Henry acordou com uma terrível ressaca em uma cama de hotel, ao olhar para o lado percebeu uma mulher dormindo ao seu lado. Era Alicia, uma ex-colega de faculdade com quem Henry não tinha tanta intimidade. Ele se lembrou de ter bebido demais na noite anterior e de ter falado com ela quando estava indo embora, mas não conseguia lembrar exatamente o que havia acontecido.Alicia viu que ele havia acordado e sorriu para Henry.— Bom dia, dorminhoco. Não me lembro da última vez que me diverti tanto!Henry ficou confuso, não sabia como agir ou o que dizer. Ele se levantou da cama e começou a se vestir, evitando contato visual com Alicia.Ela por sua vez não se importou de levantar completamente nua na sua frente.— Por favor, vista— se.— Ele diz entregando a roupa nas mãos dela.— Por quê está tão frio?— Como você queria que eu agisse?— Ele disse evitando olhar para ela que recusava a se vestir.— Se você não colocar uma roupa ou cobrir seu corpo, não falarei com você.— Ele fala entrando no
Isadora acorda e vê o irmão sentado no chão desconfortável, com a cabeça encostada na cama. Ela sente-se triste por, mais uma vez, ter dado trabalho ao pai e ao irmão.— Gabriel... — Ela fala baixinho, passando levemente a mão no rosto do irmão. — Irmão, acorda. Vem dormir na cama.— Hã? — Ele fala um pouco assustado. Sentando rapidamente na cama, ele coça os olhos tentando se conectar. Seus olhos vão para Isadora, que sorri com gratidão para ele. — Você está bem?— Estou... não está com dor nas costas?— Não. — Ele mente, tentando não se esticar e reclamar perto dela.— Mentiroso, só de você sentar eu ouvi uns quatro ossos estalando aí. — Ela brinca. — Se quiser, deitar aí mesmo, fica à vontade, vou fazer café.Ela dá um beijo no rosto do irmão e desce. Gabriel deita na cama, sentindo seu corpo doer. Ele pega o celular e vê várias mensagens e ligações de Arthur, Rodrigo e Henry. Quando ele ia ligar para Henry, Rodrigo aparece na tela.— O que foi? Por que esse desespero de vocês? Você
Isadora olha nos olhos do irmão e respira fundo apertando suas mãos nas dele, antes de responder.— Não, ele não fez nada. — Se não fez nada, por que está tremendo?Isadora abaixa a cabeça e lembra da primeira vez que sentiu o olhar de Evan sobre ela, Isa tinha apenas 13 anos quando ele tentou segurar na sua cintura, até mesmo no colégio ele a perseguia, porém ela nunca esteve sozinha. As lembranças que ela tanto tentou esquecer estavam bem vividas em sua memória como se tivesse acontecido a poucos dias.— Gabe... não vale a pena, já passou tanto tempo. E o que podemos fazer? — Você está querendo dizer que ele fez alguma coisa? Me conta Isa, o que ele fez.— Gabriel fala pausadamente tentando controlar a raiva que pulsava no seu peito. Ele tentou falar o mais calmo possível para não assustar a irmã.— Você não confia em mim?— Claro que confio, sem ser o nosso pai, você é o único homem que confio sem medo nenhum.— Ela suspira tristemente.— Só me promete que não vai fazer nada? Não que
Isadora sentiu o abraço de Henry se apertar ainda mais, por mais que ela o ame, sua promessa ainda está de pé. Lentamente ela se separa dos seus abraços, olha nos seus olhos e sorri agradecida.— Obrigada por ter vindo.— Você está bem? Quer conversar sobre o que aconteceu? — Henry pergunta preocupado.— Agora não. Tudo que eu quero é chegar em casa. — Ela diz com um olhar indescritível.Gabriel abraça Isadora e vão embora. Henry ficará na casa deles e isso está mexendo com ela.O caminho foi entre conversas confortáveis, mas algo em Henry não saía da sua cabeça. Ele sentiu ela um pouco mais distante do que de costume. Isadora sempre foi muito calorosa nas suas recepções, porém ele acredita ser por tudo que está acontecendo.Assim que chegam, Thomas estava saindo para ir ver a filha, seus olhos estavam inundados de lágrimas, a angústia e o desespero tomou conta dele. Passou tantas coisas na sua cabeça, que ao ver a filha ele não conteve a emoção.— Meu amor, você está bem, por que não
