Raylon Peres "Minha mãe estava dormindo ainda quando eu me levantei e resolvi dar uma volta. Sabia que pelo horário Mel já estaria acordada, liguei para ela e ela atendeu rapidamente." "Oi Raylon, bom dia! Estava pensando em te ligar, mas pensei que estava cedo para fazer isso", lembrei que o nosso fuso é diferente. "Sim, estou um pouco entediado, por isso resolvi dar uma volta pelas ruas." "Caminhar é bom mesmo. Vou levar minha mãe para conhecer o Pão de Açúcar. Janessa acabou de acordar e está empolgada. Estou tentando levar Dadá junto conosco, mas ela está com vergonha", ouço a voz de Dadá ao fundo. "Diz a ela que estou com saudade da sua comida caseira. A comida típica deles é horrível." "Não é horrível, é só que você não está acostumado com os temperos daí." "Ou a falta deles. Você tem noção de que eles comem salsicha branca com água dentro no café da manhã? Sério, acho que não vou conseguir viver muito tempo com essas comidas." "Espera um minuto que já falo com você", a li
Mellory de Bragança PeresEstava contente por poder levar a minha mãe para conhecer o pão de açúcar, mas eu acho que ela não vai querer andar de bondinho, já que ela morre de medo de altura. Quando Janessa me gritou estava em uma ligação de Raylon, desliguei o celular e fui para o seu quarto."O que você esqueceu, cabecinha de vento?" - Assim que a vi meu sorriso se desfez.O nariz de Janessa sangrava tanto que o box estava lavado de sangue. Não sabia o que fazer de fato, porém sabia que precisava agir urgentemente."Mãe, me ajuda aqui?" - Grito e rapidamente ela apareceu, quando viu a situação do box minha mãe ficou apavorada.Pedi a ela que me ajudasse a dar banho em Janessa, consegui vestir a roupa dela e fui para o hospital, como minha mãe não conhecia as ruas do Rio de Janeiro, peço a ela que segure Janessa para que ela não se machucasse, dirigir igual louca nem me importei com as multas só torcia para não ser parada pela polícia.Chegamos ao Barra Medical center, estacionei de
No dia seguinte, quando cheguei na cozinha, minha mãe e Dadá estavam brigando para fazer o café, massageei a temporada e resolvi acabar com a briga das duas."Por que diabos vocês estão brigando?" Pergunto a elas que me olham."Sua mãe é teimosa, ela cismou que quer fazer bolo de chocolate, mas eu acho que panqueca é bem melhor." Briga tosca, pelos céus."Por que as duas não fazem tudo, assim teremos mais opções." Elas me olharam e sorriram."Se precisarem de mim para apartar mais alguma briga é só me chamarem."Fui até o quarto de Janessa e a chamei, ela me perguntou se iria para a escola e eu disse que não, ela estava triste, mas eu preciso fazer o possível para que ela fique bem. Jasmim chegou e avisei a ela que hoje Nessa iria para empresa comigo, contei a ela sobre tudo que aconteceu."Sério isso Mel?" Ela perguntou e eu concordei."Sim, minha pequena está um pouco mais debilitada, por isso vou conversar com a escola e ver a possibilidade dela poder estudar em casa."Janessa cheg
Como já havia liberado Yasmin, precisei levar Janessa, fui para o estacionamento, acomodei Janessa e dirigi rapidamente pelas ruas. Ao chegar, as pessoas que ainda permaneciam lá me olhavam surpresas, pois eu já havia ido embora.Cheguei em minha sala de espera e o pai de Raylon estava lá, olhando para o relógio como se tivéssemos marcado algum compromisso."Olá, minha querida nora, tudo bem?" - disse ele com um sorrisinho debochado.A vontade de mandá-lo para o inferno era imensa, porém me contive."O que deseja, senhor Lúcio?" - tentei me controlar o máximo possível."Quem é essa menina bonita?" - ele perguntou enquanto Janessa se escondia atrás de mim."Minha filha com Raylon" - disse a ele, que me olhou muito surpreso."Como assim? Quanto tempo vocês estão juntos?" - Lúcio estava confuso."Vamos deixar isso de lado, ok. Vou perguntar mais uma vez o que deseja e, por favor, seja breve" - pedi a Valentina que ficasse com Janessa e levei Lúcio até a minha sala."Quero muito conversar
