Com um movimento rápido e cheio de fúria, a Sra. Petrova se virou e deu um tapa nele.O homem, treinado na obediência cega, não soltou um único gemido, apenas abaixou a cabeça, aceitando o castigo.-Inútil! —exclamou a senhora com a voz trêmula de fúria reprimida—. Tanto tempo ao meu lado e você não aprendeu nada. Aquela garota patética não tem sangue Petrov. Se eu mudar minha versão, só perderei meu filho. Você acha que se Mikhail descobrir que seu pai deixou tudo para aquela mulher patética...? “Tenho muito a proteger e você sabe disso”, gritou a mulher.Enquanto isso, no carro em direção ao hospital, Anna não parava de chorar, com a cabeça apoiada na janela fria. A fúria e o desespero a consumiram, e cada lágrima que caía parecia como se o céu estivesse desabando em cima dela. A ideia de ver seu filho morrer a atormentava, tornando a dor em seu peito insuportável.Quando ela chegou ao quarto, encontrou Lucas ainda dormindo. Ela se aproximou da cama e o abraçou com força, deixando
—Tem certeza que aquela menina é filha do meu falecido marido e da amante dele? A Sra. Petrov perguntou ao seu assistente pessoal, que estava ao lado dela, com a cabeça baixa em respeito.—Sim, senhora, tenho 100% de certeza. O pesquisador foi muito preciso no relato. “Anna Ivanova é filha ilegítima do falecido Sr. Petrov”, afirmou a assistente com segurança.A Sra. Petrov franziu a testa, sentindo um nó no estômago.—Se meu filho não tirar aquela mulher da vida dele, teremos que dar um jeito de nos livrar dela. Você sabe muito bem que não é do meu interesse que aquela mulher descubra que é a herdeira de toda a fortuna Petrov. Não vou deixar ninguém tirar tudo pelo que lutei. “Tudo me pertence”, gritou a mulher, sua expressão se transformando em uma máscara de fúria.— Senhora, se ela descobrir a verdade, o falso testamento que você fez representará um problema? —Seu assistente perguntou preocupado.Ela se virou para ele, seu olhar duro e frio."Então garantiremos que ele nunca descub
—Mikhail, não podemos continuar assim! — exclamou a senhora Petrova, sem deixar espaço para réplicas, ao entrar na sala adornada com obras de arte caras e móveis antigos que evidenciavam uma riqueza incapaz de preencher o vazio interior de Mikhail.—As pessoas já estão começando a questionar por que você ainda não se casou.Mikhail ergueu os olhos de sua xícara de chá, revelando as olheiras profundas e a palidez de sua pele.—Mãe, já discutimos isso. Eu não quero uma esposa.—Isso é um absurdo! —ela protestou, cruzando os braços. — Você é um homem de sucesso, com uma carreira marcante. Por que você não quer uma boa mulher ao seu lado?Frustrado, Mikhail suspirou e olhou para as pernas.—O sucesso na minha carreira não significa que eu possa dar amor a uma mulher. Não quero envolver alguém na minha vida sabendo que não posso fazê-lo feliz.—E a minha reputação? Da reputação da nossa família? Dona Petrova insistiu, aproximando-se. — Dediquei minha vida a preservar nosso nome. Não posso
O coração de Anna disparou. Embora ele estivesse chocado e não pudesse acreditar que Mikhail estava paralisado, apesar de sua descrença, ele evitou seu olhar. Ele precisava tirar o filho de lá; ele não queria que Mikhail estivesse perto de Lucas.A sala de espera do hospital estava lotada, mas para Anna o mundo estava reduzido a um pequeno espaço onde existiam apenas ela, seu filho e o homem que ela amava.“Querido, o médico está nos esperando, temos que ir”, disse Anna, segurando a mão de Lucas com uma urgência mal contida.“Mãe, tenho que me despedir do papai”, insistiu o menino, com os olhos cheios de confusão e uma leve tristeza.“Não, esse homem não é seu pai, não diga isso”, Anna repreendeu, colocando a mão no ombro do menino e quase o forçando a andar, fingindo não ter visto Mikhail.Anna sentiu os joelhos tremerem de nervosismo. Ele tinha medo de que Mikhail descobrisse que Lucas era seu filho e quisesse tirá-lo dele, embora tivesse consciência de que esse encontro aconteceri
