DGEnquanto a chuva caia, eu permanecia ali, de joelhos com o rosto no pó sem acreditar em tudo o que tinha acontecido. Foi o pior momento de toda minha vida. O medo invadiu a minha mente e todo o meu corpo. Ali eu sentia que não era capaz de sequer levantar para dar um passo, nem mesmo para ver se a minha morena, a minha vida, a minha Lara ainda estava dentro daquele carro. Com a arma na mão e o meu corpo debruçado no chão desabo completamente. Nem durante as maiores trocas de tiros durante as invasões eu senti tanto medo como nesse momento. Fico assim de joelhos por algum tempo quando sinto uma mão no meu ombro. Logo penso que fosse BN ou um dos fiéis tentando me tirar dali. Balanço o corpo sem olhar para trás e somente consigo dizer ou melhor gritar: — QUERO FICAR SOZINHO! ME DEIXA! — grito em fúria sem olhar pra trás — Mas, DG... Olha... — DN diz, mas não deixo continuar — JÁ DISSE QUE QUERO FICAR SOZINHO NESSA PORRA! TÁ DIFÍCIL DE ENTENDER QUE EU TAMBÉM MORRI BN? — grito ai
DHApós me despedir de geral decido meter o pé dali com a Dani o mais rápido possível. Estava armado e se algum daqueles merdas percebessem iria dar ruim pro nosso lado. E por hoje já bastava de problemas e foi mais do que suficiente tudo o que por pouco não aconteceu. Continuo abraçado à Dani que já estava um pouco mais tranqüila, apesar de estar trêmula por conta do frio que sentia com àquela roupa úmida. Chamei um táxi e entramos no carro seguindo nosso caminho. Dei as informações com o endereço para o motorista e fiquei no banco de trás abraçado à minha morena que deita no meu peito enquanto acaricio seus cabelos. Ela ainda estava assustada, mesmo que tentasse negar, e por isso continuava abraçada ao meu corpo por todo o tempo. Mas logo comecei a acariciar seu cabelo, seu rosto e ela foi adormecendo. Depois de quase uma hora de viagem enfim chegamos ao lugar que ficou eternizado nas nossas vidas. O motorista para o carro e faço o pagamento. Dani havia adormecido no caminho. Ent
DaniDepois de toda àquela situação complicada e aterrorizante, enfim conseguimos ter uns momentos de paz podendo ficar algum tempo sozinhos aproveitando a companhia um do outro. Ficaríamos na pousada por exatamente uma semana, era pouco, mas até conseguirmos dar um fim nesse louco que está tentando nos destruir é o máximo que conseguiríamos ter.Desligamos nossos celulares e ficamos nos amando durante toda madrugada. Quando fomos dormir já passavam das cinco da manhã. Eu estava exausta depois de tudo àquilo que aconteceu, mas demorei muito a dormir. Tive alguns pesadelos com o incêndio, os tiros e também com o olhar tenebroso daquele maldito homem. Mas, como sempre Lucas foi muito carinhoso e paciente comigo. Me deitou no seu peito e enquanto ele acariciava os meus cabelos e orarmos o pai nosso acabei adormecendo sem perceber. Quando despertei já passavam das três da tarde. Passo a mão na cama e percebo que ele não estava ali. Abro os olhos olhando em volta e noto que o chalé esta
DGDepois da noite e madrugada gostosa que tive ao lado da minha morena dormi feito uma pedra. Pela primeira vez desde que nos casamos consegui realmente descansar. Dani teve alguns pesadelos com àquele maldito homem, mas com todo carinho e amor do mundo a fiz adormecer novamente em meus braços. Acordei e já passava do meio dia. Levantei devagar deixando ela descansar um pouco e fui direto pro banheiro tomar um banho. E foi aí que percebi que precisavamos de roupas, além de ter que acertar as coisas no resort. Terminei o banho e vesti a roupa da noite anterior. Peguei a carteira, o celular e dei um beijo na Dani saindo do chalé para resolver essas coisas. Acertei todas as papeladas na recepção e deixei pago a nossa semana por lá. Falei que precisava de um carro alugado por esse tempo, então o funcionário do resort providenciou logo um veículo que em menos de quarenta minutos chegou. Entrei no carro e segui até o centro da cidade de Petrópolis onde tinha várias lojas de roupas. Comp
