TâniaPassei duas semanas no norte, e minhas condições de vida permaneciam as mesmas.Eduardo era uma boa companhia quando queria, mas ficava em silêncio na maior parte do tempo.Embora muitas pessoas tivessem medo dele, eu me sentia um pouco à vontade na sua presença.Ele exalava muito poder, mas eu não deixava isso me intimidar. Na verdade, eu o via como um desafio.Passei grande parte do meu tempo na biblioteca e no meu quarto.Tínhamos tratamentos de beleza dia sim, dia não, e notei o amor florescendo entre Alana e Marcelo, o Beta.Fiquei feliz por ela. Vi Alana sorrir de um jeito que nunca tinha visto antes e me perguntei até onde eles estavam dispostos a ir com aquilo.Conheci outras Lunas que estavam a serviço, e enquanto algumas estavam felizes, outras eram neutras em relação à sua situação. Mas ninguém era abusada ou maltratada.Eles tratavam as mulheres bem; algumas até tinham encontrado o amor no norte com um guerreiro ou um oficial. Era como uma vida cotidiana, não o cenári
— Sou eu quem faz todas as perguntas aqui, olhos verdes. — Ele disse e saiu do quarto.Acho que ele estava indo a algum lugar quando esbarrei nele.Saí às pressas do quarto dele. Não queria ser acusada de roubo.Voltei para o meu quarto, que ficava a apenas uma porta de distância do dele. Troquei para as roupas largas dele e fui para o jardim.Notei que algumas mulheres do harém estavam lá, e até Lili tinha se convidado. Eu não gostava nem um pouco dela. Desde que soube que ela tinha vinte e três anos, deixei de ser tolerante.Passei por ela e suas amigas e ouvi o que ela estava dizendo a elas.— O Alfa estava pegando fogo esta tarde. — Ela disse, e as outras, que eram mais jovens, caíram na risada.Descobri que as pessoas a respeitavam porque Eduardo estava transando com ela, e ela prometia ensinar as outras a chamar a atenção dele.As garotas eram ingênuas ao pensar que Lili realmente as ensinaria a atrair Eduardo. Aquilo era a única coisa que lhe dava vantagem sobre elas, seu único
Nos sentamos e esperamos por Eduardo para nos agraciar com sua presença. Ele finalmente apareceu e não disse uma palavra. Sentou-se à cabeceira da mesa, ao meu lado.Ele colocou as mãos nas minhas coxas nuas e as acariciou suavemente. Fiquei aliviada por não estar usando saia, porque tinha certeza de que ele teria ido ainda mais longe naquela mesa.— Como foi a festa? — Ele me perguntou.— Como deveria ser. — Respondi. Ele sorriu, continuou comendo.Terminamos a refeição, e era hora de ir embora.— Alimente meus olhos esta noite. — Ele disse, e senti um frio na barriga. Não sabia o motivo daquela sensação, mas ela estava lá.Ele não veio me ver naquela noite, como havia insinuado, e acabei dormindo, sentindo-me um pouco desapontada.Dois dias se passaram, e eu não o vi. Era como se ele tivesse viajado. Temia que tivesse ido para o leste para convencer Léo a me rejeitar. Esperava, por todos nós, que isso não tivesse acontecido.Naquela manhã, parei diante do espelho para pentear o cabel
Eduardo— Meu querido Eduardo, quando você estiver lendo isto, eu já terei partido para longe do norte. Sei que planejamos passar o resto de nossas vidas juntos, e eu ansiava por isso. Há três meses, meu irmão finalmente encontrou sua companheira destinada; ela não é sua atual namorada. Isso despedaçou o coração dela. Eu nunca quero me sentir assim. Seu aniversário de dezoito anos está chegando, e tenho medo de que sua companheira destinada não seja eu. Onde isso nos deixaria? Decidi acompanhar meu tio para o sul; por favor, não venha me procurar lá. Espero que você encontre sua companheira destinada, e desejo-lhe tudo de bom. Com amor, Suzana. —Deitado na cama, eu lia a carta que minha namorada deixou para mim há onze anos.Estávamos apaixonados, e todos a viam como a futura Luna do norte, após eu suceder meu pai.Eu havia prometido a ela que arriscaria ser fraco e rejeitaria minha companheira destinada se, por acaso, ela não fosse Suzana.Suzana, no entanto, não teve fé na minha pro
