Anthony narrando Tava dirigindo feito um louco, o volante na mão e a raiva no peito. O celular no viva-voz, e a voz do segurança explodindo do outro lado.Ligação On— Tenente, tão tentando invadir a minha casa. Quero um batalhão lá , vou mandar localização. Não é qualquer um. Um tal de Vinícius… tá com gente de São Paulo.— Eu já imaginava. Estou de olho. Estou chegando.Ligação Off Desliguei e já mandei mensagem pros meus amigos da polícia. Gente que cresceu comigo, gente que sabe quem eu sou e o que eu defendo. Liguei pro Afonso, velho parceiro da corporação.— Afonso, preciso de reforço agora. Tentaram invadir minha casa. É bandido de fora, paulista. Um tal de Vinícius. Perigoso, envolvido em tudo quanto é coisa suja.— Tô mandando uma viatura agora. E eu tô indo também.Quando cheguei na rua da casa, já tinha movimentação. Vinícius tava dentro do carro, se achando o dono da situação. Assim que parei o carro, desci andando com sangue nos olhos. Já abri a porta e puxei ele de den
Ana Kelly Narrando Eu tava deitada de lado, abraçada no travesseiro, tentando entender o que sentia… raiva, tristeza, medo ou essa confusão que o Anthony plantava dentro de mim. O quarto tava silencioso, mas meu coração não parava. De repente, senti o colchão afundar atrás de mim e o corpo dele colar no meu. Levei um susto, dei um pulo.— Calma… sou eu, ele sussurrou no meu ouvido, puxando meu corpo todo contra o dele.O braço dele passou pela minha cintura, me apertando com força. Depois, os lábios desceram pro meu pescoço, espalhando beijos lentos que me fizeram arrepiar.— O que tá acontecendo? O que você fez? O que houve com o Vinícius? — minha voz saiu baixa, insegura.Ele parou por um segundo, mas a tensão no corpo dele entregou tudo. A respiração ficou mais pesada, os dedos apertaram ainda mais a minha cintura.— Que tanto você quer saber desse merdä, hein? O que é meu, eu cuido. E eu cuidei. — o tom era carregado, mas frio. Cru.— Eu só perguntei… não quero brigar. — falei de
Anthony Narrando Ela abriu as pernas. Devagar, contrariada, mordendo os lábios pra não se entregar de vez. Mas eu vi nos olhos dela… o corpo já tinha cedido, só faltava a boca aceitar. Com uma mão abaixei o cós do short, com a cueca é tudo, fazendo ela sentir meu paü duro.— Isso… assim que eu gosto — murmurei, encaixando meu quadril no dela, esfregando a cabeça do meu paü devagar entre os lábios dela, só pra provocar. — Tu sabe o quanto eu esperei por isso aqui? Ter você aqui na minha cama.— Anthony…— Shhh… — segurei o rosto dela entre minhas mãos, forçando o olhar dela pro meu. — Olha pra mim. Foge não. Eu quero você inteira, porra. Corpo, alma… até essa tua teimosia do caralho.Ela virou o rosto pro lado, tentando fugir do que sentia. Eu ri. De canto. Sem paciência.— Quer me ignorar? Beleza. Mas teu corpo já me respondeu. Tu gemeu meu nome com gosto, Kelly. E eu vou fazer você gozar de novo. E de novo. Até entender que é minha.Enterrei devagar, até o fim. Sentindo cada contraç
Vinícius Narrando Me jogaram dentro da pørra do carro. Ninguém perguntou nada, só obedeceram o que aquele desgraçado mandou. Cheguei tomado pelo ódio. Minha vontade era partir pra cima de todo mundo, mas eram muitos. Tentei pensar na Ana Kelly, na Brenda, até na Bárbara... mas nem isso adiantava. O ódio me consumia por dentro.— Eu vou sair dessa merdä, vocês vão ver! — gritei, tentando me soltar dos dois policiais que me arrastavam pra dentro da delegacia de Portalegre.— Vai gritar menos, ô paulista de merda, — um deles falou, empurrando meu ombro com força. — Aqui não é tua quebrada, não.— Anthony vai pagar por isso, eu juro por Deus que ele vai pagar!— Quem vai pagar é tu, irmão. E com juros. Aqui tu vai conhecer o que é cadeia de verdade.Me jogaram contra a parede, tiraram foto da minha cara com aquele flash na minha cara, e depois mandaram eu levantar os braços.— Nome completo? — perguntou a mulher atrás do balcão, com desdém.— Vinícius dos Santos Silva, — respondi entre d
Estevão NarrandoO portão rangeu quando eu empurrei. A casa da Karen tinha aquela aura bagunçada de gente livre, cheia de planta, som de MPB ao fundo e cheiro de incenso no ar. Sempre que eu vinha, ela me recebia daquele jeito dela, meio debochada, meio intensa. Mas hoje... o clima está diferente.— Finalmente apareceu, hein — ela falou, encostada na parede da sala, uma taça de vinho na mão, só de shortinho e camiseta larga. — O rei do sumiço.— Tava resolvendo umas merdäs. Cadê o sorriso? — soltei, tentando aliviar, mas ela só apontou com a cabeça pro sofá.— Senta aí. Tem coisa que você precisa saber.Eu estranhei o tom. Sentei. Karen veio andando devagar, parou na minha frente, cruzou os braços. O olhar dela tava sério.— O Anthony... você sabe que ele pegou a Ana Kelly, né?— Como assim “pegou”? — franzi a testa, já sentindo o sangue subir. — Ele tava atrás dela, mas não sabia que ele tinha voltado aqui.— Voltou. E levou ela pro castelo dele. Trancou. Como se ela fosse um objeto.