LINCE Não sei o que está acontecendo comigo, mas parece que um peso gigantesco saiu das minhas costas depois de tudo o que aconteceu naquele bar. Até agora não consigo entender como fui me enganar tanto com àquele homem e cair no seu jogo de vingança contra um sujeito que ele sempre invejou. Sempre fui muito mente aberta, mas parece que a cegueira e a carência pela falta de amor de um pai tomaram conta da minha vida durante esses longos anos. Mesmo sabendo que Pantera nunca seria pai de ninguém eu me deixei levar e não ouvi os conselhos da minha mãe e nem de Judite. Por isso sofri e continuo sofrendo pelas escolhas erradas que fiz. Por puro rancor e ego ferido depois de tudo o que passaei nas mãos de Cristine e de seu pai me tornei quem sou somente para monstrar que nunca fui somente àquilo que jogaram na minha cara. Me envolvi nessa merda de seita que nunca me serviu de porra nenhuma, a não ser para me tornar um monstro capaz de destruir tantas pessoas inocentes. Hoje me tornei um h
LinceGuardo o celular no bolso, fecho os olhos e encosto a cabeça na poltrona do carro tentando manter o controle depois do que havia acabado de ouvir. Fico assim por algum tempo até ouvir a voz do jacaré que me faz voltar a si.— Quer que guarde o carro Lince?— Cadê o Taurus?— Ele desceu dois pontos atrás antes de chegarmos no morro. Tu ficou tão tonto depois dessa ligação que nem percebeu o carro parando e o cara agradecendo a carona Lince. Essa mulher mexe contigo e bagunça tua mente legal cara. E aí rapá, guardo a carreta ou não?Penso por alguns segundos e logo respondo:— Sai fora do volante Jacaré! Cuida de tudo aí na minha ausência e fica ciente que dependendo do que rolar hoje tu subirá de posto. — Subir de posto? Mas, sou chefe dos seguranças cara e o único posto maior do que esse séria o de sub ou de ...— Chefe do morro! É isso aí Jacaré, fica ciente de que se Cristine e eu firmarmos compromisso eu largo isso tudo sem pensar duas vezes. Meto o pé daqui e deixo tudo pra
1 mês depoisCristineHoje completam exatamente um mês que estou vivendo os dias mais felizes e incríveis de toda a minha vida. Sempre sonhei com o dia em que pudesse reencontrar o meu grande amor novamente para que pudessemos por um fim no nosso passado e podermos enfim formarmos a nossa família almejando um futuro diferente.Flávio me pediu em casamento e óbvio que aceitei. Não desejei festa ou nada extravagante. Tudo o que eu queria era me unir pra sempre com o homem que por toda minha vida esperei. E hoje estou realizando o nosso sonho e estamos nos casando no Civil. Um casamento simples, sem luxos ou aglomerações. Mas, cercado de amor, carinho, companheirismo, amigos leais, verdadeiros e acima de tudo de Deus. Estou usando um lindo vestido branco na altura dos joelhos com mangas curtas e algumas pedrarias no busto que deixam ainda mais lindo e delicado. Meu cabelo está meio preso cheio de cachos nas pontas e com um arranjo delicado na lateral. Seguro um buquê de azaleias que de
Cristine — Está tudo bem por aqui amor? — pergunto olhando em volta — Está sim minha vida. Por que a pergunta? — ele questiona enquanto abre a porta para entrarmos e puxa minha cadeira— Porque está tudo tão tranquilo por aqui e nesse horário era para estar com o movimento um pouco diferente. Não acha? — questiono acariciando o seu rosto— Isso era o que deveria estar realmente acontecendo se eu não tivesse reservado todo o restaurante hoje somente para nós.— Flávio???? Não acredito que fez isso amor. Mas, por que amor? — Porque esse é um momento nosso, da nossa família e dos nossos amigos. Por essa razão não gostaria que tivesse estranhos próximos à nós. Primeiro por nossa privacidade e segundo por total segurança. Pois, você sabe como as coisas funcionam. Quanto mais dinheiro e poder nós temos, maiores são o número de inimigos. — ele diz acariciando meu rosto e me dando um beijo suave— Você está certo amor, mas temos tão poucos amigos por aqui. Nem mesmo Ricardo e sua família