11

Fechei as pálpebras e soltei um suspiro. Em seguida, abri a porta e entrei.

A mesma sala se deteriorou com o tempo. O azul antigo havia perdido sua intensidade. Os móveis e as portas que davam para a varanda estavam desgastados. Lembrei-me de que nunca havia aberto as portas de correr que davam para a varanda.

Pela primeira vez, me atrevi a caminhar até lá. Encontrei pincéis, tintas e um cavalete em frente a um pequeno banco.

Engoli com força, certo de que tudo aquilo pertencia ao falecido irmão de Max. Então me dei conta de que as muitas vezes em que vi Marie falando sozinha eram alucinações. Ela ainda estava apegada ao filho, ao que ele havia sido.

Os Copperfields queriam preencher o vazio deixado por Máximo, então me adotaram.

Agora a pergunta era: por que Máximo morreu? Ou... quem matou Máximo?

Eu seria o culpado pelo que aconteceu, Marie?

-Eu lhe contarei no devido tempo, Emireth.

As palavras de Max ecoaram em minha cabeça.

Bufei e saí apressadamente da sala escura. Não pen
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