Quando a noite caiu, comecei a me preparar para o jantar, tomei banho e me arrumei rapidamente, fiz uma maquiagem leve, nos cabelos fiz um moicano com rabo de cavalo alto e sem sucesso novamente tentei esconder a mecha bizarra, ao menos ninguém disse nada a respeito hoje cedo. Guardei minhas coisas, comecei a arrumar a cama e tudo que ficou fora do lugar. Batidas à porta me assustaram.

— Olá, posso entrar? — a mãe de Nickolae disse. Seu sotaque era mais arrastado do que o dos meninos.

— Claro, a casa é sua — fui pega totalmente de surpresa, será que ela me expulsaria daqui a pontapés? Lembrei imediatamente daquelas cenas de novelas onde as famílias são contra o romance dos casais protagonistas e dizem um monte de coisas horríveis.

— Você está muito bonita — me elogiou e vi lágrimas surgirem em seus olhos novamente. Engraçado, sua presença me fazia sentir bem, acho que a saudade da minha mãe está me deixando louca.

— Obrigada, a senhora está bem? — fiz menção a me aproximar, contudo,