Assim que voltamos para a sala, o pessoal começou com sorrisinhos e eu os olhei enfezada."Nossa, mano! Mas a coisa foi rápida, me pergunto como você fez três com essa rapidez toda" - Joca às vezes testa a minha paciência."Você tem a mente muito poluída, não é nada disso que você está pensando.""Mel, não dá confiança para esse cérebro de ameba não" - Celina e Maryanne me arrastam para a cozinha.Assim que chegamos, as duas me perguntaram se eu fiquei irritada com o que elas fizeram e eu expliquei que não, mas que estava preocupada com as coisas que estavam prestes a vir e às lembrei que Raylon em breve voltará para a Alemanha e novamente não o terei para ajudar."Não se preocupe com isso, seu esquadrão estará aqui, já fiz até Daniel se comprometer em ajudar" - Mary sentou no banco."O Danny tem as coisas dele para fazer" - Minha amiga revirou os olhos para mim."Como estamos próximo ao final do ano, as competições para ele se encerraram, só no próximo ano agora.""Está muito animadi
Assim que estacionei, Raylon fez o mesmo e olhou para mim. Eu pude sentir que ele estava bem chateado. Ray me encarou."Por que você vai falar com aquele cara?" - Ray pergunta ainda enfezado, e não tiro a razão dele."Por mais idiota que ele tenha sido, meus pais sempre me ensinaram que devemos ouvir os dois lados.""Mas você já sabe como ele é. Por que ainda quer dar chance a ele?""Não disse que daria chance a ele, mas que ouvirei o que tem a dizer, até porque eu quero entender os motivos dele." - Mesmo contra gosto, ele me deu a mão e fomos para frente do prédio.Chamei Will e entramos. Raylon e ele se encaravam, e eu estava a ponto de bater a cabeça dos dois uma na outra. Quando cheguei, vi uma mala na sala e me perguntei se meus pais já estavam se preparando para ir embora. Peço a Will que se sente e me diga o que tanto quer falar comigo.Ele começa a me explicar os seus motivos, e eu fico muito ultrajada com tudo que diz. Como pude ser amiga de alguém tão mesquinho."Deixa eu ve
Raylon PeresQuando Dadá nos avisa que irá embora, Mel e eu ficamos surpresos com isso. Olhamos para ela sem entender."Como assim você irá nos abandonar?" – Mel diz a ela."Pois é, Dadá. Como vou ficar tranquilo sabendo que você não estará aqui para ajudar Mel quando eu voltar para Alemanha?""Mas quem disse que você voltará para a Alemanha? Eu vou em seu lugar." – Mais uma vez fomos pegos de surpresa. "Mel vai precisar muito de você para ajudá-la com a empresa e com o novo projeto dela, além de Janessa e dos bebês. Já conversei com Meridiana, e amanhã estarei indo.""Você não sabe falar inglês. O que vai fazer?" – Perguntei a ela, e Mel concordou."Vocês precisam estar juntos nesse momento." – Ela une as nossas mãos.Dadá é a minha segunda mãe e vai se sacrificar mais uma vez por nós. Mesmo não gostando da ideia, agradeci por tudo. Ela nos abraçou e depois foi para a cozinha se encontrar com meus sogros. Olhei para Mellory e percebi que ela estava cansada. O dia foi longo e o final
Gilvan e Marly Bragança.(Antes da chegada ao Rio de Janeiro)Após a visita de Mellory e Janessa, os dias foram se passando tranquilamente. Gilvan permanecia em seu trabalho, enquanto Marly dividia os afazeres da casa com a cunhada. Tudo parecia normal até Marly acordar na madrugada e chamar Gilvan, que acorda sonolento."O que foi, mulher?" – Ele olhou para ela, que permanecia quieta. "Pra que você me acordou, Marly?""Sonhei com cobra, Gil. Tenho certeza que nossa filha está grávida." – Marly olhou para o esposo sorridente, que a olhava como se a mesma fosse insana."Não me olhe assim. Você sabe que meus sonhos são premonitórios.""Se nossa filha estivesse grávida, ela nos contaria. Mulher, vai dormir, porque nosso dia amanhã estará cheio." – Gilvan tentou voltar a dormir, mas ele sabia que Marly é teimosa."Não vou dormir enquanto você não me ouvir. Estou te falando que nossa filha está grávida.""E se ela tiver? O que você vai fazer? Não se esqueça que Mel é casada, e mesmo se não
