NOAH E A QUEDA DO AVIÃO

  Noah mais uma vez tem de ir a capital do país acertar negócios detesta isso.

  Tem de ir de avião.

  Por mais que o piloto já trabalhe a anos para a empresa que criou Noah não gosta de estar em veículos que não seja ele a manejá-lo, e ele não pilota aviões.

  Viajar para ele é rotina, mas essa rotina está ficando muito cansativa.

  Já sonhou muito com viagens nacionais e internacionais no passado, mas hoje isso é mera obrigação o que faz tudo perder a graça.

  Ele sonha estar um dia em um patamar tal que não precise viajar tanto, mas enquanto esse dia não chega, tem de ir em frente.

  Noah já tem quatro filiais de sua empresa de massas no país e uma delas é na capital do país, a matriz é em Goiânia uma filial em Belo Horizonte, Uma em São Paulo e outra no rio de Janeiro.

  Vive na ponte aérea apesar de detestar voar.

  Vem de uma família abastada estudou nos melhores colégios

De São Paulo sempre morou em bairro nobre, mas foi sua empresa de massas que abriu tão logo se formou em economia que deu a ele sua fortuna.

  O pai deu a ele o ponta pé inicial emprestando o dinheiro para abrir a matriz em Goiânia, onde ele tinha sido estagiário pela faculdade em uma empresa do ramo e tinha se convencido que era bom no assunto e estava correto pois a empresa dele se saiu muito melhor que o antigo patrão.

  E ele devolveu o pai em seis meses duas vezes o valor do empréstimo.

  Ele vem de uma família unida e que se apoia em tudo.

  São muito tolerantes entre os membros da família deixando cada um escolher o lado que lhe chamar mais atenção na vida seja o do bom caráter ou o do mal caráter.

  Noah é um ser humano bom caráter, muito sentimental e alegre gosta da vida sabe viver.

  Ele nunca teve fobia de nada, contudo viajar de avião ultimamente lhe traz a estranha sensação de que há algo errado em estar ali.

  Nesta quarta feira ele tem uma reunião, e tem de ir no avião particular da empresa.

  Ao acordar pela manhã sentiu necessidade de caminhar, e quando estava andando viu um menino em seu caminho que brincava com um avião de brinquedo e dizia vrum, vrum, de repente ele gritou, vrum e ele caiu, e fez bum.

  Ele olhou a criança e sorriu.

  Ao chegar no escritório da empresa olhou a hora e fez a conta se dava tempo de chegar de carro de Goiânia a Brasília fez a conta do tempo são oito da manhã e à reunião é as dez e meia não dá mais para ir de carro.

  Ele vai para o campo de pouso do avião as nove horas, chega com meia hora de antecedência, antes de embarcar telefona a seus pais e conversa muito com eles e diz que os ama muito.

  Ao desligar pensa em uma antiga namorada sente vontade de ouvir sua voz e liga a ela e conversa por dez minutos.

  Quando o piloto chega e começa preparar o voo, ele ainda está no telefone com a agora amiga.

  Ele entra no avião cumprimenta o piloto e conversa um pouco antes de levantar voo.

  Cinco minutos após levantar voo o avião faz um som muito alto, que nenhum dos dois sabe o que é.

  O tempo de viagem que é de quarenta minutos será interrompido com a queda do avião que começa a perder altura depois do som.

  Eles caem.

  O avião não chega no destino na hora marcada e os funcionários em terra, sabem que algo aconteceu com eles, pois sabem que eles decolaram.

  Já dão o alerta do desaparecimento da aeronave.

  Passa um dia, dois e nada.

  Vão em busca na mata entre as duas cidades e localizam partes de uma aeronave.

  Em terra tudo está assustador nesse momento os celulares quebraram na queda, piloto e passageiro, estão muito machucados, porém vivos.

  Conseguiram se desencilhar da aeronave, mas não tem condições de sair dali pois estão feridos e com muita dor para caminhar.

  Na mata tem uma jovem, que passou a noite por ali, pois é moradora de rua, e não tinha um local seguro para passar a noite, resolveu dormir na mata.

