Gabriel franziu a testa, aumentando a força das batidas na porta. No entanto, não veio nenhum som de dentro. Ele encostou o ouvido na porta e, num instante, entrou em pânico. Stéphanie tinha uma condição cardíaca congênita, será que ela poderia estar tendo uma crise? Desesperado, Gabriel chutou a porta do quarto e viu Stéphanie deitada na cama, pálida como uma folha. Ela parecia fraca e doente.— Stéphanie! Gabriel correu até a beira da cama, segurando o pulso gelado de Stéphanie, com um olhar cheio de preocupação e pânico. — Stéphanie, o que aconteceu? Você está tendo uma crise? Por favor, não me assuste assim!Stéphanie abriu os olhos com dificuldade:— Gabriel, eu não estou me sentindo bem, minha cabeça dói muito, estou me sentindo muito mal...Gabriel, agitado como uma formiga em uma panela quente, estava tão perturbado que não sabia o que fazer.— Espere aqui, vou ligar para o médico agora mesmo.Gabriel tirou rapidamente o celular do bolso, suas mãos tremiam de ansiedade.
Naquela face pálida, quase sem um traço de cor, surgiu um sorriso de satisfação. “Ir até a Mansão dos Aragão procurar Solange? Impossível! Que direito tem aquela mulher?” “Solange, apoiada pela família Aragão, age sem reservas, até pensando em chamar a polícia para prender meus fãs? Que piada...” Com esses pensamentos, um lampejo de prazer e rancor brilhou nos olhos de Stéphanie.Ela acreditava que em poucos dias, a família Aragão se arrependeria de ter acolhido uma nora tão maliciosa e de baixo caráter! Na Mansão dos Aragão, neste raro fim de semana livre do laboratório, Solange se permitiu dormir até mais tarde, relutante em sair da cama a qualquer chamado. Marcos olhou para a garota que se revirava na cama, se recusando a abrir os olhos, e um sorriso indulgente surgiu em seus lábios.— Pequena preguiçosa.— Hmm. — Murmurou Solange, se virando de costas para Marcos e voltando a dormir profundamente. Quando acordou novamente, já era meio-dia e meia. Marcos já havia ido para
Gabriel se sentia desconfortável com o olhar fixo nela. Suas mãos, repousando sobre os joelhos, estavam levemente cerradas em punhos. Ele hesitou antes de falar:— Eu sei que o que os fãs da Stéphanie fizeram não está certo, mas isso se espalhou demais pela internet. A imagem pública da Stéphanie foi completamente arruinada e muitos fãs a abandonaram...Quanto mais Gabriel falava, mais emocionado ficava e seus olhos demonstravam uma clara dor ao mencionar Stéphanie.— Eu sou a mãe da Stéphanie? — Solange interrompeu Gabriel abruptamente.Gabriel, atordoado, aparentemente não compreendia o significado dessa pergunta.Solange soltou uma risada sarcástica, exibindo seu braço queimado:— Embora isso não tenha sido feito pela Stéphanie, está diretamente relacionado a ela. Mesmo que você não entenda sobre as redes sociais dos fãs, deveria saber que os ídolos são responsáveis pelas ações de seus fãs, certo?Quando Gabriel viu as cicatrizes no braço dela, seus olhos se encheram de choque.— I
Ele não conseguia entender, por que Solange simplesmente não podia ceder um pouco? Ela tinha feito Stéphanie sofrer tanto antes e a família Fagundes nunca tinha sido tão inflexível! Solange baixou os cílios, um sorriso amargo brincava nos cantos de seus lábios. Era isso que o professor dizia sobre o sangue ser mais espesso que a água, que mesmo que os ossos quebrassem, os tendões ainda estariam conectados? Se tudo o que a família trouxesse para ela fosse dor, então ela preferiria não ter uma.— Gabriel, quem realmente levou as coisas ao extremo não foi a sua família Fagundes? — Solange levantou seus olhos, encarando o jovem à sua frente com um olhar claro e direto. — Foram vocês que me trouxeram de volta para a Mansão dos Fagundes, foram vocês que me desprezaram. Sempre dizendo que eu era a senhorita da família Fagundes, foram vocês que me pediram para afastar o mal... Vocês pensam que me trazer de volta foi um grande favor, que eu estava cobiçando as coisas de Stéphanie, mas o que
