A noite está densa, carregada de um silêncio inquietante que parece vibrar sob a pele de Jonathan. As luzes da boate ainda piscam em sua mente, ecos de uma diversão vazia que já perdeu o sentido. Ele sai sem que os amigos percebam, cada passo firme, decidido, como se algo o puxasse para um destino inevitável. Seu corpo pulsa com adrenalina, mas sua mente? Sua mente está em Marta. Sempre nela.O caminho até a mansão é um borrão. Ele só percebe que chegou quando a porta se fecha atrás de si, cortando a escuridão lá fora. E então a vê. Ali, adormecida no sofá, a respiração calma, os lábios entreabertos. O baby doll fino desenha sua silhueta, revelando mais do que esconde. A alça escorregada expõe o ombro delicado e o sei0 arrebitado, a barra levantada deixa a pele macia brilhar sob a luz amarelada da luminária. Jonathan sente um nó no estômago. O desejo é brutal, primitivo, mas há algo mais: uma necessidade crua de possuí-la, de marcar seu território de uma vez por todas.Sem pensar, ele
A noite envolve o quarto em um manto de penumbra, e o ar vibra com uma eletricidade quase palpável. Marta sente cada célula do seu corpo em alerta, uma mistura de nervosismo e desejo pulsando sob a sua pele. O coração bate forte, ecoando no silêncio que os cerca. Seus olhos encontram os de Jonathan, e ali, naqueles orbes escuros e intensos, ela vê um mundo de promessas não ditas.— Sim, Jonathan. Eu quero você... — Sua voz sai suave, mas carregada de certeza.As palavras dela são como fogo líquido derramado na alma de Jonathan. Ele fecha os olhos por um breve instante, tentando conter a avalanche de emoções que o invade. Quando volta a encará-la, Marta sente seu corpo tremer em antecipação.Ele a beija, e esse não é um beijo comum. É um beijo de posse, de entrega, de um homem que há muito esperava por aquele momento. Suas mãos percorrem o corpo dela com reverência, memorizando cada curva, cada tremor, cada suspiro entrecortado que escapa dos lábios entreabertos de Marta.Ela arqueia s
Jonathan não consegue conter a avidez que o domina, mesmo sabendo que é a primeira vez de Marta. Seus lábios buscam o sei0 dela, a pele macia despertando nele uma fome antiga e profunda. A ponta da língua desliza em círculos lentos enquanto seus dedos exploram suavemente o botão sensível entre as pernas dela. Marta arqueia o corpo, um gemido agudo escapando de seus lábios, e ele para, a preocupação relampejando em seus olhos.— Está tudo bem, meu amor? — sussurra, a voz carregada de ternura, acariciando o rosto dela com a ponta dos dedos.— Sim, Jonathan. Estou bem — responde ela, um sorriso trêmulo dançando em sua boca, mesmo com os resquícios da dor inicial.Ele franze o cenho, ainda receoso.— Tem certeza? Está... dolorida? — insiste, os dedos traçando a curva de sua cintura, a ansiedade nítida em cada palavra.Ela balança a cabeça lentamente, seus olhos colados nos dele.Então, como se quisesse dissipar qualquer dúvida, Marta puxa Jonathan para um beijo profundo. Seus lábios se f
A luz suave da manhã invade o quarto, atravessando as cortinas com delicadeza, trazendo promessas não cumpridas. Marta já está desperta, sentindo o peso da noite anterior em seu corpo. Há uma mistura de dor e prazer marcando a sua pele, um lembrete do que aconteceu entre ela e Jonathan. Mas o amanhecer trouxe consigo um silêncio cortante, que fere mais do que qualquer palavra dita.Jonathan a possuiu com intensidade, e ela se entregou sem reservas. Agora, deitada sozinha na cama, percorre os dedos pelos lençóis ainda bagunçados, sentindo o cheiro dele misturado ao seu. Um sorriso discreto curva seus lábios antes que um pensamento incômodo a atinja: como ele reagirá hoje?Respirando fundo, Marta se levanta, encara seu reflexo no espelho e se permite um momento para reviver cada toque, cada gemido sussurrado na escuridão. O calor que se espalha por seu corpo é inevitável. Mas ela não pode se perder em devaneios agora. Ela se levanta devagar, sentindo a sensibilidade em cada movimento.