Mellory Bragança PeresQuando chegamos no restaurante, encontrei nossos amigos sentados na mesa. Ao lado de Daniel, tinha uma moça sentada que depois descobri ser sua outra irmã, chamada Flávia. Mary me chama e apresenta a sua outra cunhada."Oi Flávia, tudo bem?" – Perguntei a ela, que se levantou para me cumprimentar."Oi, estou ótima. Então você é a famosa Mellory?" – Ela pergunta com um sorriso."Famosa por quê?""Mary me contou as histórias de vocês, sou sua fã" – Ela brinca."Tem um fã clube e não sabia.""Dá pras duas pararem de falar e sentar aqui. Você, Flávia, sai de perto da minha amiga. Já não basta monopolizar Maryanne" – Celina fingiu estar irritada e começamos a rir."Não precisa ficar com ciúmes, tem Mel pra todo mundo" – Brinquei com elas."Não tem nada pra todo mundo, você é só minha" – Raylon diz no meu ouvido, me fazendo arrepiar."Senta logo, casal vinte" – Joca diz gargalhando. "Não é à toa que estão grávidos de três filhos."Flávia se engasgou com o suco que est
Chegamos até a secretária da doutora Alice e pedimos para conversar com ela. A moça pediu para que nós esperássemos. Ela faz uma ligação e logo em seguida pede para entrarmos, e agradecemos."Boa tarde, vocês gostariam de falar comigo?" A doutora Alice perguntou, enquanto fez sinal para que nos sentássemos."Sim, doutora, estou um pouco confusa, pois a senhora havia me dito que Janessa precisaria fazer quimioterapia, só que ainda não começou. Está acontecendo algo mais sério para isso?" Pergunto a ela, enquanto Raylon permanece quieto, esperando a resposta. Surpreendentemente, doutora Alice sorri, o que me deixa curiosa. Olhei para ela e fiquei esperando sua resposta."Estava esperando um pouco mais para conversar com vocês, pois estamos fazendo alguns exames para ver se dará certo.""Dá certo o quê?" Perguntei."O novo tratamento. Como ela já tem uma doadora, no caso, você. Estamos fazendo o possível para descartar a quimioterapia.""Mas antes de vocês fazerem algum tratamento experi
"Para minha tristeza, meus pais voltaram para Bom Jesus. Vou sentir muita falta deles, mas Raylon já deixou avisado que no Natal estaremos lá, e eles ficaram felizes.""Os enjoos matinais também começaram. Meu café matinal foi parar no banheiro, e estou com o estômago vazio. Mas tudo que coloco pra dentro vai pra fora. Está bem complicado mesmo.""Amor, você está suando", Raylon sai da sua mesa e se aproxima preocupado."Estou bem, é só o enjoo matinal", digo a ele."Mas eu nunca vi você enjoar.""Pois é, mas hoje meu estômago está revirando", quando eu acabei de falar precisei respirar fundo porque a bile subiu.Raylon saiu e retornou com água tônica e um pacote de biscoito salgado."A doutora Lúcia falou que isso vai te ajudar", Raylon está atencioso esses dias. Agradeci a ele.Depois que meu estômago se acalmou, voltei a trabalhar. Na hora do almoço, não tinha vontade alguma de comer, mas Ray me disse que eu deveria me alimentar."Não tenho vontade de comer", digo fazendo careta."
"Um casal saiu da sala da doutora aos prantos e eu me perguntei o que havia acontecido para que eles saíssem chorando. A doutora pediu para que nós entrássemos.""Boa tarde", ela nos cumprimentou enquanto sentamos."Boa tarde, doutora. Por que aquele casal saiu aos prantos?" Perguntei a ela, pois estava muito curiosa. Ray apertou a minha mão para que eu me calasse, mas já era tarde."Infelizmente, hoje não é um dia de boas notícias para muitos, porém para vocês sim. Como devem saber, Janessa está de alta. Tenho algumas recomendações para vocês que sigam todas as prescrições.""Temos muitas regras para seguir?" Raylon perguntou, e a doutora nos entregou tudo por escrito... misericórdia, tinha tantas regras que era difícil gravar.Raylon olhou para mim e eu fiz algumas perguntas à doutora, que respondeu a todos os questionamentos.Depois de resolvermos tudo com a doutora, Ray e eu assinamos os documentos para a alta de Nessa e fomos ao seu quarto buscá-la. Ao chegarmos, a encontramos co