Quando Pedro se levantou lentamente, sob o olhar incrédulo de todos no salão, o ambiente ficou em silêncio absoluto.Todos os olhares se voltaram para ele, cheios de surpresa e curiosidade.Paula exclamou, visivelmente nervosa:— Pedro, o que você tá fazendo? Senta já!Na cabeça dela, Pedro, o genro considerado um peso morto por todos, estava prestes a causar um constrangimento monumental. Em um lugar cheio de gente importante, ele só poderia ser louco de querer chamar atenção dessa forma.Marcelo e Diego trocaram um olhar desconfiado. A mesma ideia passou pela mente dos dois: “Será que o presidente do Grupo Imperial é mesmo ele?”Mas, em seguida, ambos balançaram a cabeça, descartando a possibilidade.“Impossível! Não pode ser. Se fosse, ele não seria tratado como lixo pela própria sogra.”Do palco, Carlos não segurou a irritação e gritou:— Seu inútil! O que pensa que tá fazendo? Senta agora!Ele apenas lançou um olhar gelado antes de caminhar diretamente até Isabela. Sob o olhar at
Pedro se aproximou devagar e tirou o paletó, colocando-o sobre Luana. Ele falou com calma:— Amor, não fica assim... ser diretora da Família Costa não é lá grande coisa, sabia?Luana respondeu com os olhos marejados:— Você não entende, se eu fosse diretora, meus pais teriam o respeito que merecem na família. Como a vovó pode voltar desse jeito?Pedro tentou consolá-la:— Quem sabe daqui a pouco eles venham te pedir para aceitar o cargo. Mas olha, você tá chorando tanto que, se isso acontecer, nem vai conseguir subir no palco bonita assim.Luana balançou a cabeça, inconformada:— Impossível. A vovó já decidiu, não tem volta. Vai para dentro, me deixa aqui sozinha um pouco...Nesse momento, Maria e Carlos saíram correndo do salão de festas, seguidos por uma multidão curiosa, querendo entender o que estava acontecendo.Sra. Maria ficou ofegante, precisou de um instante para recuperar o fôlego. Já Carlos, ao ver Pedro e Luana ali perto, foi direto até eles:— Luana, vai logo atrás da vic
Todos retornaram ao salão, e Sra. Maria segurou a mão de Luana, levando-a ao palco.Com um sorriso afetado, ela disse:— Peço desculpas pelo mal-entendido anterior, foi um erro meu. Na verdade, tudo isso só foi possível graças a Luana. Ela é a jovem mais promissora da Família Costa e teve um papel essencial nesta parceria com o Grupo Imperial.Isabela estava ao lado, lançou-lhe um olhar frio e interrompeu com firmeza:— Deixe-me corrigir: essa parceria não foi apenas uma grande contribuição de Sra. Luana. Foi inteiramente conquistada por ela, sozinha, sem qualquer participação de mais ninguém.Suas palavras foram diretas e impiedosas, mas ninguém se atreveu a contrariá-la. Afinal, com o prestígio do Grupo Imperial, Isabela poderia humilhar Maria publicamente, e ainda assim ela teria que aceitar sem reclamar.Sra. Maria rapidamente concordou, acenando com a cabeça:— Claro, claro! Tudo foi obra de Luana. A partir de hoje, ela será a nova diretora da Família Costa e assumirá todas as res
Pedro não sabia o que se passava, mas não teve escolha a não ser juntar-se ao grupo de idosos para protestar. Enquanto gritava os slogans, ele aproveitou para perguntar a um senhor ao lado sobre o que estava acontecendo. Foi só então que entendeu toda a situação.A tal empresa, Seguros Aliança, vendia produtos de seguro com retornos incrivelmente altos.Esses idosos, atraídos pela promessa de altos lucros, investiram tudo o que podiam nesses produtos, tornando-se clientes fiéis.Tudo parecia correr bem até o momento de receberem os dividendos. Quando foram até a empresa para sacar o dinheiro, encontraram as portas trancadas. Apenas alguns funcionários estavam no local, dando desculpas esfarrapadas para evitar maiores confrontos. Foi aí que perceberam que tinham caído em um golpe, onde a empresa simplesmente desapareceu com o dinheiro deles.Não era à toa que Paula tinha chamado Pedro às pressas para ajudá-la a lutar pelos direitos.Pedro sentiu dor de cabeça vindo ao imaginar o cenári
