— Eu não sei o que meus pais teriam feito, eles estão mortos... mortos por causa de traidores famintos por poder como você. Eu não vou colocar minha família e minha Matilha em risco assim. — Dou um passo para trás dele, meu corpo tremendo de raiva por ele ousar mencionar meus próprios pais em um momento como este. Que ele estava usando a morte deles, seus assassinatos frios e cruéis, como uma forma de mudar minha decisão. Eu sabia exatamente o que eles teriam feito, como fui criada. — Eu não posso traí-lo, ele vai matar Camila... por favor, como mãe... como mãe que você também é... — Ele se move em minha direção, agarrando-se à minha perna... puxando-se contra mim... implorando aos meus pés. Danilo se move rapidamente quando um rugido ensurdecedor vibra atrás de nós. Danilo derruba Pedro no chão, afastando-o de mim e indo bloquear o perigo imediato. Por mais que eu odeie admitir... Ele está certo. Eu não posso matá-lo a sangue frio. Ele está desarmado. — Matilde? — O ros
Ponto de Vista de Diogo— Meu Beta aqui vai colocá-lo em suas próprias instalações até decidirmos a Matilha certa para você. — Matilde se vira para Danilo para ativar sua ordem. Posso sentir a confusão dos meus próprios guerreiros através da conexão da Matilha Luar Vermelho. Ouço suas vozes ecoando pelo vínculo... “Ela está deixando ele ir?”, “Isso é um erro, ele não pode ser confiado...” Os camaradas da Pedra Preta não parecem compartilhar a mesma surpresa. Eles conhecem bem sua Alfa, conhecem seu nível de bondade e, ouso dizer... de perdão. Não é um perdão para esquecer a ameaça, mas para dar a ele uma chance de se redimir, de mostrar que ela fez tudo ao seu alcance para tentar. Eu posso não gostar disso, mas é assim que ela foi criada, diferente de mim. Mas eu tenho que tentar respeitar suas escolhas... tentar. Ele já a tocou uma vez e meu lobo está lutando pela dominância, querendo puxá-la de volta para longe dele. Suas mãos sujas suplicam pelas pernas dela por perd
—Bastante coisa, na verdade. — Ele pula e começa a andar em nossa direção. – Quem é esse? – Matilde olha para mim como se tivesse todo o direito de estar brava comigo agora. Ela tá falando sério?– Esse é Matheus.– Matheus?– O renegado que eu libertei.– Prazer em conhecê-la, Alfa Matilde. Ouvi histórias sobre a Alfa da Pedra Preta que dá uma segunda chance aos renegados. Eu não esperava que fosse uma mulher...– Isso é um problema?– Não, uma surpresa agradável dos poderes que estão acima de nós. – Ele dá de ombros como se o que acabou de dizer fizesse total sentido.– Posso? – Suas mãos estão na barriga de Matilde antes que eu tenha chance de impedir.– Que porra é essa? – Rosno para ele, apenas para ele fazer um 'tsc' para mim. Esse garoto tá falando sério?– Ele é forte... – Ele diz, fazendo uma expressão impressionada. O pai em mim já quer dizer ao meu filhote o quanto estou orgulhoso com tal comentário.– Ele é? – Matilde olha para ele antes de seus olhos se voltarem para o
Ponto de Vista de Diogo — Você percebe que seu Alfa está morto? — Eu caminho até os guerreiros que guardam a caverna, ainda em total descrença por terem abandonado seu próprio povo. — Fomos ordenados a guardar a caverna, não importa o que aconteça. — Um guerreiro da Lua Sangrenta responde, enquanto todos eles se colocam em posição de sentido. — Sem um Alfa, suas ordens não são mais válidas. Posso sugerir que voltem para proteger seu povo e as terras da Matilha? — Matilde está ao meu lado em um instante, ordenando os guerreiros. Eles olham uns para os outros, confusos sobre o que fazer, de quem seguir as ordens. — Sem um Alfa, vocês agora estão sob meu comando. Voltem para a Matilha. Protejam suas fronteiras. — Eu comando, liberando minha aura sobre eles. Como parte da Aliança Luar Vermelho, eles agora estão sob minha supervisão até que eu possa organizar um novo Alfa para eles. A menos que Camila se torne a nova Alfa? Droga... ela terá uma surpresa esperando por ela qua
