4- Victor

Depois do jantar voltamos para sala e a noite corria tranquilamente, tive que deixar Marcela sozinha por um instante enquanto conversava com meu pai e um dos acionistas sobre um assunto de extrema importância, depois de alguns minutos volto ao encontro de Marcela surpreendo Felipe, o filho de um dos sócios da empresa conversando em cima dela, ouço quando ele comenta...

— Parece que o seu acompanhante te deixou sozinha aqui, não é mesmo? — Questiona sorrindo enquanto acaricia o braço dela mas ela se afasta dele visivelmente incomodada, antes que ela o responda eu me adianto.

— Eu só a deixei sozinha por um instante pois tive que tratar de um assunto muito importante, Felipe! Mas já estou aqui então você já pode voltar para sua acompanhante que está sozinha. — O respondo irritado por esse otário estar dando em cima dela bem na minha frente.

— Com licença! — Felipe sai de cara feia e lamento não poder quebrar os seus dentes.

— Te deixo sozinha por um minuto e os lobos caem matando... É impressionante! — Olho em direção aquele bastardo ainda me sentindo incomodado com a sua presença.

— Fica tranquilo, ele não faz o meu tipo. — Diz ela com um sorriso sarcástico me deixando curioso.

— E qual é o seu tipo Srta. Marcela? Eu posso saber? — Pergunto erguendo uma sobrancelha ansioso pela sua resposta.

— Prefiro não comentar. — Diz sorrindo e mais uma vez me encantei por essa boquinha linda que ela tem.

Depois de algum tempo conversando com ela e alguns sócios e acionistas, Lúcia a nossa empregada aparece pedindo para falar com a Marcela, não me importei porque já percebi que essas duas já se tornaram amigas, mas quando percebo que ela está demorando vou atrás a encontrando na cozinha ainda conversando com Lúcia.

— Que abusar o quê amiga, você acha que o Sr. Matheus vai se importar se você vier aqui? Ele vai adora não se preocupe. — Diz Lúcia animada então entro na cozinha chamando a atenção delas.

— Quem não precisa se preocupar com o quê Lúcia? Aconteceu alguma coisa? — Questionei me aproximando e antes que ela possa dizer algo, Lúcia se pronuncia.

— Não aconteceu nada demais Sr. Victor, é que eu chamei a Marcela para ir ao cinema comigo amanhã e sugeri que ela viesse pra cá depois do trabalho, pra se arrumar aqui e assim nós sairíamos juntas, mas ela está preocupada que o Sr. Matheus não aprove, era só isso, em todo caso ela pode usar o meu quarto na casa dos empregados se ela preferir. — Diz Lúcia envergonhada.

— Não vejo problema nenhum em você vir se arrumar aqui Marcela, e é claro que o meu pai não vai se importar e também não vai te deixar usar a casa dos empregados. — Digo surpreso por ela se preocupar em vir se arrumar aqui e também porque essa pode ser a minha chance de passar mais tempo perto dela.

— Tudo bem então, vocês me convenceram. — Marcela levanta as mãos em sinal de rendição me fazendo sorrir.

Voltamos para sala e eu me alto convido para ir ao cinema com ela e Lúcia mas ela concordou, e para mim isso foi uma grande surpresa. Conversamos por mais algum tempo com o meu pai e outros acionistas mas logo Marcela disse que precisava ir embora, ela está cansada e tem que acordar cedo amanhã, meu pai insistiu para que o motorista a levasse em casa mas ela não quis aceitar, então decidi que eu mesmo a levaria em casa, e depois de muita insistência ela aceitou. 

Quando chegamos na frente do seu prédio eu quis me abrir com ela e dizer que eu não sou esse cara mau que ela acha que sou.

— Marcela! Eu quero te pedir desculpas por ter sido um grosso ou arrogante como você mesma disse quando nos esbarramos na praia, eu só estava estressado e acabei descontando em você mas não era essa a minha intenção. — Falo sendo sincero mas também na intenção de ganhar a sua confiança.

— Tudo bem, sem problemas... Você não é assim tão arrogante como eu pensei. — Diz olhando nos meus olhos.

Retribuo o seu olhar e me dá uma vontade insana de beijar essa boquinha linda, me aproximo encarando a sua boca e de repente ela se afasta dizendo que precisa subir, isso me deixou frustrado porque eu estou louco para beijá-la, ah essa mulher está acabando com o meu raciocínio, eu não consigo mais tirar ela da cabeça, acho que estou ficando louco só pode ser isso.

Volto pra casa frustrado e assim que chego meu pai pergunta se deixei Marcela em casa em segurança e eu afirmo que sim, converso um pouco com ele sobre os negócios e logo subo para o meu quarto, vou direto para o banheiro e tomo um banho bem relaxante afim de aliviar a tensão. Depois de alguns minutos no banho saio enrolado na toalha e vou para o meu closet, visto apenas uma cueca box e me jogo na cama, a imagem dela me vem a cabeça de novo e realmente acho que estou ficando louco por pensar tanto em uma única mulher, acabo adormecendo com os meus pensamentos nela e naquela boda que estou desejando tanto beijar.

