Ele deu uma leve tosse e empurrou o rosto que se aproximava lentamente.

- Coma direitinho.

- Tá bom. - Solange recuou, arrependida, e começou a comer os camarões no prato.

Não conseguiu beijar o rosto do marido.

Não estava feliz.

Solange olhou para os camarões no prato e transformou a tristeza em apetite, comendo todos de uma vez.

No fim, acabou comendo demais.

Marcos, vendo a situação, estava ao mesmo tempo resignado e divertido.

Até o Sr. Aragão não pôde deixar de rir.

Solange, desolada, se encostou na cadeira, esfregando sua barriga levemente inchada, enquanto lançava um olhar ressentido para o culpado.

- A culpa é toda sua.

Marcos, sendo injustamente culpado:

- Tá bom, a culpa é minha.

Realmente não sabia o que fazer com ela.

Marcos não via nada de errado na maneira como Solange fazia birra de vez em quando.

Em sua concepção, as meninas deveriam ser mimadas, um pouco teimosas.

Aqueles que eram mimados tinham o direito de serem arrogantes.

Sua garotinha também deveria ser um pouco