Ponto de Vista de DiogoEu acordei cedo para assistir à sessão de treinamento matinal. Atualmente, meu Beta Guilherme Correia conduzia os treinamentos, mas de vez em quando eu gostava de garantir que todos estavam dando o seu máximo. Não tolerava preguiçosos! Além disso, isso acalmava meu lobo saber que ainda éramos os melhores dos melhores, ainda invictos e desafiados.— Bom dia, Alfa. — Guilherme se aproxima de mim depois de enviar os guerreiros para a corrida matinal.— Guilherme. — Eu aceno em reconhecimento, observando meus homens enquanto corriam à distância. Eu podia ver que um ou dois tinham acabado de atingir a idade necessária e precisavam de treinamento extra.— Os novatos precisam de mais treinamento, Guilherme. — Rosno, descontente com a fraqueza em nossa defesa.— Eu sei, Alfa. Estou os adicionando ao treinamento noturno também. Eles ainda estão se adaptando.— Precisamos estar preparados para a guerra o tempo todo. Não posso ter fraqueza em meus homens, eles não durariam
— O Alfa da Matilha Pedra Preta recusou minha oferta de comunicação. — Rosno enquanto atualizo Rebeca. Eu sabia que Guilherme não o faria, ordenei que não compartilhasse informações com Rebeca, não queria a sobrecarregar demais. Ou pelo menos, era o que eu dizia a mim mesmo e ao meu lobo.— Que audácia. Quem ele pensa que é? Hora de o atingir onde dói. — Ela ruge enquanto sai do escritório, batendo a porta atrás de si.— Dispensado. — Eu ordeno a Guilherme, que eu podia dizer que ainda não tinha terminado de me atualizar, mas eu queria ficar sozinho agora.Quem era esse Alfa secreto da Matilha Pedra Preta? A família Alfa estava morta, então como ele conseguiu reivindicar a Matilha?Seria um guerreiro-chefe que decidiu assumir? Ninguém teria sobrevivido ao incêndio na casa Alfa.Eu me lembro vagamente de ver a destruição com meus próprios olhos, cada parte do prédio estava queimada até virar cinzas ou carvão. Eu dei mais controle ao meu lobo nos dias após Matilde abandonar a Matilha, su
Ponto de Vista de DiogoOuço Bianca resmungando enquanto passa pela porta fechada do meu escritório e sobe as escadas. Sei que não deveria, mas dou um sorriso ao a ouvir chamar Rebeca de vaca. Posso ouvir Rebeca gemendo na cozinha, deixando sua loba tomar conta. Mesmo quando era mais jovem, ela não tinha o melhor controle sobre sua loba. Me Ofereci para a treinar, mas ela recusou, dizendo que estava bem e apenas ria das reações da sua loba a certas coisas. Faço login nos meus e-mails e encontro uma mensagem de um membro da minha aliança.Merda, outro não!O Alfa escreve lamentando que decidiu se retirar da aliança do grande Matilha Luar Vermelho e se juntar a um novo empreendimento.Um novo empreendimento? Ele quer dizer esse maldito Matilha Luar Vermelho que continua roubando meus bandos menores. Qual é exatamente o jogo deles?— Guilherme! — Grito, sabendo que ele não foi longe. Esta é a outra notícia que ele queria me contar, tenho certeza disso.— Alfa? — Ele se encolhe ao entrar d
– Diogo... Tem certeza de que quer ir até lá? Sei o quanto é difícil...– Prepare minha saída, Guilherme. Vou partir amanhã de manhã. – Ordeno.– Sim, Alfa, imediatamente. – Ele acena antes de se virar e sair do meu escritório.– Ah, e Guilherme... – Meu lobo se manifesta, lembrando Guilherme quem estava no comando. – Espero que você continue respeitoso com Rebeca na minha ausência......Ponto de Vista de MatildeJá era noite e eu havia passado o dia colocando a administração da Matilha em dia e verificando as rotas de segurança. Vergonhosamente, ainda não tinha planejado o jantar e estava pensando no que fazer para comer.– Pizza, por favor... – Sua vozinha surge do nada. Como não detectei sua presença? Devia estar realmente concentrada no meu trabalho.– Desculpe? – Levanto os olhos da minha mesa e vejo Ricardo sorrindo maliciosamente na porta do escritório.– Você ainda não pensou no jantar. Você está pensando em que tipo de comida pedir... Eu acho que pizza. – Ele coloca o dedo no