Isadora está quase em uma prova de resistência com Henry tão perto. Ela disfarça a todo custo o quanto gosta dele. Ela o viu só o final de semana, esses três dias ela está no campus, então Isadora ensaia seus passos até suas falas para quando estar perto de Henry.Gabriel se diverte com a situação, ele entendeu o que a irmã está fazendo, ela quer passar por desinteressada, seu olhar não fica muito tempo nos dele, ela não fica agindo como uma menininha tímida, Isadora pouco a pouco está amadurecendo e isso atraí ainda mais Henry. Porém ao contrário de Gabriel, Henry sentiu-se mal por ela estar o tratamento com tanta indiferença. Ele não consegue entender do por que ela mudou tanto. Onde ele sente vontade de reagir, mas estando na casa deles, Henry respeita a privacidade dela quando ela está.— Henry, já passou da hora de vir embora.— Arthur fala frustrado na chamada de vídeo com ele e Gabriel.— Não! Ainda não fiz o que eu vim fazer aqui.— Então faz logo. Por que dois clientes desist
Ao chegarem à festa, Isadora sentiu um friozinho na barriga. O lugar estava cheio de pessoas da faculdade, e a música alta preenchia o ambiente. Alana a puxava pelo braço, apresentando-a para vários conhecidos e arrastando-a para a pista de dança. Elas se divertiram, dançaram e riram, e Isadora sentiu-se mais à vontade com o passar do tempo.Enquanto isso, Lucas, um cara bonito e popular da faculdade, notou Isadora no meio da multidão. Ele se aproximou e começou a puxar assunto, e Isadora, ainda um pouco tímida, foi se soltando aos poucos. Ele lhe ofereceu uma bebida, e, depois de muita hesitação, Isadora acabou aceitando. Ela tomou um copo, e isso foi o suficiente para sentir o efeito do álcool.O ambiente começou a girar, e Isadora percebeu que estava ficando bêbada. — Amiga, vou embora. Não deveria ter bebido.— Espera, vou te levar.— Não precisa. Continue se divertindo. Vou ligar para o meu irmão. Até segunda.Com as pernas bambas, tentou sair dali, as pessoas dançavam e se bala
O dia amanheceu e Isadora estava deitada em sua cama, ela senta sentindo que seu corpo todo estava doendo, seus olhos percorrem pelo seu quarto e vê que na mesinha do lado da cama havia um copo com água e um remédio para dor de cabeça, com um bilhete escrito por Henry." Bom dia gatinha, espero que ele ajude melhorar a resaca que provavelmente estará insuportável, adorei estar com você ontem."— Obrigada.— Ela sussurra. Isadora sorri e leva a mão na cabeça sentindo que estava pesada.— Como é que um copo de bebida me deixou assim?Depois de um banho gelado e vestida com uma roupa leve, ela desse procurar o pai. A casa estava um silêncio, coisa que é impossível quando Gabriel está. Ela passa pelo quarto e bate na porta, não tendo respostas, Isadora abre e percebe que alguém está no banheiro. Quando ela vai sair, da de cara com Henry sem camisa, passando a toalha no cabelo sem notar sua presença.— Minha nossa... — Ela sussurra passando seus olhos simetricamente por todo o corpo de Henry
O caminho para casa foi longo. Henry estava pensando em quando poderia se declarar. Foi libertador e ao mesmo tempo assustador. Ele tinha medo da rejeição, medo que seu amigo fosse contra, medo de que Isadora já o tivesse esquecido. Saber que ela ainda o amava lhe deu forças para enfrentar o que viesse.Sentado na poltrona, com os olhos fechados, ele tocava em seus lábios. A sensação de tê-la beijado foi maravilhosa. Para Isadora, também foi um momento inesquecível.O primeiro beijo é um momento que sempre fica guardado em nossa mente. Quando é dado na pessoa que sempre amamos, torna-se uma linda lembrança.Henry chega no aeroporto e vê seu irmão Arthur. Eles se abraçam e Henry conta tudo o que aconteceu e como se sente bem por ter revelado seus sentimentos. Mesmo preocupado, Arthur fica feliz pelo irmão e agora entende por que ele nunca se aproximou de uma mulher nos últimos anos. Entre muitas coisas ditas no caminho, ele se atualiza das notícias que circulavam sobre ele.Arthur most