  Ela toma banho no rio acha umas bananeiras, come umas frutas delas e põe umas na mochila que tem seus artesanatos

e resolve ir beirando o rio para a cidade afina ela não tem horários a cumprir nem dia, para chegar.

  Ela tem o que comer, dá para andar por ali.

  Anda uns três quilômetros pela mata e se depara com os destroços do avião.

  Ela olha admirada e diz pesando alto.

  Olha que legal um avião.

  Será que morreu alguém?

  Tomara que eu não encontre um corpo, Deus me livre, diz se benzendo.

  De repente olha para frente e vê dois homens ensanguentados e rindo, ela grita, Jesus, tem dois caras cheios de sangue ali, e rindo.

  Morto ri?!!!

  O piloto diz, mortos não tem corpo moça, estamos vivos ainda.

  Como é o nome de vocês, diz ela com voz trêmula.

  Eu me chamo Alberto, e eu Noah e você, moça?

  Eu me chamo Lara.

  Hum, que nome bonito.

  Quantos anos tem?

  Trinta.

  E vocês dois, eu tenho trinta e cinco diz Alberto e Noah, eu vinte e nove.

  Faço trinta amanhã, se eu chegar vivo até lá.

  Ela se benze de novo e diz, e vai chegar, principalmente se depender de mim.

  Na mochila ela tem água oxigenada, mercúrio e uns curativos adesivos, para um eventual.

  Ela se aproxima e começa a limpar as escoriações, deles e lhes encher de perguntas.

  Ao terminar o curativo ela fala eu tenho um celular aqui vou até a rodovia e vou chamar o corpo de bombeiros.

  Dá uns três quilômetros daqui a pé.

  Os dois de olham e dizem se conseguíssemos andar até a estrada

  Você nos guia até lá?

  Ela diz sim claro vocês conseguem se levantar?

  Sim saímos da aeronave

  Ela pensa um pouco, acho melhor não.

  Nos acidentes de carro as pessoas não podem sair dali antes do bombeiro chegar por causa de hemorragia interna e eu penso que um acidente de avião deve machucar mais ainda por dentro.

  Melhor você ficarem bem aqui

  Pega o celular bem simples que tem olha e percebe, que tem sinal.

  Ela sorri emocionada.

  Liga para os bombeiros e conta o ocorrido e o que achou, e pede que eles venham o mais rápido possível.

  Deixa Noah falar com o bombeiro e Alberto dá as coordenadas do avião pra onde estavam indo, quando caíram e a posição que ele pensa estar e o prefixo da aeronave.

  Os bombeiros mandam um helicóptero e veem de cima a aeronave, mas mesmo assim, eles, tem dificuldade de chegar onde eles estão com o equipamento de socorro em terra mandam um novo helicóptero vir com equipamentos de resgate, maca e tudo mais para o atendimento dos pacientes.

  Quando conseguem chegar, já faz dois dias do ocorrido, os familiares do piloto e Noah, foram informados pela empresa que localizaram o avião, em destroços na mata.

  A empresa não sabe ainda que os dois estão vivos.

  Então a família e os funcionários estão se preparando para ir buscar os corpos na mata, quando os bombeiros ligam avisando que eles estão no hospital em Goiânia, mas estão vivos e conscientes.

  Lara foi junto com os bombeiros para Goiânia, para ter certeza que os dois ficaram bem.

  Ela entra no hospital e faz as fichas dos dois que lhes deram as informações necessárias, se responsabiliza pelos homens até a chegada das famílias.

  Ao saber que os familiares chegaram e ver o nível de pessoas que são, ela se quer se aproxima, cai fora, mais rápido do que a pressa, no momento em que o pai de Noah, diz que ele é pai de Noah e que daquele momento em diante o responsável pelo filho e o empregado dele é sua e os põe no quarto particular.

  Ao sair, Lara pede ao hospital que ligue para seu número quando eles estiverem de alta só para ela saber que eles sobreviveram.

  E vai embora.

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