— Você está bem? Está ferido? — Ele perguntou, preocupado. Eu me perguntei por que ele estava preocupado comigo; não era a Mamãe a rival dele? Eu não sabia muita coisa, então tentei descobrir o que pude espionando um pouco ao redor da Matilha Pedra Preta. Eu sabia que o Rei Alfa tinha grupos, assim como nós, e a Mamãe parecia querer romper esse vínculo da Matilha.— Estou bem — respondi, dando um pequeno sorriso.— Você é muito corajosa — Ele disse enquanto se levantava e dava um tapinha no topo da minha cabeça.— Eu sou? — Perguntei, surpresa. Para o Rei Alfa dizer isso, deveria ser verdade.— Oh sim, Ana tem me contado como ela podia sentir sua força através do seu vínculo — Ele continuou.— Você conheceu a Ana? — Eu perguntei, curiosa.— Sim, ela está no meu grupo com seu Pai — Ele respondeu.— Seu Pai… — Comecei a dizer, pensando em como a situação se complicava.— Quer dizer o Tio Danilo? — Ele completou.Eu notei que suas sobrancelhas se franziram, mas ele parecia formar um peque
Ponto de Vista de DiogoM*rda, o que eu estava fazendo? Ouvi o tiro e soube que não poderia atingir Matilde. Algo dentro de mim tomou controle enquanto eu corria em direção a ela, meu corpo sendo empurrado além dos seus limites enquanto me movia mais rápido do que eu nunca havia me movido na minha vida. Ela havia empurrado o garoto para fora do caminho, deixando-se para receber o impacto da bala. Mas o atirador não desviou sua mira para Ricardo, ele a manteve nela. Por que ela agora era o alvo?Seus olhos se encontram com os meus enquanto eu me jogo em cima dela, derrubando-nos no chão. Seus olhos estavam arregalados, não com medo de encontrarmos nosso criador, mas com surpresa por eu estar bloqueando-a da bala. Eu grunho quando a bala me atinge nas costas, dói, mas nada que me mantenha no chão. Não entendo, o que uma bala faria a um lobisomem adulto? E então eu sinto. Foi envenenado com a m*rda de acônito. Eu podia sentir a queimação se espalhando pela ferida e entrando na minha corre
Eu preferia que Gabriel fosse examinado. Ele tinha estado em ambientes úmidos e frios por alguns dias, e eu estava preocupado que ele pudesse estar desidratado.— O primeiro carro está pronto! — Gabriel grita do abrigo de ônibus.Eu pego Ricardo nos meus braços, meu próprio filho. Uma sensação estranha me percorre, trazendo-me um pouco de paz interior. Levo ambos para o carro e coloco Ricardo no banco de trás.— Leve-o para o hospital da Matilha e eu vou resolver a bagunça aqui. — Ordeno a Gabriel.— A polícia… — Matilde começa, mas eu a interrompo enquanto ela está entre a porta do carro e o assento.— Eu vou resolver isso. Eu me encontro com você de volta na minha Matilha. Não pare, eu estarei bem atrás de você.Eu tive que chamar meu contato policial sênior para tranquilizar a polícia local. No mundo humano, eu tinha muitos contatos e uma identidade falsa para que, quando merda como essa acontecesse, pudesse ser facilmente resolvido. O corpo morto no pub demorou mais, mas eu segui a
Ponto de Vista de Matilde— Danilo… Danilo, vá para o centro médico agora! — Eu comando através da conexão mental, assim que sinto que estou perto o suficiente de Danilo para usá-la.A jornada foi horrível. Eu continuava olhando para trás para ver se Diogo estava seguindo na carroça de Gabriel. Minha loba sentia-se desconfortável em deixá-lo, mas eu tinha que tirar Ricardo de lá. A jornada parecia levar uma eternidade, mesmo com Gabriel indo rápido. Eu não conseguia manter minha aura sob controle; ela estava girando ao redor do carro, e eu não conseguia segurá-la.Por que eles não estavam seguindo? Ele disse que estaria logo atrás de nós. Minha mente estava a mil por hora sobre o que tinha acontecido e o que poderia estar acontecendo agora. Eu deveria ter ficado. O veneno estava se espalhando, as veias de Diogo começaram a ficar luminosas e verdes diante dos meus próprios olhos. O acônito estava se espalhando como hera, prendendo seu suprimento de sangue e enfraquecendo seu corpo.— M