Não esperava que, no fim, fosse a família Fagundes a tirar proveito da situação.“Será que algum dia poderei reaver o que é meu?”, Solange refletia sobre isso em silêncio.Gabriel ficou tenso de repente, se lembrando daquele celular quebrado.— Solange, por que você nunca mencionou isso antes?Gabriel olhou para Solange, com um olhar repleto de culpa.Ele jamais soube que Solange tinha vivido uma vida tão miserável na Mansão dos Fagundes que nem os empregados a invejariam.Se ela tivesse falado...— Hahaha... — Solange não conseguiu se conter e riu até se dobrar, como se tivesse escutado a maior piada do mundo.Sua risada, clara e melodiosa, ecoava nos ouvidos de Gabriel, enquanto seu coração afundava.— Gabriel, você é realmente muito ingênuo. Como você sabe que eu nunca disse nada?Depois de rir o suficiente, Solange controlou seu riso, fixando os olhos em Gabriel, sem piscar.“Como você sabe que eu não disse nada...”Gabriel se sentiu intimidado por aquele olhar e, de repente, pare
Nataly era extremamente dócil. Abaixou os olhos e, em seu coração, suspirou internamente, lamentando, "Pobre coitada." Em seguida, se virou e se dirigiu à cozinha. Rapidamente, pegou um pequeno bolo da geladeira.Por outro lado, Gabriel fugiu em pânico da Mansão dos Aragão, se sentindo subitamente confuso. Caminhou sem rumo pela beira da estrada, com as últimas palavras de Solange ecoando em sua mente: "Como você sabe que eu nunca disse isso?"Gabriel se agachou lentamente, estendeu os braços e abraçou firmemente a cabeça, enterrando seu rosto entre os joelhos. Emoções de arrependimento e culpa surgiam como uma maré tumultuada, inundando sua mente. Sim, ele se lembrou. Solange realmente havia mencionado que precisava de roupas para trocar. Era o terceiro dia após Solange ter voltado para casa. Naquele dia, ele foi arrastado por Stéphanie para fazer compras no shopping. Stéphanie adorava vestidos bonitos e joias delicadas, sempre que via algo que gostava, tinha que comprar. Ele
— Gabriel, o que você disse? Ela concordou em me ajudar a esclarecer? — Perguntou Stéphanie, avançando ansiosamente.Gabriel balançou a cabeça, baixando os olhos lentamente, com o humor visivelmente abatido.— O quê? Ela se recusou? —Stéphanie exclamou agitadamente, sua voz estava subitamente mais alta. Gabriel olhou para Stéphanie com perplexidade. Em sua memória, a irmã sempre foi uma figura gentil, sensata e frágil. Ela quase nunca havia mostrado uma expressão tão chocada e agitada.Stéphanie também percebeu seu próprio comportamento inadequado e rapidamente ajustou a expressão facial, adotando uma feição prestes a chorar.— Desculpe, Gabriel, eu só estava muito surpresa. Eu realmente pensei que, com você falando, ela com certeza ajudaria, considerando o quanto ela deseja falar mais com você...Stéphanie começou a falar, mas parou, o rosto dela assumiu uma expressão de mágoa, como se algo muito importante tivesse sido tirado dela. No entanto, por dentro, ela estava extremamente ag
Gabriel não conseguia imaginar.Stéphanie queria perguntar a Gabriel o que exatamente havia acontecido à tarde, mas, para sua surpresa, Gabriel simplesmente desapareceu. Ela bateu o pé, irritada, e abordou um dos empregados, perguntando:— Você sabe para onde o Gabriel foi?O empregado hesitou por um momento e, então, apontou para o quarto de Gabriel, dizendo:— O Sr. Gabriel parece ter voltado para o seu quarto e não saiu mais de lá.Stéphanie franziu a testa e se apressou em bater na porta.— Gabriel, você está aí dentro?Não houve resposta.Ela girou instintivamente a maçaneta, tentando abrir a porta, mas descobriu que estava trancada por dentro. Olhando para a porta fechada, Stéphanie sentiu de repente um mau presságio.Mansão dos Aragão.Depois que Marcos retornou à Mansão dos Aragão, um empregado relatou que Gabriel havia ido procurar Solange. Marcos franziu a testa e perguntou em voz baixa:— Gabriel veio sozinho? O que eles conversaram?Uma expressão de raiva apareceu no ros