Ponto de Vista da MatildeEra mais tarde naquela noite. Havíamos desfrutado do nosso jantar de pizza para viagem e, depois de dar banho nas crianças, elas estavam agora dormindo profundamente. Estava sentada de volta à minha mesa de escritório, me preparando para fazer aquela ligação. A ligação que vinha assombrando minha mente durante todo o jantar.— Quer que ligue para ele? — Danilo pergunta do outro lado da mesa, depois de estar sentado pacientemente por vários minutos apenas me observando.— Obrigada, mas tem que ser eu — Digo com convicção enquanto pego o telefone e disco o número. Após alguns toques, uma voz masculina e áspera atende.— Sim?— Alfa Luis Ribeiro?— Sim? — Sua resposta resmungada veio, realmente não seria a primeira mulher a ligar para ele recentemente.— Alfa, aqui é a Alfa da Matilha Pedra Preta...Sou recebida com silêncio.— Eu queria discutir suas recentes comunicações com nossa Matilha — Insisto, percebendo que preciso ser a mais articulada dos dois.— Estou
— Obrigado, Gabriel. Pode os escoltar até a sala principal? Não vou demorar. Pode oferecer algumas bebidas até que eu chegue? — Muito bem, Alfa, claro. — A resposta de Gabriel entra na minha mente até ele cortar a conexão.Cerca de dez minutos depois, já tinha limpado a maioria dos meus e-mails, deixando apenas algumas contas da Matilha para resolver. Quando saio do meu escritório, posso ouvir Gabriel conversando com um homem na sala de estar, o Beta.— Alfa! — Gabriel me cumprimenta quando entro na sala. — Obrigado, Gabriel. Bem-vindo, Beta. — Cumprimento o Beta da Matilha Lua Crescente que ficou paralisado de choque, ainda sentado no sofá. Um forte pigarro de Gabriel o encoraja a se levantar e me saudar corretamente.— Alfa. Peço desculpas, não percebi... — Ele pisca, saindo de seu transe enquanto tenta se acostumar a ver uma Beta feminina. Ele era baixo para um Beta, mas imagino que fosse rápido e ágil em uma luta. — Poucos percebem. Espero que sua viagem não tenha sido muito
Ponto de Vista de MatildeOs olhos de Maria se fixam em mim antes que ela vire a cabeça para vê-los entrar.— Mamãe... Mamãe... Ganhei de novo. — Ana corre em minha direção, com suas mãos enlameadas, deixando marcas nas minhas calças jeans pretas.— Só porque eu deixei você ganhar. — Ricardo rebate para sua irmã, enquanto entra olhando para nossos convidados.Meus olhos estão em Maria como um falcão, que observa meus filhos atentamente.— Crianças, vocês precisam lavar as mãos... — A Sra. Bianca corre atrás deles até se juntar a nós na sala de estar.— Oh Alfa, sinto muito, eu não percebi... — Diz ela.— Tudo bem, nós também somos práticos com as crianças em nossa Matilha... — Beta Otávio sorri para a Sra. Bianca, colocando-a à vontade.Quatro anos passei protegendo a Matilha e meus filhos, e em trinta segundos essa barreira foi derrubada.— Matilde? — A voz de Danilo me chama no corredor e ao reconhecer sua voz, Maria se levanta e rosna para mim.— Maria! — Otávio repreende sua própri
Agora só o tempo dirá se fiz o suficiente. Mas simplesmente tenho essa sensação de que parte da liberação de Maria da Matilha de Diogo foi para que a Matilha Lua Crescente permanecesse uma aliada próxima.Agora entendo por que o Alfa Luís estava ansioso para não deixar a rede de segurança da Matilha Luar Vermelho. Mesmo que ele próprio pudesse ser facilmente estrangulado nessa rede a qualquer momento.Maria estava atualmente na cozinha ajudando Ricardo e Ana a fazer bolinhos sob os olhos atentos de Danilo e Gabriel, enquanto eu estava no meu escritório com Otávio.– Podemos partir hoje à noite se você se sentir desconfortável com a nossa presença aqui – Ele oferece. Não tenho certeza do que Maria lhe contou, mas ele é cuidadoso para não revelar muito.– De forma alguma.– Ela pensou que você estava morta, todos pensaram – Ele continua com uma expressão preocupada.– Meus pais foram assassinados junto com membros da Matilha em um ataque brutal.– Alfa, sinto muito, isso não deve ter sid