A senhora tirou um envelope e entregou-o a Anna.—Eu quero que você vá. Aqui você tem dinheiro suficiente para cobrir as despesas médicas do seu filho em outro país. Este hospital não é o único lugar onde você pode ser tratado.Anna olhou para o envelope com desprezo.—Eu não vou embora. Fiz a minha pesquisa e sei que este hospital é o único lugar onde o meu filho pode ser salvo. Sua doença é rara e complexa e em muitos lugares eles se recusam a operá-lo.A senhora franziu a testa, visivelmente irritada.—Não seja estúpido. Pegue o dinheiro e vá embora. Não me deixe com raiva e mude meu método.Anna ergueu o queixo com determinação.—Você não pode me comprar e sabe disso muito bem. Se você não conseguiu isso no passado, menos ainda agora. Não me sinto intimidado pelas suas ameaças. Meu filho é a única coisa que importa e farei o que for preciso para salvá-lo.A senhora, furiosa, levantou-se e jogou o envelope na cara dele.Instintivamente, Anna fechou os olhos, sentindo as notas solta
—Fique nu e vá para a cama.Anna sentiu como se uma faca fosse cravada em seu peito, a dor tão aguda que lhe tirou o fôlego. Ele cerrou os punhos, mordendo a parte interna da bochecha até que um gosto metálico encheu sua boca.“Não esqueça que essa humilhação é pela vida do Lucas” A humilhação foi tão intensa que lágrimas começaram a brotar de seus olhos, mas ela se recusou a deixá-las cair. Ela estava paralisada, como se o mundo tivesse parado ao seu redor, incapaz de decidir o que fazer.Mikhail girou em sua cadeira de rodas, observando o conflito no rosto dela. Vê-la tão perdida e afetada o fez sentir uma estranha satisfação, mas ao mesmo tempo, uma sombra de dúvida passou por sua cabeça. Eu estava sendo muito cruel? Não entendendo bem o impulso, ele rolou um pouco em direção a ela, quase sentindo a necessidade de se desculpar, de suavizar o golpe que lhe desferira. Mas nesse momento o telefone vibrou em seu bolso, quebrando o feitiço."O que diabos estou fazendo?" ele se repre
—Querido, me diga o quão pouco o Lucas está. “Tenho uma surpresa para você”, disse uma voz masculina do outro lado da linha, doce e despreocupada.Mikhail sentiu o sangue ferver. Sua pele ficou vermelha, as veias de sua testa pulsavam furiosamente.-Quem é você? ele rugiu, sua voz tão profunda que parecia um rosnado.—Pergunto a mesma coisa. Quem é você e por que está atendendo o telefone de Anna? — respondeu a voz do outro lado da linha, com um tom firme que só alimentou a raiva de Mikhail.Antes que ele pudesse responder, Anna saiu furiosa do banheiro, arrancando o telefone dele com raiva queimando em seus olhos.“Iván, te ligo mais tarde”, disse rapidamente ao telefone, sem esconder a angústia na voz.—Anna, mas... você está bem? "Não se preocupe, entrarei em contato com você mais tarde", disse Anna, tentando acalmar a voz, mas sua preocupação só deixou Mikhail mais irritado.Embora ela se regozijasse interiormente, acreditando que havia alcançado seu objetivo de causar problemas
Anna estava prestes a puxar a maçaneta da porta da frente, sentindo o metal frio sob sua mão trêmula, quando a campainha tocou e seu coração disparou e, em meio à tristeza, uma centelha de esperança tomou conta dela, apenas ser rapidamente reprimido por uma onda de raiva. Ela estava pronta para confrontar Mikhail, exigir respostas e acusá-lo de ter prometido a ela algo que no final ele não cumpriria. «Foi tudo uma estratégia para me desprezar, mas ele não conseguirá o que quer. Usar a vida do meu filho para seu plano malicioso foi seu pior erro, ele pensou, sentindo a raiva girando dentro dele enquanto seus punhos cerravam até que suas unhas cravassem na palma de suas mãos.“Acho que não vou deixar...” ela disse com os lábios tensos, enquanto abria a porta com uma velocidade que traía seu desespero, na esperança de encontrá-lo ali, do outro lado, pronto para enfrentar sua ira. Mas o que ele viu deixou sua expressão completamente perturbada.Ali, parado na porta, não estava Mikhail,
