Gabriel, que tinha uma partida de golfe marcada para aquela tarde, falava com um ar de seriedade fingida.

Clara, não querendo ficar apenas observando, deu algumas instruções a Nicole e saiu com Gabriel.

O quarto do hospital ficou silencioso.

Davi olhava intensamente para Nicole:

— Como você está se sentindo? Há algo que a incomode?

Nicole respondeu:

— Eu quero tomar um banho.

O suor da febre deixava seu corpo pegajoso e desconfortável.

O olhar de Davi escureceu, e ele não disse mais nada, apenas puxou o cobertor e a levantou em seus braços, caminhando em direção ao banheiro.

Lá dentro, ele a colocou na tampa do vaso sanitário, encheu a banheira com água quente e começou a despi-la.

— Eu posso tomar banho sozinha, você pode sair. — Disse Nicole, segurando firme a roupa em seu peito enquanto corava.

Davi arqueou uma sobrancelha:

— Você está fraca, como vai se banhar sozinha? E se algo acontecer, você quer me preocupar de propósito?

— Eu...

— Seja obediente, vou ajudar você a se banhar