Nós dois pulamos em cima dele ao mesmo tempo, imobilizando-o no chão. — Você teria me matado… — Eu arfo. Ele teria me matado, se eu não tivesse reagido rápido o suficiente. Minha visão periférica também notou algo se movendo ao meu lado. — Pena que errei… — Ele rosna para mim enquanto as mãos de Diogo apertam sua garganta, puxando-o e jogando-o contra a parede da caverna. — Essa é minha esposa, seu pedaço de m*rda. — Diogo bate a cabeça de Fábio contra a parede da caverna com força total, o cheiro de sangue perfumando o ar. — Diogo… — Eu empurro pela conexão mental, mas ele está me bloqueando. — Diogo… você precisa de testemunhas, ele precisa ser interrogado… pelo menos por causa de Vitória. — Eu sussurro em seu ouvido. — Vitória? — Fábio arfa, mal conseguindo respirar por causa do aperto de Diogo. — Sim, sua filha, aquela que você fingiu que tinha morrido. Você traiu minha mãe com outra mulher… — A mandíbula de Diogo fica completamente tensa, seu corpo tremendo. —
Ponto de Vista de Diogo Minha mão apertava sua garganta, meus dedos segurando o poder de acabar com sua vida. — Você não quer isso. — Sua voz quase inaudível, apenas o suficiente para que eu o ouvisse. Para ele morrer, ah sim, isso já estava anos atrasado. — Você não é forte o suficiente… — Seus olhos brilham enquanto eu aperto ainda mais. O que eram essas palavras, truques baratos? Ele nunca foi um Alfa honrado. Ele faria e diria qualquer coisa para sobreviver. Enquanto continuo olhando em seus olhos, eu pisco achando que estou imaginando coisas. Uma forma negra passa pela sua pupila, por menos de um segundo. Eu devo estar vendo coisas, algum tipo de truque de luz ainda refletindo do meu telefone. — Faça isso… eu não quero mais. — Ele rosna para mim em um tom baixo. Meu lobo vem à tona, um aviso para proceder rapidamente. Ele sabia, assim como eu, que Fábio estava apenas tentando ganhar tempo. Ele nunca permitiu que alguém o visse de outra forma além de forte e n
Eu vou ter que voltar, vou ter que deixar guerreiros aqui durante a noite para ajudar a defender as fronteiras até que eu consiga negociar algum tipo de acordo com Camila. … Ponto de Vista de Guilherme Diogo parecia ansioso para tirar Matilde daqui… rápido. E eu não o culpo. Eu estava entrando na caverna com alguns guerreiros, Danilo e eu ficaríamos durante a noite. Sem um Alfa, a Lua Sangrenta estava em alto risco de ataque, e precisávamos garantir que as fronteiras estivessem bem protegidas até que Diogo pudesse decidir o que fazer a seguir. Algo estranho tinha acontecido. Algo assustou os guerreiros mais cedo, Danilo até voltou da caverna para verificar o barulho. Aquela sensação de estar sendo observado crescia a cada passo que dávamos mais fundo na caverna. Eu não tinha percebido o quão fundo Diogo e Matilde tinham ido para encontrar Fábio, até que encontramos seu corpo morto no chão. Eles até desceram… o que exatamente era essa caverna e para onde ela levava?
Ponto de Vista de Matilde A manhã seguinte foi um pouco confusa. Eu lembro de ter dormido um pouco, mas não muito até que Ana percebeu que estávamos em casa e nos acordou. Nem parecia que Diogo tinha dormido. Nós dois, sonolentos, seguimos Ana escada abaixo, onde Rafaela havia preparado o café da manhã das crianças. Sentados à mesa da cozinha, Ricardo está informando Diogo sobre um movimento defensivo que fez no treino dessa manhã. Eu não gostava da ideia de Ricardo participando dos treinos ao amanhecer, ele era muito jovem. Mas mantive minha boca fechada, coisas maiores haviam acontecido na noite passada e eu só precisava que as coisas se acalmassem um pouco. Ricardo parecia gostar de acordar cedo, o que por enquanto era o suficiente para mim. Os gêmeos nos informam que Bruna e Gabriel os convidaram para uma noite do pijama hoje à noite. Algo sobre Ana querer ajudar Bruna com as trocas noturnas… vamos ver. Duvido muito que Ana sequer escute Laura à noite. Ana começa a nos