Me desespero ao ouvir as notícias sobre Lesly. Não consigo dizer uma palavra e disparo para fora da cozinha, pegando apenas minhas chaves, sequer percebo que Cypress estava em meu caminho e quase o derrubo. Malaquias vem logo atrás, entrando rapidamente no lado do passageiro do carro, ele fecha a porta e nos olhamos com cara de preocupação. Minhas lágrimas descem ardendo como fogo, e pensar no que poderia ter acontecido com minha filha faz eu me sentir como se cada pedaço meu estivesse sendo arrancado. Malaquias limpa as lágrimas do meu rosto. “Precisamos pensar positivo. Ela vai ficar bem”, ele diz, tentando ser a pessoa forte para poder me acalmar, mas eu sinto que ele está igualmente assustado. Meu foco é ir atrás dela, dou partida no carro e saio cantando pneu até chega na pista. Nós chegamos na entrada de emergência do hospital e eu estaciono, corro para dentro sem sequer lembrar que é proibido estacionar ali. Vou até a recepção, imagino que eu deveria parecer uma maluca já que
O homem me encara com suor escorrendo pelo seu rosto. Eu sinto o cheiro do seu medo e isso só alimenta minha raiva. Tranco a porta atrás de mim e vejo que ele agora está tremendo. “Por favor, eu não fiz nada para você. Eu nem sei quem você é”, ele suplica pateticamente, esperando que eu simplesmente fosse embora. Não consigo conter o riso que me escapa e ele me olha confuso pela risada. “Eu sei que você pensa que vai conseguir escapar de causar um acidente bêbado porque seu pai é um político, mas eu estou aqui para te dizer que isso não vai acontecer. Sabe por quê? Porque aquele carro em que você bateu nessa noite tinha a minha filha dentro”, eu declaro, com um rosnado profundo. “Eu estou aqui para fazer justiça e garantir que isso não vai acontecer de novo”, digo com meus olhos grudados nele. Ele arregala seus olhos começando a entender o que estou querendo dizer. “Por favor, não me machuque! Me perdoe pelo que fiz com sua filha”, ele implora e começa a chorar. “Meu pai tem dinheiro
Todos ficam hipnotizados enquanto assistimos Cypress e Sukie continuarem sua dança, mas quando a música termina, eles nos chamam para nos juntarmos a eles. Os convidados correm para o centro da sala entusiasmados e a música toca, com o canto do olho vejo Lesly caminhando em direção a seu avô. Ela agarra a perna dele, exigindo sua atenção e fazendo um gesto para que ele a pegue, o que ele faz de bom grado. Dou um grande sorriso e meus olhos ameaçam lacrimejar quando sou agarrada por trás e girada. Solto uma risadinha e um frio na barriga aparece. Apenas as mãos de uma pessoa me fazem sentir assim.Malaquias me solta e me viro para encará-lo sorrindo. "Me concede esta dança?" ele pergunta com um sorriso de lobo, estendendo a mão para eu aceitar. Isso me traz lembranças do baile de Aberdeen onde nos conhecemos. Ainda não posso acreditar que já tentei evitá-lo, mas o que eu sabia sobre parceiros e alfas? Eu era apenas uma humana, conhecia apenas a Amélia e sua família. O mundo dos lobiso
Algumas semanas depois…Falta um dia para o meu casamento e estou comprando alguns itens de última hora em na loja local. Malaquias e eu decidimos que o armazém era o lugar perfeito para nosso casamento, já que foi onde tudo começou. Cypress e Sukie haviam voltado de sua lua de mel há algum tempo e concordaram em cuidar de Lesly para mim enquanto realizo essas tarefas. Infelizmente, Malaquias teve uma reunião em uma cidade ao sul de nós, ele estaria fora a maior parte da tarde.Depois do casamento de Sukie e Cypress, decidimos voltar para o armazém. Malaquias tem estado muito ocupado com a alcateia, e o correto é que Luna e Alfa estejam nos lugares onde pertencem. Nossas responsabilidades não podiam mais esperar, e era hora de eu voltar ao ritmo das coisas. Enquanto estou andando pela loja, ouço meu nome ser chamado atrás de mim. "Chloe?" Uma voz conhecida me chama. Eu me viro e vejo Márcia parada no final do corredor segurando um menino recém-nascido. Meus olhos saltam de surpres
