—Quem é você? —se atreveu a perguntar, pois sentiu que estava mais interessada do que nunca em conhecer sua identidade, embora, o mais provável é que após um nome, ela não soubesse quem ele era, não conhecia ninguém nesse lugar, mas ela queria saber, isso era o suficiente, por enquanto.
Lia viu como o homem se moveu um pouco, mas instantaneamente parou sem deixar a luz fraca onde ele estava, então ela decidiu tomar a iniciativa e dizer seu nome primeiro.
—Eu sou...
—Lia...! —A menina se virou de repente na interrupção, e conseguia ver que Mila estava sorrindo na sua frente. Já terminei aqui, podemos ir, agora mesmo!
Sua amiga estendeu a mão, mas ela teve que olhar para a esquina primeiro, para ver que o homem misterioso não estava mais lá.
Ela sentiu alguma decepção e seu rosto não escondeu a sensação.
—O que está acontecendo? —Mila fez uma pausa, olhando para ela com preocupação.
—Não é nada —ela negou—. Eu só acho que imaginei algo e o tornei real.
Mila sorriu em negação à loucura de Lia, e segurou sua mão para seguir o homem que ia escoltá-las até o hotel.
Amid, esse era o nome do cara que sempre as acompanhava em todos os lugares, designado pelo hotel, e a mesma empresa onde Mila trabalha.
Houve um estranho silêncio da parte de Lia, desde o carro até o hotel, ela estava absorvida olhando pela janela, e Mila aproveitou a oportunidade para enviar os últimos e-mails para se libertar de seu telefone celular. Ela sabia que isso incomodava um pouco sua amiga.
No momento em que estavam em seu quarto, elas trocaram de roupas e foram direcionadas para uma piscina privada, do jeito que tinha prometido o hotel.
—Está uma noite quente —disse Mila, pegando o copo na mão. Ambas estavam dentro da piscina, bebericando coquetéis.
Lia flutuava para trás na água enquanto olhava para o céu estrelado.
—Eu nunca vi um céu como aquele....
—Eles são geralmente privilegiados com este tipo de cenário, e não me pergunte o porquê.
Lia fechou os olhos enquanto movia levemente suas pernas.
—Mila... algo aconteceu na sua ausência...
—O que é isso? —Desta vez, Mila estava interessada.
O corpo de Lia se endireitou, se virando para ir pegar sua própria bebida. Ela tomou um gole e disse.
—Antes de sua chegada, eu estava conversando com um homem na varanda.
Sua amiga franziu o sobrolho.
—Quem era?
Ela negou.
—Não sei... falamos muito pouco e, embora não o tenha visto em detalhes, ele parecia muito interessante...
—Você não o viu com exatidão? —O que isso significa?
Lia respirou fundo.
—O canto da varanda estava escuro, e ele estava ali parado... fumando.
—Não pode ser alguém importante, todas as pessoas que se destacaram naquela reunião estavam lá dentro.
—Não importa, não consigo tirar o tom da voz dele da minha mente e... eu estava prestes a saber o nome dele quando você chegou.
Mila sorriu.
—É por isso que você está assim?
—Assim como?
—Tá viajando cara, pensando que talvez você fosse conquistar um árabe do jeito que você sonhava.
Não seja tola… O que estou dizendo é verdade... Não importa se ele era conhecido ou não, eu o achei bastante... interessante...
Seguiu-se um longo silêncio e então Mila mudou de assunto.
—Confesso que, ao contrário de você, tenho um pouco de medo de ficar neste... mundo, como você o chama.
Lia se aproximou dela.
—Por quê? Tem medo por sua segurança? —perguntou ela, ao que sua amiga negou.
—É a menor das minhas preocupações... é mais como... estar sozinha no meio de tantas pessoas que eu nem conheço, quero dizer, já fiz isso tantas vezes antes, mas nem sei agora, quanto tempo isso vai durar.
Lia tomou um gole. Tinha que ser uma coisa muito assustadora ficar aqui sozinha e enfrentar tudo o que Mila devia.
