FernandaNão sei por quanto tempo ficarei presa nessa lugar e menos ainda qual será meu destino, já que o meu carrasco está muito longe de ter qualquer tipo de atitude humana ou alguma intenção de me libertar desse cárcere que com muita cautela ele arquitetou. Diante de mim a imagem do próprio demônio observava atentamente todos os meus gestos, expressões faciais e até cogitava a possibilidade de que conseguisse ler os meus pensamentos. E se isso fosse realmente possível, com toda certeza, não estava gostando nem um pouco de tudo o que dizia sobre ele. Sim! Quem estava diante de mim era Brutus, um mercenário com uma expressão horripilante, trajando sua roupa negr#, com seu olhar sombrio e sua face marcada por uma cicatriz que o deixava cada vez mais assustador. Se é que isso era possível. Ele me observava como uma fera salvagem que aguardava apenas a ordem e o momento exato para me exterminar. Meu corpo inteiro estava arrepiado e meu coração acredito que já estava a ponto de parar a
PietroO tempo estava correndo e junto à ele a vida da Fernanda se esvai por entre os ponteiros desse relógio no meu pulso direito que eu não parava de olhar por um instante sequer. Estávamos a caminho do endereço em que foi localizado o celular que Fernanda usava no momento em que foi sequestrada pelo desgraçado do Domenico. Minhas mãos suavam frio, meu corpo inteiro estava tremendo e meu coração só faltava saltar do peito de tanta angústia que estava sentindo. Eu conhecia muito bem as artimanhas de Domenico e que para ele conseguir o que desejava seria capaz de tudo, até mesmo assassinar pessoas inocentes, como fez com Ariela e agora tenta fazer com Fernanda.Mas se ele imaginava que eu iria recuar estava muito enganado, dessa vez seria diferente e eu estava disposto a enfrentar todas as consequências para ter a minha mulher em meus braços de volta sã e salva.Encaro meu pai que parecia agitado com tudo o que estava acontecendo e aproveito o momento que estávamos á sós dentro daquel
Pietro A minha mente estava um turbilhão e eu não conseguia pensar em nada além de descobrir o cativeiro em que Fernanda estava e por essa razão acabei esquecendo completamente que hoje às dez horas da manhã a minha sogra receberia alta. Olhei para o relógio e já haviam passado trinta minutos do horário estipulado pelo médico. Maldição! O que eu faço agora? Não tenho nenhuma condição de ir buscar a minha sogra sem a Fernanda ao meu lado, óbvio que ela desconfiaria a ausência da filha justamente no dia mais importante para ambas. Eu precisava pensar no que fazer e isso tinha que ser rápido, porque tudo o que eu menos tinha era tempo para perder. Então depois de alguns instantes decido procurar a única pessoa que poderia me ajudar nesse momento. — Eloá! — com rapidez falo ao celular— Pietro! E então, alguma notícia sobre a Fernanda? — a voz de Eloá soa preocupada, pois ambas se deram muito bem logo de início o que facilitou o nascimento de uma grande amizade e a falta de notícias d
FernandaEu não tinha a mínima noção do tempo que estou presa nesse lugar nojento e só percebi que já estava amanhecendo porque uma fresta de luz surgiu ao longe por debaixo do portão gigantesco daquele galpão. Domenico depois daquela aparição monstruosa havia desaparecido e o único que não saia do meu encalço era aquele mercenário horripilante do Brutus. Esse sujeito me causava calafrios e apenas pelo olhar que ele lançava em minja direção tinha a certeza absoluta que estava louco para terminar o seu serviço. Continuo suplicando à Deus em silêncio por sua misericórdia e que um milagre acontecesse em minha vida. Pois eu tinha certeza absoluta que somente um milagre me faria sair viva daquela situação. Brutos era o meu carrasco, contudo a mente perversa e desumana por trás desse plano macabro tinha outro nome e sobrenome, Domenico Grecco. Um maldito louco que na sua mente doentia acreditava que eu realmente era culpada de alguma coisa e na realidade eu duvido muito que alguém além del