Quando saio do closet, o tecido do meu vestido balança com meus movimentos. Eu fico em frente à janela que ainda tem o brilho do pôr do sol. Os raios entram pelo quarto e refletem os diamantes no meu vestido, fazendo todo o quarto brilhar. A parte da frente do meu vestido tem um estilo de princesa com apanhadores de sonhos e luas bordados em renda para combinar com os brincos que Amelia escolheu e uma cauda de quase 2 metros. O vestido se prende em meus ombros por alças finíssimas, com um decote cavado que para quase no meu umbigo, dando à Malaquias pele o suficiente para fazê-lo desejar mais. Eu vou até as minhas damas de honra e quando estou elas me veem ouço todas suspirando em êxtase. “Meu deus, Chloe, você parece uma princesa mágica”, Marley sussurra, quase sem poder falar com lágrimas em suas bochechas. Ando até a Marley e a abraço com meus braços sobre seus ombros. “Não chore. Você vai me fazer chorar e a Amelia pode te bater”, eu rio e todo mundo também. Todas as meninas vêm
O avião pousa na Itália e uma Mercedes branca nos espera. Eu me viro para Malaquias, arqueando uma sobrancelha. "Sério? Tinha que ser uma Mercedes?”, digo com uma risada. Ele encolhe os ombros.“Apenas o melhor para a minha Luna”, ele responde me carregando como uma noiva pelo pequeno percurso até o carro, eu rio por todo o caminho. "Você é um homem-lobo idiota", eu declaro acariciando sua bochecha.Nós chegamos ao nosso quarto de hotel apenas para deixar nossas coisas. Eu vou até o banheiro para trocar minha roupa para algo mais comum. Faríamos uma viagem para a casa da avó de Malaquias, o que pode ou não ser estranho, já que ela é na verdade minha avó.Eu apareço no quarto com um vestido cor de pêssego justo, que delineia o meu corpo e a pequena barriga que se formava, chamando a atenção do meu marido. “Droga Luna, como vou ver minha avó com uma ereção?”, ele diz umedecendo os lábios. Eu balanço meu dedo para ele. “Não, homem-lobo, demorei vinte minutos para entrar nessa coisa
Eu estendi minha mão para a mesa de cabeceira quando o alarme soou, batendo em meu telefone e jogando-o no chão. Me inclinei sobre a cama para ver onde havia caído, mas desisti e rolei, puxando as cobertas sobre a cabeça antes de voltar a dormir.O alarme tocou novamente e eu bufei, ainda sonolenta. Quando minha visão foca, me estico sobre a cama procurando meu telefone. Assim que o pego, vou ao banheiro para me arrumar. Eu prendo meu cabelo em um coque bagunçado e saio sem maquiagem pois acho perda de tempo.Fui até meu armário, tirei algumas roupas dos cabides e voltei para a cama, colocando-as em cima.“Lesly?! Você está acordada?", minha mãe gritou da porta.“Sim.”, eu gritei de volta, pegando o suéter macio da cama e a calça jeans rasgada preta e me vestindo. Assim que terminei, peguei minha mochila da cadeira, colocando meu telefone no bolso e meus livros na bolsa. Saí em direção a cozinha para pegar o café da manhã.Encontrei minha mãe fritando bacon e ovos, e colocando os p
Após o fim das aulas, peguei minhas coisas para ir embora. Asher e eu não trocamos mais uma palavra, e Trent ficou quieto.Quando retirei minhas chaves no estacionamento, Trent se aproximou correndo, bloqueando a entrada do meu carro.“Que diabos, Trent? Você não pode me deixar em paz? A surra que Asher te deu não foi um motivo bom o suficiente?", eu perguntei, tentando passar por ele.Trent estreitou os olhos. “Você está dando para o Asher? É por isso que ele está agindo de forma diferente com você?”, questionou com um sorrisinho.Eu revirei meus olhos. "Você é um idiota", retruquei. Ele tentou segurar meu rosto e eu dei um tapa em sua mão. "Afaste-se de mim, seu desgraçado!" revidei, passando por ele e entrando no meu carro para sair do estacionamento.Eu estou confusa agora. Me pergunto se a lua cheia teria algo a ver com a maneira que os meninos estão agindo. Asher me protegeu e Trent parecia com ciúmes. Qual o problema deles? Isso não faz nenhum sentido, pensei enquanto vira