♡♡

No dia seguinte acordo as 6hs da manhã e vou direto para o banheiro, faço a minha higiene pessoal e tomo meu banho para despertar, depois de alguns minutos eu saio do banheiro e vou me arrumar para o trabalho, visto uma cueca box branca e escolho uma calça social azul marinho e um blazer na mesma cor, uma camisa preta assim como os sapatos e a gravata também azul marinho. Depois de arrumado eu desço e tomo o meu café da manhã com meu pai enquanto conversamos um pouco sobre o jantar de ontem, mas logo me despeço e saio de casa seguindo para empresa, chego na mesma as 08hs em ponto pois não gosto de atrasos, cumprimento Kelle, minha secretária e vou para minha sala.

— Bom dia Sr. Richardson! — Ela se levanta vindo atrás de mim.

— Bom dia Srta. Carvalho. — A cumprimento já entrando na minha sala.

— Sr. Richardson o senhor tem duas reuniões agora pela manhã, uma as 08:30 e a outra as 10:00... E na parte da tarde o senhor tem mais uma reunião e uma vídeo conferencia, a reunião será às 14:00hs e a vídeo conferência as 16:00hs. — Explica enquanto olha na agenda eletrônica.

— Obrigado Srta. Carvalho, pode se retirar agora. — Peço e ela sai sem dizer mais nada.

Quando chega a hora da reunião saio da minha sala e sigo para sala de reuniões que fica dois andares abaixo do meu, minha sala fica no vigésimo quinto andar, ou seja, no último andar. Depois da reunião volto para minha sala e decido liga para Marcela e chamá-la para almoçar comigo, mas ela diz que não vai poder sair para almoçar hoje porque sua colega de trabalho não está bem e precisa de sua ajuda, mas combinamos que eu passaria para buscá-la as 19hs, já que ela irá se arrumar lá em casa, então decido chamar o Lucas meu melhor amigo e também meu melhor funcionário para irmos almoçar juntos, e conversarmos um pouco.

*Marcela*

Depois de um dia conturbado e cansativo finalmente chegou a hora de ir embora, pergunto a Juliana se ela está em condições de ficar sozinha e ela diz que sim, mas prometeu me ligar se precisar de alguma coisa. Saí da clínica eram 19:05hs e encontrei Victor encostado em seu carro do outro lado da rua, atravesso indo até ele que me cumprimenta com um beijo no rosto, entramos no carro e seguimos para sua casa que fica a uns 10 minutos da clínica, chegamos em sua casa e eu logo vejo Lúcia já arrumada me esperando, eu aviso a ela que Victor irá conosco e ela não se importou com isso, Sr. Matheus entra na sala com um sorriso radiante e me cumprimenta.

— Olá querida! Que surpresa boa te ver aqui. — Ele me abraça apertando e eu retribuo.

— Olá Matheus, é muito bom ver você também. — Sorrio me soltando dele e me lembro mais uma vez que ele me pediu para não chamá-lo de senhor.

Conversamos brevemente e eu expliquei o porquê estou aqui e ele pede para que eu volte com Victor e Lúcia mais tarde e mandaria preparar o quarto de hóspedes pra mim, mas eu prefiro ir para meu apartamento mesmo, mas aceitei usar o quarto de hóspedes para tomar um banho rápido e me arrumar... Coloquei um vestido azul escuro e salto preto, desfaço a trança no cabelo e os deixo solto e ondulado como eu adoro, faço uma maquiagem mais caprichada para realçar os meus olhos esverdeados e pego a minha bolsa para descer, chego na sala e encontro Lúcia, Victor, senhor Matheus e um rapaz bem bonito também, Victor me chama e me apresenta ao seu melhor amigo, o mesmo que vi na praia com ele quando nos esbarramos mas eu não tinha reparado nesse amigo dele.

— Marcela esse é o Lucas! Meu melhor amigo, ele estava comigo naquele dia que nos esbarramos na praia. — Ele sorrir ao apresenta ao seu amigo, o cumprimento sem graça ao me lembrar do acontecimento na praia.

— Olá! Tudo bem? — Aperto a sua mão e ele me dá um beijo no rosto.

— Tudo ótimo! É um prazer conhecê-la, Marcela. — Diz Lucas com um sorriso gentil.

— Bom meninas, tem algum problema se o Lucas for ao cinema com a gente? — Pergunta Victor olhando de mim para Lúcia e eu faço o mesmo.

— Por mim não tem problema algum. — Encaro Lúcia que também diz que não teria problema.