Karen Narrando Eu sentia o corpo dele colado no meu como se tivesse sido feito sob medida. A pele quente, o cheiro amadeirado misturado com vinho... Estevão me deixava fora do eixo. E por mais que ele tivesse chegado nervoso por causa do Anthony, agora, tudo que existia ali era a gente.— Quero minha pretïnha toda peladïnha — ele murmurou, tirando minha roupa com calma, enquanto eu me derretia toda, manhosa, deixando ele me despir do jeitinho que queria.— Sou toda sua, meu gostosão — sussurrei, puxando a camiseta dele pra cima, revelando aquele peitoral que me deixava louca. Ele deu um sorriso safadø e desabotoou a calça, deixando ela escorregar pelas pernas, sem pressa, como quem sabe que manda no jogo.Ele me puxou pro banho, mas nem deu tempo de pensar em água quente ou sabonete cheiroso. O corpo dele colado no meu já era o suficiente pra me deixar molhada — e não era de chuveiro. A tensão que veio desde o sofá explodiu ali, com as mãos dele me apertando, a boca percorrendo meu p
Karen Narrando — Gostosão, tu sabe que eu fico toda molhadinha quando tu me olha assim, né? — falei mordendo o lábio, sentindo o corpo arrepiar só de ver aquele olhar cheio de desejo.Ele me puxou pela cintura com firmeza, colando nossos corpos. A pele dele tava quente, o cheiro dele misturado com o do vinho me deixava ainda mais entregue.— E tu sabe que quando fala assim, minha vontade é te virar de costas e fazer tu esquecer até teu nome, né? — ele sussurrou no meu ouvido, me arrepiando até a alma.— Então faz, pørra. Para de ameaçar e faz logo — desafiei, passando as unhas pelas costas dele.Ele me virou de costas com firmeza, colando meu corpo no dele, uma das mãos firme na minha cintura e a outra deslizando pela minha barriga, me deixando toda arrepiada. Senti ele encostar a boca no meu pescoço, e um arrepio correu da nuca até o pé.— Olha pra mim, Karen... — ele pediu, me virando devagar de novo, só pra colar nossas testas, os olhos dele cravados nos meus. — Quero ver tua cara
Brenda Narrando Tô com 25 anos nas costas e a sensação de que perdi tudo. Um metro e sessenta de corpo marcado por um amor que me destruiu. Cabelo escuro, liso, sempre preso de qualquer jeito porque ele dizia que eu não precisava me arrumar. Olhos castanhos escuros que já choraram mais do que qualquer filme triste por aí. E por quê? Por ele. Por Vinícius.Desde que ele entrou na minha vida, foi só ele. Eu não estudei, não trabalhei, não vivi. Ele não deixava. Sempre dizia que o mundo lá fora era perigoso demais pra mim, que era melhor eu ficar quietinha em casa. Trancada. Sozinha. Esperando ele voltar do “trabalho”.Mas hoje, eu descobri o motivo de tanta proteção. A verdadeira razão pra me manter presa entre quatro paredes, igual uma boneca esquecida numa prateleira alta. Vinícius tava saindo com aquela loira oxigenada, peituda, que trabalha com o Anthony. Descobri pelo WhatsÄpp dele que ele esqueceu desbloqueado. As mensagens tavam todas lá, explícitas, escancaradas. "Saudade do te