Vê-la vestindo aquela túnica me provocou, e decidi que ela não usaria mais nenhuma das roupas transparentes que haviam sido dadas a ela, a menos que eu estivesse presente.Passei dois dias longe da propriedade. Marcelo, Teodoro e eu tínhamos negócios a resolver em uma cidade vizinha. Perguntei a mim mesmo o que Tânia pensaria e se sentiria minha falta.Com base em seu temperamento, sabia que ela não me diria nada, mesmo que sentisse.— Descobriu quem planejou o ataque? — Perguntei a Teodoro, meu Gamma, e ele balançou a cabeça.Alguém havia atacado a fronteira de uma cidade ao norte, e eu precisava descobrir quem era o responsável.Eu estava em alerta máximo desde que meu pai foi morto durante sua viagem de aposentadoria.Minha mãe vivia na cidade cujas fronteiras foram atacadas, então eu precisava ser ainda mais cauteloso. Eu também não queria perdê-la; ela era o único dos meus pais que ainda restava.— Ainda estamos investigando, Alfa. — Disse Teodoro, suspirando.Eu me sentia extrema
Eu não precisava, mas agradeci.Tânia devia ter sido importante para ele; pena que ele fosse fraco demais para mantê-la.Pelas cartas, percebi que ele a havia perdido muito antes de eu tê-la tirado dele. Agora, entendia o motivo de ela ter se entregado. Ela não queria mais ser sua Luna.A situação devia ter sido dilacerante para ela, a ponto de escolher o desconhecido em vez dele. Isso me fez lembrar de Susan e do motivo pelo qual ela me deixou.Era tarde da noite, então fui levar a carta de Tânia para ela. Eu estava grato por todas as dicas que Leo me dera, mas não tinha a intenção de conquistá-la.Bati na porta, mas ninguém respondeu, então entrei. Tânia estava no chão, em lágrimas. Eu não precisava saber o porquê; a marca no pescoço dela havia sumido.Fui até ela e a abracei.Os dois deviam ter se amado profundamente, e tudo o que deu errado deve ter sido difícil para ambos, mas, pela situação deles, isso era o melhor.A segurei no chão, enquanto ela chorava em meus braços. Eu podia
TâniaLeonardo me deixou na sala, e eu permaneci triste. O vazio e a confusão haviam desaparecido.Fiquei feliz que Leonardo estivesse por perto, para me integrar à sua Matilha; esse era o meu maior medo ao deixar Leo. Não queria me tornar uma renegada.Camila estava fraca, e eu sabia que nunca mais estaríamos cem por cento novamente.Agora eu teria que treinar mais, duvidava que Leonardo me permitisse, mas tentaria.Eu desejava que ele tivesse ficado e feito o que queria fazer. Eu queria conforto, e estava disposta a fazer qualquer coisa por isso, mas, em vez disso, ele teve que ser um cavalheiro e se afastar.Deitei na cama e reli a carta de Leo. Eu via que era uma situação difícil para ele. Ele me deu um desfecho com sua carta. Sabia que o melhor seria escrever uma resposta para ele, para também lhe oferecer um encerramento.Duvidava que Leonardo permitisse que eu a enviasse, mas eu tentaria.Fui até a penteadeira, peguei um pedaço de papel e uma caneta para escrever."Querido Leona
— Eu já te avisei para não usar essas roupas quando há outras pessoas por perto. — Ele advertiu, e eu lhe dei um sorriso. — Isso combina melhor com o meu humor. — Respondi, e ele rosnou. Sua mão deslizou pelas minhas coxas, provocando arrepios em minha pele, e então ele beijou meu pescoço, sugando-o suavemente. Ele estava mesmo me agarrando em público? Nunca tinha feito algo assim antes, e me senti um pouco envergonhada. — Tem gente aqui. — Liguei para ele, mas ele encontrou meu ponto sensível e sugou com mais força, arrancando de mim um gemido involuntário. — Se você se sente confortável em se vestir de forma provocante em público, então isso aqui também deveria estar tudo bem. — Disse ele, movendo a mão para mais perto da minha intimidade. Eu não estava usando calcinha e sabia que já estava molhada. — Por favor. — Supliquei para que ele me deixasse em paz. — Da próxima vez que eu mandar você fazer algo, simplesmente obedeça. — Disse ele, se levantando e me erguendo