Nos despedimos do Sr. Matheus e saímos da mansão indo para o shopping mais próximo, eu e Lúcia fomos no carro do Victor e o Lucas foi no carro dele para não precisar voltar para buscá-lo depois, assim que chegamos no shopping subimos direto para o terceiro andar onde fica localizado o cinema, seguimos direto para a bilheteria do mesmo e assim que escolhemos qual filme veríamos, os meninos pediram para que esperássemos eles na entrada do cinema, e enquanto Victor compra os ingressos Lucas pergunta se queremos comer alguma coisa e assim que escolhemos o que queríamos ele vai comprar. Minutos depois eles voltam com os ingressos, pipocas, refrigerantes e chocolates e é claro que os chocolates foram escolha minha. 

Já dentro do cinema o filme está bem animado e de vez em quando um de nós fazemos alguns comentários sobre o filme, eu comi todo o meu chocolate e depois roubei um pouco da pipoca do Victor que estava sentado do meu lado direito, a Lúcia do meu lado esquerdo e o Lucas ao lado dela. Assim que o filme acaba saímos do cinema e resolvemos dá uma volta pelo shopping, num certo momento em que estávamos andando eu senti uma tontura e me apoiei na Lúcia, que me segura perguntando se eu está tudo bem.

— Marcela você está bem? O que aconteceu? — Pergunta com um olhar preocupado, Victor se apressa para chegar até a mim e pega a minha mão me encarando apreensivo.

— O que aconteceu? Você está bem Marcela? O que está sentindo? — Victor questiona me encarando sério nos olhos.

— Eu estou bem... Foi só uma tontura, mas já está passando. — Digo tentando parecer bem mas parece que não funcionou.

— Você não está nada bem Marcela! Você está pálida! — Lúcia passa a mão no meu rosto ainda preocupada.

— Quando eu te liguei mais cedo você falou que não iria poder sair para almoçar... Mas você pelo menos comeu alguma coisa Marcela...? Porque eu acho que você está fraca porque não comeu nada o dia todo, estou errado? — Pergunta Victor em um tom zangado.

Mais porque ele está zangado comigo? Só porque eu não almocei? Será que ele está mesmo preocupado comigo?

— Ah Victor... Eu não almocei porque não consegui sair e deixar a Juliana sozinha, mas eu comi um salgado com suco. — Digo não dando muita importância para isso.

— E desde quando salgado com suco sustenta alguém por um dia inteiro Marcela? Anda! Vamos, vou levar você pra comer alguma coisa descente. — Diz Victor colocando a mão na minha cintura e eu me senti ainda mais mole com o seu toque.

Fomos todos para praça de alimentação e Victor fez questão de preparar o meu prato só para garantir que eu coma algo que me sustente. Todos comemos e conversamos um pouco para nos conhecermos melhor, mas já está ficando tarde e Victor diz que me levará em casa já que eu não quis voltar pra casa dele como o seu pai sugeriu, Lucas pergunta se pode levar Lúcia em casa e ela aceita numa boa, eu tenho certeza que rolou um clima entre os dois lá no cinema porque eles estão se olhando muito. 

Saímos do cinema e Victor me leva em casa, passamos boa parte do caminho conversando e logo estamos parando na frente do meu prédio, mas na hora de nos despedimos ele me dá um beijo no canto da boca, nos entreolhando por alguns segundos e ele está bem próximo a mim.

— Victor eu... — Tento me despedir mas sou interrompida com um beijo urgente.

Victor pede passagem para sua língua em minha boca e eu cedi, me entreguei ao seu beijo que começa calmo mais toma intensidade e nossa respiração pesa em meio aos beijos, puxo-o pela nuca aprofundando mais o nosso beijo e Victor me puxava cada vez mais para si, quando percebo já estou sentada em seu colo sentindo o desejo me consumir, ele me beija com urgência como se sua vida dependesse disso, consigo sentir o quanto ele está excitado pois senti ereção dura pulsa em baixo de mim, ele desce beijando o meu maxilar indo para minha orelha descendo pelo meu pescoço, me arrepio inteira e ele percebe, sinto ele sorrir contra o meu pescoço enquanto desce ainda mais os beijos pela minha pele, e ele me beija eu deixo escapa gemidos abafados.

— Ahhhh... Victor... — Gemi delirando de prazer.

Eu já não estou mais aguentando e se eu não o parar agora, não vou mais consegui resistir a ele.

— Victor eu... Não... Não Posso... — Sussurro em um fio de voz.

— Porque não...? Eu estou te desejando... A muito tempo. — Sussurra de volta entre os beijos.

— Me desculpe... Eu não posso...! Não posso...! — Digo enquanto saio do seu colo e em seguida saio do carro apressada.

Saio dali o mais rápido que consigo para ele não perceber o meu pânico, subi para o meu apartamento ainda sentindo o meu corpo em chamas de tanto desejo.


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