—Senhores, poderiam dizer ao seu diretor que não quero falar com ele? —Anna respondeu, irritada.Um dos agentes moveu a cabeça de um lado para o outro, evitando o olhar com um gesto de paciência.—Com licença, senhora, mas devemos cumprir o que nos foi ordenado. Por favor, junte-se a nós.Relutantemente, Anna foi forçada a segui-los pelos corredores largos e frios do hospital até o escritório do diretor.Ao chegar, a porta se fechou atrás dela com um clique agudo e ela sentiu o espaço encolher até esmagá-la.A amarga familiaridade de sua última lembrança naquele lugar de repente tomou conta dela, formando um nó em sua garganta.“Nunca fiz planos com você”, essas palavras se repetiam em sua mente como um mantra doloroso.Mikhail estava atrás de sua mesa de mogno, com seu profundo olhar verde fixo nela."Venha buscar o menino", pediu ele, apertando o interfone com os dedos tensos.Anna segurou a mão de Lucas.“Não, Lucas vai ficar comigo”, respondeu ele com os olhos cheios de desconfian
Anna se contorcia desesperadamente nos braços dos seguranças, sentindo como se seu coração batesse a mil quilômetros por hora e sua visão estivesse nublada pelo pânico. "Me soltem, seus bastardos miseráveis!" — ele gritou como uma fera enlouquecida. Mikhail, observando com horror o pequeno corpo de Lucas tremer e seus olhos revirarem, virou a cadeira na direção dos agentes com uma expressão de autoridade que não admitia discussão.-Parar! —ordenou com firmeza e gelo—. Solte-a agora!Anna não conseguia pensar em mais nada, mas o instinto de sua mãe e sua formação médica a levaram a agir. Ajoelhou-se ao lado do filho e embora tentasse manter a calma, suas mãos não paravam de tremer. —Não, por favor! Lucas, respira! Vamos, meu amor, respire! — ele implorou, iniciando a RCP e ignorando tudo ao seu redor."Por favor, aquele garoto está agindo", murmurou a noiva de Mikhail, com os olhos ardendo de ciúme.—Mikhail, você não pode estar falando sério! Ela está aqui para lhe causar problemas
Invadida pela raiva, María voltou-se para Anna, com uma fúria contida que prometia tempestades.—Ah, olha quem voltou. "A grande vadia aproveitadora", disse ele sarcasticamente, com um tom que soava como gotas de veneno letal. Só vim te dizer que você não vai conseguir o que quer. Eu sei o que você está fazendo. Você está tentando usar aquele garoto doente para colocar Mikhail de volta na prisão.Anna olhou para ela com descrença e fúria, mas seus olhos percorreram a sala, procurando alguma indicação da armadilha que havia sido preparada para ela, aquela mulher desastrosa que, no passado, usou o engano para destruir sua vida.—Isso não é verdade. "Eu nunca faria algo assim", disse ele indignado, sentindo a raiva queimando dentro dele. Agora, saia antes que eu chame a segurança.A noiva de Mikhail deu um passo à frente, com um sorriso malicioso e arrogante que fez a pele de Anna arrepiar.—Me levar para sair? Ele riu com um ar de arrogância tão denso que você quase poderia cortá-lo. Eu
Anna mordeu o lábio inferior com força. Pensar que foi muito egoísta da parte dela sacrificar o filho por medo de que ele fosse tirado dela a fez pular da cama."Vou tentar", disse ela quase num sussurro, como se estivesse respondendo a si mesma. Farei tudo o que puder para convencê-lo.O médico assentiu.— Farei os preparativos necessários assim que o Sr. Petrov aceitar. Por favor, fale com ele o mais rápido possível.Anna assentiu, sentindo um peso exaustivo sobre os ombros.Quando a médica saiu do quarto, ela se aproximou da cama do filho e acariciou suavemente seu rosto.—Vou fazer todo o possível, meu amor. “Eu prometo,” ela murmurou, sentindo suas lágrimas começarem a brotar.Enquanto isso, em seu escritório, Mikhail abriu a primeira gaveta de sua mesa e tirou os resultados do último estudo realizado, notando sua arma embaixo.“Anna, não posso morrer sem você morando no meu inferno”, pensou ele, lembrando-se dos pensamentos suicidas que passaram por sua cabeça.Saber que a possi