—Você pode declinar, você não é obrigada a... —Suas palavras foram cortadas quando ela viu que sua amiga declinava e tomava a bebida restante de um gole só.
—Quero outro destes, senhor, por favor....
Lia observou sua amiga em silêncio, e aceitou outro coquetel, mesmo sem terminar o que tinha.
—É impossível, tem uma empresa milionária nas minhas costas, minha palavra e meu trabalho limpo até agora no meio de tudo isso, Lia...
—Então vamos mudar de assunto, não vamos estragar nossa noite com preocupações —cutucando-a no ombro e sacudindo-a um pouco, ela sorriu para sua amiga embora ela mesma estivesse realmente preocupada com ela—. Por favor, me promete que pelo menos faremos uma videochamada diária...
O riso de Mila ecoou por todo o lugar.
—Você é louca, não vou ter tanto tempo!
Lia levantou os ombros rindo com sua amiga.
—Que bom! Eu gosto muito de te ver sorrir.
A noite passou entre as bebidas, ambas meninas lembraram de sua infância e de algumas das aventuras pelas quais passaram juntas. Elas nadaram por um longo tempo na piscina, beberam vários tipos de coquetéis, até que finalmente, às duas horas da manhã, Amid a sombra delas, teve que ajudá-las a chegar ao seu quarto.
O riso do êxtase ecoou por todo o luxuoso quarto do hotel, e após várias quedas e mais risos, ambas cairam sob os efeitos do sono e do álcool.
***
Lia apertou os olhos como de longe, um som insistente bateu em sua cabeça. Ela piscou várias vezes para sentir um martelar alto que a atingia a cada segundo.
—Não deveríamos ter bebido tanto —disse ela, expulsando seu fôlego e olhando de lado.
Sua amiga estava de boca aberta, sem saber do mundo, mas aquele som tilintante não parava de tocar.
Ela se levantou devagarinho, procurando de onde vinha o som. Ela viu seu telefone celular, que mal havia tocado, e viu a tela desligada.
Ela continuou andando na direção do som até que no tapete ela podia ver o telefone celular da Mila tocando sem parar uma e outra vez. Ela o pegou imediatamente em sua mão para perceber que Mila teve uma chamada W******p de sua mãe Elizabeth.
A chamada caiu, mas alguns segundos depois, lá estava ela novamente tocando.
Ela foi imediatamente até o lugar da Mila e começou a agitá-la com insistência.
—Mila...! Mila, é Elizabeth... deve ser importante, Mila! —Sua amiga acordou, depois pegou a sua cabeça com dor.
—Minha cabeça vai explodir!
—Eu sei, eu sei... Vou pedir analgésicos e café da manhã, ok?
Mila acenou com a cabeça e Lia só escutou:
—Oi Mãe... —e deixou o quarto para ir na sala onde estava o telefone de sua suíte.
Ela falou com a pessoa responsável e fez o pedido em voz baixa, depois desligou e caminhou até a varanda da suíte para apreciar a paisagem.
Apesar de seu desconforto, a clareza não a incomodou, mas seu sorriso se desvaneceu quando ela viu Mila sair com o rosto banhado em lágrimas e com pressa procurando por coisas em todos os lugares.
—Mila, o que foi? —Os soluços dela se intensificaram e conseguia responder nada, Lia correu para abraçá-la—. Pelo amor de Deus, o que aconteceu?
Mila conseguiu falar, mas a sua voz soou angustiada.
—Lia, é o pai...
—O quê?
—Pai... ele teve um ataque cardíaco... ele está agora no hospital em terapia intensiva...
Lia colocou ambas mãos na boca, e um nó se formou em sua garganta. Os pais de Mila eram como se fossem seus.
—Não... —Sua voz soou como um vibrato, e tremendo, ela agarrou as mãos da Mila. "Vai ficar tudo bem, ok, ele vai ficar bem... vamos confiar...
Mila deu um suspiro e depois limpou o rosto.
—Eu tenho que ir... urgentemente Lia, minha mãe está quebrada e incontrolável. Meu irmão Ian não está disponível em seu celular por três dias, ele está numa viagem e não sabe nada do assunto....
—Obviamente! Vamos agora mesmo...