Danilo busca meus olhos, enquanto ele se vira para mim, já que eu parei de me conectar mentalmente com ele.— Mas? — Ele pergunta.Ricardo, um garoto impressionado com a velocidade e força do Rei Alfa, anuncia para Danilo:— Diogo empurrou a Mamãe para fora do caminho de uma bala. Eu nunca vi ninguém se mover tão rápido.Danilo permanece calmo e empurra seus óculos com aro dourado um pouco para cima do nariz.— Bem, então, devemos agradecer ao Rei Alfa por manter a mamãe segura. — Danilo sorri para Ricardo enquanto começa a examiná-lo. — Vamos fazer um exame. Imagino que você esteja com fome. Mas eu acho que Ana está desesperada para te ver.Ele continua examinando os olhos de Ricardo em busca de sinais de concussão.Uma hora se passa e eu começo a me preocupar cada vez mais com o paradeiro de Diogo, Guilherme e Pedro. Danilo havia colocado Ricardo em uma hidratação intravenosa só para garantir antes de levá-lo para ver Ana. Ricardo estava cansado e precisava dormir, o que eu exigiria
Ponto de Vista de DiogoEu estava furioso. Não consigo acreditar que deixei ele morrer na minha frente, e nem mesmo pelas minhas próprias mãos. Não obtive nada dele. Nenhuma ideia de quem estava por trás disso.A direção de Guilherme estava tão errática quanto a de Matilde depois que saímos da Matilha de Pedro. Mas, em sua defesa, eu estava lutando para manter minha aura sob controle e minha barreira ativa; ele sentiria minha dor através da conexão da Matilha.Eu podia sentir o veneno ardente se espalhando cada vez mais. Precisava tirar essa bala… rápido.Pedro estava sendo uma ajuda de m*rda. Ele estava fazendo comentários do banco de trás, o que estava me irritando ainda mais.— Como eu disse, se você quiser morrer… eu poderia ficar com Matilde. — Ele sorri enquanto eu me viro, mantendo a dor de me mover abruptamente bem escondida. Droga, ele estava me deixando irritado. Será que ele queria que eu enfiase essa bala no peito dele? Se for o caso, ele estava no caminho certo.— El
Eu sabia que ela precisava sentir suas emoções, deixar sua raiva se dissipar se era assim que ela se sentia. Eu vi um vislumbre disso no cemitério; ela queria machucar aquele bastardo baixo e gordo que levou Ricardo e depois atirou nela. Não presumiria que ela estava com raiva porque eu realmente levei um tiro.Enquanto ela saía de vista, a porta se abriu e eu estava tão ocupado assistindo a ela e a Ricardo que não percebi a entrada de Danilo na sala. Nem mesmo os médicos o notaram.Meus olhos foram imediatamente para ele enquanto um rosnado saiu do meu peito. Ele criou meus filhos e manteve a identidade deles em segredo também. Meu lobo queria ensinar o lobo dele uma lição sobre respeito. Seus olhos também não se desviavam dos meus até que os médicos não conseguiam tomar uma ação decisiva. Minha aura estava incrivelmente densa e estava atrapalhando a capacidade deles de se concentrar. Seus olhos voltaram para os meus enquanto um sorriso surgia em seu rosto, enquanto minha equipe conti
— Pronto, tudo feito! — Ele anuncia, colocando a bala em um prato. Não parecia muito. Como algo tão pequeno podia causar tantos problemas?— Você vai ficar bem. Vou te colocar em um soro para ajudar a eliminar as toxinas do veneno. Você vai precisar ficar aqui durante a noite, mas com certeza estará pronto para sair de manhã. Você teve sorte de não ter atingido seu coração. — Diz Danilo enquanto leva o prato para a pia.— Não, o homem mirou no coração da Matilde sem dúvida. — Acrescenta Pedro enquanto se senta de volta na cadeira.— O quê? Por quê? — Pergunto, enquanto Danilo gira no lugar, sua postura de médico desmoronando completamente enquanto seus olhos se arregalam de preocupação.— Não sabemos. Ele se matou com uma cápsula de acônito escondida no caminho de volta — Revela Pedro.— Pedro! — Eu grito para ele, furioso por ele ter compartilhado detalhes demais.— O quê? — Ele dá de ombros.— Somos todos amigos aqui. — Ele diz, levantando uma sobrancelha para mim. Um silêncio constr