Raylon Peres.Estava jantando com a minha mãe, porém minha mente estava divagando, principalmente porque estou com saudades das minhas meninas. Elas conseguiram me mudar. Passamos pouco tempo juntos, e não vejo a hora de retornar para elas, mas claro que com minha mãe recuperada. Depois de mais de vinte anos, eu conversei com meu pai, mas a conversa não foi muito amigável.*Flashback on*Quando Mel me contou o que meu pai havia feito, aquilo me irritou de uma tal forma que mal consegui dormir. No dia seguinte, liguei para meu pai, que nem sabia de quem se tratava."Alô!" - Ele atendeu rapidamente."Lúcio Queiroz?" - Perguntei, e ele assentiu."Sim, quem gostaria?" - Respirei fundo e comecei."Aqui é seu filho Raylon Peres Queiroz, gostaria de conversar com você, está disponível?" - Fiquei esperando ele me responder."Claro que sim, filho. Eu soube da sua mãe e fui na empresa perguntar se vocês precisavam de ajuda, mas a sua esposa não foi muito cortês comigo." - Lúcio é muito sonso -
"Raylon, what's going on?" (Raylon, o que está acontecendo?) - Ela permanecia olhando para mim perdida."I drank too much and ended up cheating on my wife with you. I'm a fucking scoundrel, cheater."(Eu bebi demais e acabei traindo a minha esposa com você, eu sou um maldito canalha, traídor) - Quando ela percebeu o que eu queria dizer, soltou uma gargalhada e a olhei irritado. "Isso não é engraçado." - Mesmo eu tendo dito em português, Mayla entendeu."Sorry, but your face is so funny."(Desculpa, mas a sua cara está muito engraçada.) - Ergui a sobrancelha para ela. "Relax! Nothing happened, I brought you here because I was too drunk." (Relaxa! Não aconteceu nada, eu trouxe você para cá, porque estava muito bêbado).Perguntei a ela se realmente não havia acontecido nada, e ela disse que não. Mayla me confidenciou que, embora se vista de maneira provocadora, a única coisa que ela quer provocar são as mulheres. Só aí percebi que ela é lésbica. May se levantou e fez café para nós. Depois
Mellory Bragança PeresOs meses rapidamente se passaram, não sei o que Raylon fez ou falou com o pai dele, só sei que ele conseguiu fazer com que o pai dele parasse de encher o saco.Mesmo à distância, Ray e eu estamos unidos e fazendo de tudo para que nossa filha e Meridiana se recuperem. Angélica já está em liberdade e pediu para ver Nessa, e eu não tinha como dizer não. Ela agradeceu por estarmos cuidando de Nessa. Nesse tempo em que estamos nos ajudando, meio que nos tornamos amigas. Ela me contou um pouco da sua história e caramba, às vezes julgamos a pessoa, mas nem conhecemos a sua história. E a dela foi bem dura. Uma menina de 14 anos ter que fugir de casa porque o próprio pai abusava dela, e a mãe se fazia de desentendida."Angélica, sua história foi dura.""Sim, mas não justifica as coisas erradas que fiz, principalmente com Janessa, que é uma criança especial." Concordei com ela."'Eu te entendo perfeitamente e não vou te julgar, porque aprendi com minha mãe que cada pessoa
"Estava com muita saudade de vocês", Ray diz enquanto caminhávamos."Nós também estávamos com saudades de você, não é Janessa?", pergunto a ela que concorda. "Por que não me avisou que viria? Você deixou Meridiana sozinha?""Claro que não, May ficou com ela para que eu pudesse vir para cá.""Ah! Sim. Vamos dar uma volta pela cidade?", pergunto a Nessa se ela está cansada e ela me disse que não."Então vamos dar uma volta."Por onde andávamos, todos se encantavam por Janessa, eles diziam como a nossa filha era bonita e simpática. Mostrei a ela alguns lugares que eu gostava de passear e ela ficou encantada. Estava indo para a sorveteria quando esbarrei em quem não desejava ver, minha prima Fabíola."Oi, priminha, quanto tempo? Vejo que ainda está casada", ela diz olhando para Ray."Oi e tchau." Virei as costas para sair dali porque eu sabia que se eu ficasse, ela falaria algo que me deixaria puta."Então é essa que você pegou para enterrar?", na hora que ela gritou isso, eu voltei no me