Quando ela estava prestes a dar um passo para pegar sua mala, Mila a deteve.
—Não é possível, Lia... Eu... Não posso deixar o trabalho para trás.
Os olhos da Lia ficaram gigantes.
—Então... eu vou... vou ajudar sua mãe e mantê-la informada, está bem?
Mila negou novamente.
—Você não poderá pagar com meus cartões Lia... e minha mãe me quer lá, eu nunca poderia estar aqui sabendo que o papai está em nessas condições.
—Mas, Mila, do que você está falando?
Sua amiga a arrastou para o sofá da sala de estar e, tomando todo o ar, olhou fixamente para ela.
—Lia... por favor... me ajude...!
Os lábios de Lia tremeram. Ela nem sabia o que fazer para aliviar a Mila.
—Obviamente... o que você quiser.
As mãos de sua amiga tomaram as dela, sua atitude a deixava muito nervosa, além de quão angustiada ela estava com Frank.
—Você sabe que eu a considero uma parte de mim, você não é apenas minha amiga, você também é minha irmã e eu confio em quem você é e em suas habilidades.
Sua garganta secou, mas ela só acenou com a cabeça.
—Lia, preciso ir, mas quero... quero que você me ajude aqui... a me substituir no meu trabalho.
Uma espécie de calor atingiu o peito de Lia.
—Você está maluca?! —não conseguiu evitar de gritar e lhe retirar as mãos. Ela se levantou imediatamente e andou de um lado pro outro.
As lágrimas da Mila começaram a fluir novamente.
—Lia... por favor...
—Mas, Mila, como eu poderia fazer algo assim? —Lia se aproximou novamente, mais submissa—. Teu chefe nunca o permitiria, além de que tem milhares de coisas que eu não sei. Eu nunca seria capaz de lidar com as coisas como você faz, esse governante precisa de uma pessoa que consiga lidar com o comércio internacional e as relações públicas....
—Não é difícil, mas precisamos ficar conectados. Vou lhe dizer o que fazer, tem coisas que você já sabe, não vai ser difícil...
Lia não podia acreditar no que estava ouvindo.
—Você não pode estar falando sério...
—Estou falando muito sério Lia —Mila se levantou para olhá-la nos olhos—. Eu preciso de você, por favor, e não se preocupe com seu trabalho, eu vou lhe pagar o dobro do que você estava recebendo com aquele cara.
—Esse não é o caso, Mila, você sabe que não é!
Os lábios de sua amiga tremeram enquanto ela negava.
—Lia, eu preciso ir agora, por favor me diga se você vai me ajudar...
Sua cabeça inteira estava girando sem parar, algo ia explodir dentro dela, ela se sentia sufocada, na beira de um penhasco e sua garganta estava tão seca como sempre. Várias lágrimas corriam pelo seu rosto, mas tudo o que ela podia fazer era correr para um refrigerador e pegar uma garrafa de água para beber ansiosamente.
«Como lhe poderia dizer não para ela, mesmo que ela lhe pedisse para pular de um penhasco, ela faria tudo por Mila, mas o que ia fazer agora com tanta coisa? Com um fardo tão pesado que nem sabia como lidar com ele?»
«Isto não poderia ser verdade, a viagem dos seus sonhos não poderia ter se transformado em um pesadelo, e pior, o que seria do Frank, e em que condição ele estava, também nem queria imaginar quando sua irmã Anne soubesse disso, aquilo ia ser o inferno»
—Lia... —ela ouviu longe, num tom desesperado e enxugando suas lágrimas, ela se virou.
—Vai embora o mais rápido possível Mila! eu não quero que você esteja aqui quando eu me arrepender desta loucura.
Sua amiga veio imediatamente até ela para abraçá-la.
—Por favor não tenha medo, nada vai acontecer, eu farei minha mala e vou te explicar do jeito que vamos fazer, mas por favor não tenha medo, desta vez, mais do que nunca, você deve estar segura de si mesma...
