Bônus de Lolita Guerra - parte 2.— Você está certo. É que... — A minha voz vacilou.— Eu sei você está com medo de ser rejeitada. — Ele diz. Confirmo apenas com um menear de cabeça. — Quer saber? — Corvo ajeita uma mecha dos meus cabelos atrás da orelha. — Se elas não te perdoarem, perderão a chance de ter uma mãe de verdade. Mas a Nina está conversando com ela, certo? — Faço sim outra vez. — Então eu duvido muito que ela não consiga convencê-las. A Nina sempre consegue o quer. — Sorrio e seguro em cada lado do seu rosto.— Espero que esteja certo, querido! — sibilo e após beijá-lo baixo calmamente, ele me deixa sozinha no cômodo.Os minutos torturantes se arrastam e mil coisas começam a se passar pela minha cabeça, mas nenhuma delas é reconfortante ou me transmite segurança. Cenas de Jude e Maya me dando as costas, dizendo-me o quanto me odeiam e me desprezam. Droga, meu coração covarde me pede para abrir aquela porta, entrar em um carro e sair daqui o quanto antes. É sufocante não
Bônus da Lolita Guerra - parte 3.— Onde mais? Ela está fazendo aquilo que mais ama, organizando festas. — Nina fala e nossas risadas se espalham pelo quarto. Alguém bate a porta e Júlia entra logo em seguida com uma bandeja contendo uma garrafa de champanhe e quatro taças.— Oba, estava mesmo precisando disso! — resmungo indo ao encontro da moça.— Só não exagera, mamãe. Você precisa estar sóbria para sua lua de mel no Caribe. — Jude ralha.— Ah, não se preocupe, eu faço questão de estar sóbria, filha! — Brinco e mais risadas se espalham pelo quarto.— E você, não vai beber, Júlia? — Nina indaga, mas a sua amiga faz um gesto desdenhoso.— É que... eu não posso.— Desde quando? — Maya aponta.— Desde que descobri que estou... — Ela para de falar. Contudo, todas olhamos para a sua barriga.— Não! — Nina se afasta imediatamente de mim. — Você está grávida?!— Sim. Não é maravilhoso? — Meu Deus, você e o Yang não perderam tempo! — Nina rebate com humor, elas se abraçam, e logo todas est
Nina — Eu nunca pensei que viveria para ver isso. Nina Guerra, uma agente do tráfico. Você não odiava tudo isso? — Jude comenta com um certo sarcasmo, enquanto caminha pelo galpão onde alguns homens estão abastecendo um caminhão de pequeno porte com alguns quilos. Apenas dou de ombros para a sua observação.— Primeiro, eu não sou mais a Nina Guerra e aquela garota birrenta que você conhecia há tempos já não existe mais.— O que aconteceu com aquela garota que admirava? — Maya questiona, enquanto analisa um dos pacotes do pó, depois o coloca em cima da balança e verifica os números, como se soubesse o que está fazendo. — Ela morreu, eu acho. Não posso negar quem eu sou realmente e nem as minhas origens. E se querem saber a verdade, eu odiava o nosso pai e o Darlan Guerra e não o nosso mundo negro. — A menção desses nomes faz Maya fazer o sinal da cruz repetidas vezes.— Não fale nesses demônios, isso pode trazer maus presságios. — Ela resmunga.— Enfim, o Thor me fez ver que nem todo
Nina — Uma pessoa como eu?— O contrário do que pensei, você é um homem apaixonante e embora muitos temam o dono do morro, você é ao mesmo amado por todos eles. E isso é incrível!— Incrível? — Faço sim com a cabeça.— Você sabe quando ser odiado e temido, mas principalmente sabe quando ser amado também. Quantos homens nesse ramo tem essa vida dupla? — Ele solta um riso baixo.— Vida dupla?— É como eu vejo as coisas. A maioria desses homens deixam o poder subir a cabeça e a crueldade dominar o seu ser. Então eles passam a fazer maldades com frequência não importa a quem e nem o motivo. Eles só fazem, mas não você.— Eu não sou tão bonzinho quanto você pensa, Nina.— Não foi o que eu disse, senhor malvadão. — Dessa vez ele gargalha e depois me beija. — Agora me deixe ir.— Eu vou com você.— Por quê?— Porque estou de folga, dona Fera do morro e quero passar esse dia com você, não importa aonde.— Nesse caso, seja rápido, porque você já me atrasou tempo suficiente — ralho e o empurro