Com um movimento rápido e cheio de fúria, a Sra. Petrova se virou e deu um tapa nele.O homem, treinado na obediência cega, não soltou um único gemido, apenas abaixou a cabeça, aceitando o castigo.-Inútil! —exclamou a senhora com a voz trêmula de fúria reprimida—. Tanto tempo ao meu lado e você não aprendeu nada. Aquela garota patética não tem sangue Petrov. Se eu mudar minha versão, só perderei meu filho. Você acha que se Mikhail descobrir que seu pai deixou tudo para aquela mulher patética...? “Tenho muito a proteger e você sabe disso”, gritou a mulher.Enquanto isso, no carro em direção ao hospital, Anna não parava de chorar, com a cabeça apoiada na janela fria. A fúria e o desespero a consumiram, e cada lágrima que caía parecia como se o céu estivesse desabando em cima dela. A ideia de ver seu filho morrer a atormentava, tornando a dor em seu peito insuportável.Quando ela chegou ao quarto, encontrou Lucas ainda dormindo. Ela se aproximou da cama e o abraçou com força, deixando
Mikhail assentiu lentamente, com uma convicção que assustou Sergei mais do que ele gostaria de admitir.Sergei saiu, sentindo o peso do olhar desaprovador da Sra. Petrova, que o esperava no corredor como uma sombra persistente.—Quanto você conversa com meu filho? “Não gosto da sua influência sobre ele”, retrucou a Sra. Petrova."Boa noite, senhora", respondeu Sergei educadamente, embora por dentro lutasse para conter a raiva que a Sra. Petrova provocava nele. Ele sabia que qualquer confronto com ela só pioraria as coisas para Mikhail.Assim que Sergei saiu, a Sra. Petrova voltou a entrar na sala, exalando desdém e fingindo preocupação maternal.—Você se envolveu novamente com a mulher que era amante do seu pai. Que tipo de filho você é, Mikhail? —ele o repreendeu.“Mãe, não comece...” Mikhail resmungou, cerrando a mandíbula com tanta força que seus dentes rangeram.—Não comece? Eu tenho que fazer isso, porque parece que você tem memória curta. Não tente esconder coisas de mim; Encont
**Minutos antes.**Ao amanhecer, exausta pelo longo dia e por todas as emoções que havia experimentado, Anna finalmente se permitiu fechar os olhos. Lucas descansou sobre o peito, respirando suavemente, e por um momento, toda a dor e angústia pareceram desaparecer naquele pequeno cantinho de paz. A escuridão a envolveu e ela caiu num sono profundo, o tipo de sono que só vem depois de dias sem descanso. Mas essa calma foi quebrada quando uma voz suave, apenas um sussurro, começou a chamá-la das profundezas do seu descanso.—Ana... Ana...Toques sutis em seu braço direito a fizeram abrir os olhos lentamente. Ainda sonolenta, ela mal conseguiu distinguir a figura inclinada sobre ela. Ele piscou, tentando focar sua visão turva pelo sono.—Anna, amiga, você não me reconhece? “Sou eu, Tatiana, sua antiga companheira”, disse a voz, que agora ficava mais clara e reconhecível.Anna esfregou os olhos, ainda confusa. Seu olhar vagou pelo rosto familiar antes que uma faísca de reconhecimento il
O pânico tomou conta de Anna quando Tatiana apertou o botão de emergência. Os médicos e enfermeiras chegaram rapidamente, empurrando Anna para fora da sala enquanto tentavam estabilizar Lucas.-Não! Eu sou médico! —Anna gritou, lutando contra a enfermeira que a estava levando para sair. Sua voz falhou quando suas lágrimas caíram incontrolavelmente. Droga, deixe-me entrar! Eu quero saber o que está acontecendo! Se algo acontecer com meu filho, culparei todos vocês! — ele gritou, batendo na porta com os punhos, enquanto seu desespero se transformava em raiva cega.Os minutos pareciam eternos. Anna não parou de bater na porta ou de gritar até que sua voz se tornou um sussurro rouco. Finalmente, exausta, ela desabou num banco próximo, chorando com o rosto entre as mãos. O corredor ficou em silêncio, interrompido apenas pelos soluços dolorosos de Anna, até que um cheiro familiar a fez levantar a cabeça.Seus olhos avermelhados encontraram a figura imponente de Mikhail, aproximando-se em su