A chamda foi atendida rapidamente.Assim que a ligação foi atendida, Paula começou a falar:— Alô, é o Marcelo? Isso, sou a mãe da Luana Costa…Desde o jantar da família, quando viu Luana pela primeira vez, Marcelo ficou encantado e não conseguiu tirá-la da cabeça. Ele estava procurando uma oportunidade para se aproximar dela, e o telefonema de Paula parecia ser exatamente o que ele precisava.Imaginando que ela estava com algum problema, Marcelo não perdeu a chance de mostrar serviço e respondeu com muita educação:— Sra. Paula, aconteceu alguma coisa? Posso ajudar em algo?Paula foi direta:— Marcelo, estou aqui com algumas amigas. Investimos nossas economias em produtos financeiros de uma empresa chamada Seguros Aliança, mas agora eles não deixam a gente sacar o dinheiro. Você pode nos ajudar a resolver isso?Ao ouvir isso, Marcelo viu ali uma grande chance de impressionar e respondeu com confiança:— Claro, Sra. Paula! Fique tranquila, vou até aí agora mesmo. Resolverei isso para
Outro comentou:— Credo, nem morto aquele homem ia se interessar por sua filha!Naquele momento, Paula avistou Marcelo e correu até ele com um sorriso bajulador:— Marcelo, finalmente você chegou! Eu já estava quase tendo um treco de tanto nervoso!Marcelo estava com um sorriso confiante e respondeu com um tom casual:— Desculpe a demora, Sra. Paula, espero não ter feito a senhora esperar muito.Paula balançou as mãos rapidamente:— Que isso, Marcelo! Esperei no máximo dez minutos. Você foi rapidíssimo!Marcelo sorriu levemente e explicou:— Assim que soube que a senhora estava em apuros, peguei o carro e vim direto. Nem pensei duas vezes, até passei por uns sinais vermelhos no caminho.Paula estava satisfeita, mas perguntou preocupada:— Passou no vermelho? Isso não dá problema, não?Ele respondeu casualmente:— De jeito nenhum, conheço o pessoal do trânsito. Qualquer infração que eu fizer, um telefonema resolve.Depois disso, Marcelo mudou o foco:— Mas vamos falar do problema. Quant
No momento em que Paula estava radiante de felicidade, Marcelo declarou em voz alta:— Senhores e senhoras, não se preocupem! Vou conversar com eles agora. Esperem aqui pela boa notícia.Paula sentiu-se confiante, sabendo que tinha o apoio de Marcelo, e imediatamente disse:— Marcelo, vou com você!Pedro rapidamente a advertiu:— Mãe, é melhor não se envolver. Não precisa se meter nessa confusão.Paula retrucou, irritada:— Ah, cale a boca! Você, um inútil, ainda ousa duvidar das capacidades do Sr. Marcelo?Os outros presentes, que estavam desesperados para recuperar o dinheiro perdido, colocaram suas esperanças em Marcelo. Quando Pedro manifestou dúvidas, despertou a insatisfação de todos. Enfrentando as críticas, Pedro manteve a calma e disse:— Mãe, pode esperar aqui. Não precisa se meter nessa confusão.Mas Paula ignorou completamente o conselho, gritando:— Cale essa boca imunda! Quem te deu direito de falar aqui?Por sua vez, Marcelo exibiu um sorriso cheio de arrogância e zombo
Naquele momento, no escritório do presidente da Seguros Aliança, o dono da empresa, Everton Aliança estava atendendo com toda a reverência um homem de meia-idade, com cerca de quarenta anos.Com um sorriso submisso, Everton retirou uma conta bancária do cofre e a entregou ao Vicente:— Sr. Vicente, aqui está distribuição de lucros de 30 milhões de reais. A senha é sua data de nascimento. Por favor, verifique.O homem vestia um elegante terno preto, tinha uma aparência intimidadora e um olhar que, sem esforço, impunha respeito. Sua presença era simplesmente impressionante.Se houvesse outras pessoas presentes, sem dúvida reconheceriam imediatamente o homem: Vicente Franco, o temido Sr. Vicente, o ‘rei’ não oficial do submundo de Cidade J. Ninguém ousava desafiá-lo.Vicente olhou para Everton com aprovação e disse:— Você é esperto, Everton. Muito bem!Everton ficou aliviado visivelmente, perguntou apressado:— Sr. Vicente, e quanto àquela confusão com os aposentados lá embaixo? O que de