ThorMomentos antes da noite da curtida...— Tudo bem, você quer curtir e dançar com as suas irmãs sem a nossa proteção? Eu aceito! — digo cansado de brigar e como sempre, ela abre o sorriso vitorioso. — Mas, — Ergo o meu indicador e impacientemente Nina revira os olhos para mim. — Terá de usar isso! — Seus lindos olhos petulantes balançam contrariados de mim para o colete.— De jeito nenhum que eu não vou usar esse troço! — Ela rosna irritada. — Thor, isso vai ficar ridículo no meu vestido de alcinhas!— O problema é seu! É usar isso, ou ir para a sala vip. — Minha esposa dá alguns passos em minha direção, porém, permaneço firme no meu lugar, fitando com firmeza o par de olhos perspicazes, que me enfrentam o tempo todo.— Eu não vou usar essa coisa ridícula, Lucas Ferraz! — ralha entre dentes e bate o pé. No entanto, arqueio as sobrancelhas para ela em desafio.— Ótimo, área vip então! — Dou o assunto por encerrado, dando-lhe as costas e largo o colete de qualquer jeito em cima da ca
Thor A noite estamos prontos para sair de casa, porém, não estou de boa. O maldito colete foi mais um motivo mais uma discussão acalorada entre nós, pois Nina está determinada a me desafiar. Contudo, estou preparado para o que der e vier. Primeiro, tomei a liberdade de escolher a boate Lux por ser bem próximo do morto e de difícil acesso. E se ainda assim se aquele escroto do caralho conseguir entrar, tem os meus homens que estão espalhados por todo o salão. Se ele atrever a se aproximar de Nina, eu saberei exatamente o que fazer. Segundo, a estrutura desse lugar é toda de pedra bruta e em cada ponto dele tem uma decoração totalmente medieval com tochas acesas em determinadas partes, armaduras e esperas, entre muitos outros detalhes. E terceiro, as suas luzes foscas somada a fumaça de gelo seco ajuda bastante a observar e perceber qualquer momento lá embaixo sem sermos vistos.E enquanto a minha garota se diverte na pista de dança, fico na área vip fazendo o que eu sei de melhor, est
Thor — E eu posso saber que boa causa é essa? — Ela ergue um pouco o seu corpo, leva uma mão a minha nuca e me puxa para um beijo pequeno, depois outro e mais outro, até torná-lo levemente sensual.— Você. — Nina sussurra em meio ao beijo que gradualmente me deixa aceso. — Fazer sexo com você — sussurra outra vez e eu me pergunto de onde vem tanta energia. — Ser devorada por você. — Puta que pariu! Rosno mentalmente e aprofundo de vez esse beijo infernal.— Você me deixa louco, sabia?— Adoro quando você fica louco! — sibila bem perto do meu ouvido. O meu sangue ferve imediatamente, pulsando violentamente e a minha vontade é de me meter dentro dela de novo.— Nina, não me provoque! — O som rouco da minha voz entrega o quanto estou envolvido nessa sua sedução fora de hora. O fato é que eu não tenho mais tempo e em poucos minutos receberei a visita de um dos homens do governo para uma reunião de última hora.— Ou o que? — Porra de mulher provocadora!— Ou terei de puni-la.— Então me p
Nina O dia amanheceu diferente hoje. Ao invés de acordar com seus beijos e aquele sexo matinal que eu tanto amo, encontrei o seu lado da cama vazio e o meu quarto foi invadido pelas mulheres da casa, inclusive a grávida da Júlia. Elas me forçaram a sair da cama, tomar um banho rápido e nem sequer consegui tomar um gole de café, logo já estávamos na rua. Tudo bem que já é quase dez da manhã e não que eu não goste dos nossos encontros. Na verdade, eu amo esses momentos só de mulheres, mas um assim do nada me deixou com o pé atrás. Quer dizer, mamãe está casada e tem um marido e sua casa para cuidar agora. A Júlia também, só que com quatro crianças para criar e uma gravidez um tanto avantajada, e a dona Helena tem as suas obrigações com os treinamentos na corporação. Tá, nem vou reclamar, pois estava mesmo precisando sair um pouco, comprar coisas e rir dos comentários da mulherada, sobre tudo.— O que deu em vocês? — questiono assim que nos acomodamos no banco de trás do carro e elas co