O som ritmado dos saltos de Marta ecoa pelo shopping lotado, mas não o bastante para sufocar a tempestade que ruge dentro dela. Seu coração deveria estar pesado, dilacerado pela frieza de Jonathan naquela manhã. No entanto, o que ela sente agora é uma combustão de orgulho e decisão. Se ele quer agir como se a noite mais intensa da vida deles não tivesse significado nada, então que fosse. Ela também saberia jogar esse jogo.Sem olhar para trás, ela adentra uma loja de eletrônicos e escolhe um celular novo. Depois, segue para uma boutique e pega algumas roupas, sapatos e bolsas. Cada sacola que acumula é um lembrete silencioso, hoje ela pode cuidar de si mesma. Jonathan pode ter roubado sua inocência, mas não roubará a sua dignidade. O almoço na praça de alimentação tem um gosto especial, de liberdade. Pela primeira vez em muito tempo, ela não se apressa para voltar. Na verdade, decide que não voltará. Não agora.Enquanto isso, a poucos quilômetros dali, Jonathan Schneider atravessa o d
A casa está vazia, e Jonathan sente o peso desse silêncio mais do que jamais imaginou. Marta se foi. Não deixou bilhete, não atendeu suas ligações, simplesmente desapareceu como um fantasma que ele não consegue exorcizar. Ele percorre os corredores, abre portas, verifica as câmeras, revira a casa como se pudesse encontrar vestígios de sua presença. Mas tudo o que resta é o vazio. E ele odeia isso. Odeia o fato de que a ideia de perdê-la o atormente mais do que qualquer outra coisa.Eduardo não aguenta ficar parado. Está ansioso, impaciente, e decide agir.— Eu vou atrás dela — diz, pegando as chaves do seu carro.Jonathan assente, mas alerta:— Deixe o seu carro aqui, leve um dos blindados. Não sabemos o que pode acontecer, ou onde você pode se enfiar atrás dela, sei até onde onde você é capaz de ir para proteger alguém que você gosta.Eduardo sorri de canto, já imaginando que Marta tem um plano e que Jonathan não faz ideia do que o espera. Assim que cruza os portões da mansão, ele nã
Jonathan nunca sentiu nada assim antes. A irritação em seu peito não é só desconforto, é um incômodo corrosivo que o faz cerrar os punhos sobre a mesa. Marta está em casa, ele sabe disso. Mas o que o enfurece é a maneira como ela se move com naturalidade, como se ele fosse insignificante. O desprezo dela pesa mais que qualquer insulto, e Jonathan não consegue entender como ela assumiu esse poder sobre ele sem que ele percebesse.Ele está no grupo Schneider, mas a sua mente está em casa, junto a mulher que está acabando com a sua sanidade mental.Eduardo, encostado na parede da sala da presidência, observa tudo com um meio sorriso. Jonathan estreita os olhos para ele.— Você sabia onde ela estava, não sabia? — Jonathan pergunta, a voz carregada de acusação.Eduardo cruza os braços, sem pressa.— Sabia. Mas não vou trair a confiança dela. Assim como nunca trairia a sua.Jonathan estuda o amigo por um momento. Eduardo é leal, isso ele não pode negar. Um raro senso de respeito cresce dent
O silêncio que paira entre eles é tão denso que poderia ser cortado com uma faca. Marta permanece imóvel junto à janela da cozinha, o reflexo do vidro espelhando sua expressão de mágoa mal disfarçada. A memória da noite de amor ainda pulsa em seu corpo, cada toque, cada sussurro, cada momento de entrega total, contrastando cruelmente com o vazio que encontrou ao acordar sozinha na cama dele. Sua memória lembram as cenas íntimas daquela primeira vez, uma dor suave que, longe de ser desagradável, serve como lembrança constante do que compartilharam. Ela suspira, relembrando como se aventurou de volta para seu próprio quarto nas primeiras horas da manhã, carregando consigo a secreta esperança de que, quando ele descesse, tudo seria diferente. Que ele a tomaria nos braços, que confirmaria com um beijo que a noite não havia sido apenas um interlúdio sem significado.Jonathan tenta iniciar uma conversa, mas ela desconversa, claramente nervosa e sem saber como agir. O desejo é palpável entr