As lágrimas de Lia escorregavam pelas bochechas enquanto sua amiga se despedia de longe e acenava adeus, sacudindo-a de lado.Ela nem sequer sabia se o tremor em seu corpo era normal, ela apenas tremia demais com uma apreensão no peito que não desapareceria. Em meio à sua espera em silêncio, e embora ela tivesse mil coisas para fazer como Mila explicou, ela não queria se mudar de onde estava, nem queria entender que tinha um caminho muito escuro pela frente.«Primeiro, você precisa lhe dizer que seu nome é Mila Jones...»Mentiras... é o que ela devia executar assim que desse um passo em direção à reunião que tinha com o xeque, e Mila tinha deixado claro para ela que ela tinha antecipado a reunião em meia hora, para que Almer e seu colega não tivessem outra escolha senão ficar calados. De acordo com ela, ela explicaria a situação a seus chefes, mas não tinha certeza sobre isso.Pelo menos ela tinha o resto do dia para rever tudo. Ela pensaria bem nas coisas e, é claro, ela arrumaria to
«Qual foi a razão para as reações em seu corpo?» ainda não sabia, a única coisa que ficou claro para ele era que uma mulher que lhe dava este tipo de reação era uma novidade.Era absolutamente claro que, depois daquela guerra beduína no deserto, sua vida tinha mudado de dia para noite, não só por causa da preocupação que acrescentava a seus ombros, mas também por causa da insatisfação no seu corpo.Said junto com seus homens mais importantes, tinham sofrido uma emboscada, como alguém esfaqueando uma adaga nas costas, no escuro. Partiram para negociar com seu clã beduíno sob as ordens de seu pai, foram vítimas de um ataque, e junto com as minas explosivas, o equipamento com o qual ele tinha viajado para o deserto, foram gravemente feridos.Muitos de seus homens morreram e alguns ficaram com feridas que danificaram partes de seus corpos e até imobilidade permanente dos membros, e em seu caso, algumas queimaduras que deixaram cicatrizes.Mas isso não era o mais importante para Said, as c
A Lia esperou pacientemente e silenciosamente, enquanto Almer e seu companheiro se retiravam, lhe dando um último olhar.Ela estava certa de que agora mesmo eles iriam ao seu hotel para esperá-la, mas ela se preocuparia com tudo isso no momento. Ela tinha outros assuntos em que se concentrar agora, e aquele olhar penetrante estava apenas lhe deixando desajeitada.Ela não deveria ter medo, mesmo que houvesse uma mentira entre seu novo chefe e ela, ela deveria manter a cabeça erguida, porque de alguma forma não era mentira dela, e aqui ela estava ajudando a sua melhor amiga. Além disso, este homem era apenas seu colega de trabalho, em poucos meses, ela só se lembraria deste episódio, e ela estava certa de que nunca teria que viver neste mundo... no mundo com o qual ela sonhou durante anos.—Miss James...Seus olhos se desviaram da porta por onde Almer desapareceu, e os virou em direção a... Said.«Prometo lhe dizer assim só na minha mente», pensou ela tentando não sorrir e colocando sua
Lia não conseguia deixar de tremer quando saiu daquela limusine. O ar quente que atingiu seu rosto a ajudou a respirar melhor, neste momento ela estava apenas caminhando sem parar, sentindo aqueles olhos pretos nas suas costas.Ela não se virou nem viu pelo canto do olho se o carro e todo o comitê de segurança do xeque tivessem ido, seu único objetivo era cumprimentar na entrada do hotel, tirar sua chave eletrônica e ir até o elevador para chegar rapidamente ao seu quarto.«Lia... é um nome bonito», ela se lembrou daquela maneira de pronunciá-lo naquela boca grossa, e depois que as portas do elevador se fecharam ficou ainda mais preocupada.—Deus... O que vou fazer com minha vida?Seus lábios faziam uma espécie de movimento e ela tinha que pressioná-los com força.Se Mila soubesse como era bonito este homem com quem ia trabalhar? Não conseguia deixar de rir para si mesma, pensando que ela tinha imaginado que ia trabalhar com um homem de 50 anos.Que cara gostoso e nem tem 32!Ela entr
