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Balancei a cabeça.

-Você está bêbado, Max.

-Eu sei, mas não sou cego. Me perdoe.

-Por que eu deveria? É melhor não me contar nada. Conversaremos amanhã de manhã. Venha, você vai tomar uma ducha fria.

Ele obedeceu com relutância.

Ele terminou de se despir no banheiro. Quando o vi sob a cascata de água fria e ele conseguiu se segurar sem hesitar, voltei para o quarto. Peguei um livro no criado-mudo que às vezes eu lia à noite quando não conseguia dormir. Naquela noite, o motivo de minha insônia era diferente.

Ela tomou um banho muito longo. Ele apareceu com uma toalha amarrada nos quadris, dirigindo-se ao vestiário, sem olhar para mim. Dei um suspiro alto. Ele levou mais meia hora para sair, vestindo uma camiseta. Foi até a outra extremidade da cama e se sentou na colcha, de costas para mim.

-Eu despedi o Baker, todo esse tempo ele estava me olhando como se eu fosse um idiota. A mãe dele mora na Pensilvânia, ela não tem câncer, e a irmã dele faleceu há alguns meses. Eu sei que dev
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