profundos de Marcos, era como estar sendo fixado por uma cobra sibilante. Era um tipo de terror que emanava da alma.Após um momento de silêncio, o homem de camisa xadrez tocou o nariz de forma constrangida e falou com culpa:— Nós... Estávamos apenas curiosos. Presidente Marcos, não vai nos apresentar?Embora os outros não falassem, todos pensavam como aquele homem. Eles estavam cheios de curiosidade sobre Solange.Marcos lançou um olhar frio sobre eles e então se virou para olhar para Solange atrás dele, com um olhar indagativo. Solange levantou a cabeça para olhá-lo e, em seguida, deu um passo à frente, sorrindo levemente e
Ao sair do elevador, Solange avistou uma mulher de aparência sedutora, com maquiagem impecável e vestida com profissionalismo, caminhando lentamente em sua direção. A mulher parou diante de Marcos e Solange. Seu olhar gentil se fixou em Marcos e, com os lábios tingidos de vermelho, ela começou:— Presidente Marcos, pegou trânsito hoje? É a primeira vez que o vejo chegar atrasado.Sua voz carregava um tom íntimo, como se a relação entre eles fosse especial. Solange franziu ligeiramente a testa, apertou os lábios, se mantendo em silêncio. Essa mulher causava a ela uma sensação estranha. Embora estivesse ao lado de Marcos, era como se a mulher não a visse. Ela ainda falava com seu marido num tom tão familiar e carinhoso! Era quase uma provocação silenciosa.Marcos lançou um olhar significativo para Solange e respondeu:— Acordei tarde. Os documentos para a reunião de hoje estão prontos?Ao ouvir isso, o sorriso afável da mulher congelou em seu rosto. "Acordou tarde?"Toda a empresa
A expressão de Isabelly endureceu. Surpresa, ela exclamou:— Comprar... Café?"Ela deveria comprar café para Solange?""Como isso era possível?"— Algum problema? — Perguntou Marcos. Seus olhos profundos brilhavam com um traço de impaciência e seu tom se tornou instantaneamente mais frio.Isabelly forçou um sorriso, sentindo que era mais doloroso do que chorar.— Presidente Marcos, ainda temos uma reunião em breve. Como eu poderia ir comprar café agora?Marcos franziu a testa:— O departamento administrativo está sem pessoas? Eu pago vocês para trabalhar ou para se aposentar? Além disso, você não é minha assistente. Se nem falar você sabe, não me importo de patrocinar sua volta ao ensino fundamental.Isabelly era assistente do gerente do departamento administrativo e considerada muito competente, quase todas as tarefas de entrega de documentos eram confiadas a ela. Marcos, claro, não estava ciente dos vários pensamentos que passavam pela cabeça de Isabelly ao dizer aquilo. Ele só sab
Marcos franziu a testa. Estava prestes a caminhar em direção ao local quando ouviu outra voz, doce e suave, emergir, transbordando uma tristeza indescritível:— Secretária Isabelly, o que você quer dizer com isso? Eu só queria perguntar sobre meu marido e como ele está na empresa, queria entender mais sobre ele. Como isso se transformou em me forçar a demiti-la? Secretária Isabelly, sei que pedir para você comprar café foi muito incômodo, é justo você estar chateada. Eu... Eu posso lhe dar uma gorjeta!Solange estava de pé, encostada à parede, com os olhos vermelhos de choro, com uma tristeza contida, seus dentes brancos mordiscavam o lábio inferior.Marcos sentiu uma dor aguda no peito.Ele franziu a testa e rapidamente caminhou até Solange:— O que está acontecendo aqui?Isabelly viu Marcos aparecer e seu rosto empalideceu subitamente.Ela inicialmente queria apenas fazer alguns comentários que pudessem ser mal interpretados, usando a boca de outros para espalhar a notícia de que Sol
— Marido, estou bem, não culpe a Secretária Isabelly. Realmente foi incômodo pedir que ela comprasse café.Ela sacudiu a cabeça, as lágrimas escorrendo pelo rosto, mas tentando manter uma aparência indiferente. Parecia extremamente magoada, despertando compaixão. Isabelly estava chocada, tão furiosa que não conseguia falar! O olhar frio de Marcos passou por ela, como se carregasse uma ameaça invisível:— Se não quer fazer, é melhor sair logo.Isabelly balançou a cabeça freneticamente, as lágrimas transbordando dos olhos. Desta vez, ela estava realmente chorando. As lágrimas caíam como ondas tempestuosas, a mágoa se espalhava em seu coração. Ela queria explicar, mas o homem à sua frente claramente não tinha desejo de ouvir. Ele abraçou Solange pelos ombros, seus olhos estreitos ligeiramente cerrados, seus lábios finos murmurando:— Se não quer continuar, vá ao RH e entregue sua carta de demissão.Dito isso, sem olhar para trás, entrou no escritório do presidente com Solange nos b