—Preciso lhe dizer que o Kuwait não é um país tão rígido quanto a Arábia —Lia piscou, tentando desviar os olhos da boca para se concentrar na conversa.Isso mais o dilema que ela tinha dentro dela porque ele não sabia sobre sua pequena mentira.—Embora nossas mulheres sejam muito respeitosas com o Islã, há muitas que optam por não usar hijab, porém, embora algumas sejam muito rígidas, elas não o usam na presença da família. Eu sei que você não conhece muito bem nossa cultura, e se tem algo que você não quer fazer como manter seu hijab, você não deveria fazê-loLia acenou com a cabeça, não se importava com usar seu hijab, achava que era um acessório lindo, mas gostou de saber que havia respeito, antes de tudo, e que não fazia parte de uma obrigação, como outros países árabes.—Bom para saber —ela respondeu, tomando parte do café da manhã que já lhes era servido.Era algo divertido vê-lo comer, era tudo muito natural, e parecia que o homem era muito transparente em sua personalidade, af
Dizer que seu mundo afundou foi mínimo para o que seu corpo sentia. Parecia que uma tonelada de concreto tinha caído em cima dela, agora ela tinha menos peso do que as palavras que o xeque tinha jogado uns segundos atrás.Lia observava enquanto o homem consertava seu terno e parava a dois passos do carro, e sabia que, embora ele não tivesse olhado para trás, estava esperando que ela também saísse. Ela jurou que neste exato momento ela tinha uma temperatura corporal de quarenta.Nunca em sua vida teve suas bochechas queimadas tão quentes.Ela respirou fundo e, apertando os olhos, fechou os olhos, saiu do carro.Agora estava claro para mim que nenhum homem ofereceria sua mão por nada, a proximidade entre os dois gêneros parecia totalmente proibida neste lugar.Em dois passos Lia chegou ao lado dele, mas desta vez não levantou o olhar porque seus olhos estavam agora fixos em uma fila de olhares ficaram cravados neles.Desta distância, ela não conseguia distinguir muito bem o rosto delas,
Said entrou em seu quarto, tirou seu casaco e seu relógio do pulso e correu para o banheiro para tomar um banho rapido.Ele precisava refrescar seu corpo e sua mente, neste momento ele estava furioso com Rosheen; seu pedantismo era cansativo, além de que ele também precisava acalmar seus nervos de estar perto de Lia por tanto tempo.Isso o fez tremer, ele não podia escondê-lo, o fez ferver como nenhuma outra e como nunca antes, só de ter o olhar dela querendo entrar dentro dele.Ele abriu a torneira quando a água começou a cair sobre sua pele. Seus olhos foram reprimidos pensando que isto estava acontecendo sem sequer ter pegado sua mão, e agora sua intimidade entrou no choque novamente, pois se lembrou de como a palma da mão dele estava posicionada no braço dele.—Por Alá... —ela sussurrou muito baixo ao desviar o olhar para uma parte do seu abdômen e depois para a sua perna. Toda a área estava coberta de cicatrizes brancas, algumas não eram perceptíveis, mas outras eram pronunciadas
—Eu estou... bem...—Said pegou um copo de água enquanto Bakari, o homem que controlava toda a sua segurança, falava no fone na sua orelha. Você pode ir Bakari... Eu te ligo se precisar.O homem corpulento de terno acenou com a cabeça olhando em volta e depois fechou a porta.Claro que Rosheen estava sentada quase colada em sua perna, enquanto sua mãe e Tarha estavam do outro lado parecendo angustiadas.—O que aconteceu—, todos eles ouviram a pergunta de Nasser. Eu nem tive tempo de sair do palácio.Said negou.—Cansaço excessivo... é tudo. Acho que depois do almoço, vou descansar um pouco.—Você precisa fazer isso—, interveio Rosheen. Eu me encarregarei de mudar suas reuniões para outro dia.O xeque acenou com a cabeça, olhando para ela por um tempo, e a garota estremeceu, pois nunca teve um gesto dele.Entretanto, a situação foi esquecida alguns minutos depois quando todos prolongaram a conversa e todos procuraram seu ofício.Rosheen estava andando pelos corredores, pronta para ir ao