PietroDesde que Fernanda caiu nas garras do maldito Domenico, que eu me sinto como se estivesse preso à uma cena de guerra cercado por minas terrestres e que a qualquer momento eu daria um passo em falso e tudo iria pelos aires. O tempo corria e com ele o meu desespero só fazia aumentar. Faltava apenas uma hora para findar o prazo que Domenico havia nos dado para entregar toda a nossa fortuna e a presidência da organização em suas mãos. E durante esse tempo eu só ouvia falar sobre táticas, planos de ação e nada além de conversas sem sentido. Eu já estava a ponto de enlouquecer com toda essa espera. Tudo o que eu queria era sair daqui e colocar abaixo aquela porr# toda e trazer a minha mulher de volta pra casa. Mas não poderia fazer isso, não antes de conseguir resgatar a minha sogra das mãos da maldita Anna e aí sim, com ela segura não pensaria em mais nada e ninguém me impediria de buscar a minha mulher. Enquanto observava a sala de reuniões, repleta de homens, entre eles meu pai,
"LEPRE INTRAPPOLATA NELLA GABBIA!"("LEBRE PRESA NA GAIOLA!")***********************Pietro Olhei para o relógio em meu pulso e confirmo que nos restavam apenas trinta minutos para enfim todo esse tormento acabar. Por precaução decido levar a minha sogra para a mansão, lá eu tinha certeza que ela estaria protegida de qualquer investida do maldito Domenico e assim eu poderia seguir nossos planos para resgatar a Fernanda e enfim termos a nossa tão merecida paz. Marco agilizou o transporte e apenas quando recebi o telefonema de Eloá, afirmando que Celina estava em segurança eu pude seguir em direção ao galpão e resgatar a Fernanda. Enchemos cinco carros com quatro homens fortemente armados em cada um deles. Éramos vinte homens por terra e tinham mais quatro snippers já posicionados em torno do galpão onde minha mulher era mantida em cárcere, já avisados que qualquer movimento por parte de Domenico e se ele estivesse na mira ou Brutus era para atirar sem pestanejar. Minha intenção a p
FernandaO medo que eu senti ao ver minha mãe nas garras daquela louca da Anna foi tão grande que não suportei e acabei desmaiando outra vez. Eu estava cada vez mais fraca e vulnerável, e tinha a sensação de que a qualquer momento poderia ser o meu fim. Já estou a muitas horas sem me alimentar ou sequer beber água. E agora presa a essas correntes e jogada no chão desse galpão imundo, tinha certeza que não suportaria por muito mais tempo. Tento abrir os olhos, mas percebo que estava com uma venda. Por que isso agora? Será que estão me preparando para a minha execução?Com certeza estava sozinha, pois o silêncio era estarrecedor. Tento manter o controle, mas não sabia por quanto tempo isso seria possível. Será que Pietro não vai ao menos tentar me resgatar? Será que tudo o que o monstro do Domenico disse sobre eu não ser importante para Pietro é realmente verdade?E aquilo que ouvi antes de desmaiar, do parentesco de Pietro com Domenico, será verdade ou outra jogada suja daquele de
PietroCom Fernanda inconsciente em meus braços encaro àquele que antes era um grande rival e agora se tornou um aliado, após tal iniciativa de ceifar a vida de Brutus para salvar a minha e da Fernanda, Luan consegue dar mais um passo a frente de conquistar a sua redenção e também a minha confiança. — Obrigado! Estou em dívida com você. — falo agradecido e Luan ainda com a arma em punho passa pelo corpo gélido de Brutos no chão banhado por uma poça formada com seu próprio sangue— O que fiz é muito pouco para apagar todo o mal que causei a vocês. Só desejo do fundo do meu coração que tudo isso tenha fim e que vocês possam ser felizes, pois merecem. Fernanda se movimenta em meus braços, e com dificuldade abre os olhos, e pouco a pouco consegue ver Luan bem a sua frente. Ela se assusta, pois sua aparência ainda não é das melhores, mas o capuz que usava escondia as suas cicatrizes. — Luan? O que faz aqui? — Fernanda estava fraca e sua voz sai falha — Não me diga que estava envolvido n