Eu fico lá olhando para Lucas antes de Sukie, e nos encaramos. “Quem está vindo?”, pergunto, intrigada, olhando para Lucas. Ele alterna o olhar entre Sukie e eu. "O Coven. Eles devem ter nos encontrado por um feitiço localizador”, explica ele, e meu estômago afunda de preocupação. "Temos que contar aos outros", declaro enquanto me viro para caminhar de volta para a cabana com Sukie e Lucas seguindo atrás de mim.Quando entramos na cabana, paro na porta e todos os olhos se voltam para mim. Malaquias encontrou meu olhar com uma sobrancelha arqueada, notando a preocupação em meu rosto. "O que está errado?", ele questiona, olhando para Sukie e Lucas atrás de mim. Eu respiro fundo antes de arruinar o dia de todos. “O Coven de Luca descobriu nossa localização e estão vindo atrás de nós. Precisamos estar prontos”, eu anuncio, analisando todos na sala. "Então, qual é o plano?", Cypress pergunta, dando um passo à frente. “Nós só temos três bruxas do nosso lado contra a Convenção inteira”, ele
O vento sopra em meu pelo enquanto corro pela floresta com Lucas e Solange atrás de mim. Eu olho para trás e vejo Solange que está logo atrás de mim, mas Lucas está tendo dificuldade de me acompanhar. Eu paro e viro para ele, dando tempo para que possa se recuperar. Ele para também para recuperar o fôlego, e eu percebo o quão mais alta do que ele estou. Já que não posso falar em minha forma de lobo, uso a cabeça para apontar em direção às minhas costas, mas ele não entende. Solange suspira profundamente. “Ela está dizendo que você é lento para caralho e é para subir nela.”, ela explica irritada enquanto eu aceno a cabeça confirmando. “Ok.”, ele concorda encolhendo os ombros. Eu me abaixo para facilitar a subida dele, e ele agarra os meus pelos entre seus dedos e monta em mim, antes de seguirmos. Nós chegamos a uma clareira na floresta iluminada apenas pela luz cintilante da lua que deixava o campo com um brilho suave. Eu paro à beira das árvores e Solange me imita detendo-se ao meu l
A raiva dominava meu olhar enquanto corria pela floresta atrás de Blair. Eu facilmente pulo sobre galhos das árvores antes de derrapar e parar, cravando minhas patas no solo quando perco seu cheiro. Paro por um momento com meu focinho no ar respirando profundamente para captar o cheiro de Blair. Eu sei que ela não poderia ir muito longe. Meu nariz se contorce para direita e viro minha cabeça em sua direção. Com meu sorriso de lobo uso todo meu alcance para correr atrás dela. Enquanto corro sinto em minhas entranhas que estou próximo. Seu cheiro está ficando mais forte e minha fúria pulsa ansiando pelo desejo e liberá-la sobre ela. Eu desacelero quando encontro sua tentativa patética de se esgueirar pelo rio. Ela está lutando lentamente para atravessá-lo com água na altura da cintura. Com minha presa à vista, eu deixo um profundo rosnado escapar pelos meus dentes afiados, e Blair se vira para me ver na beira do leito do rio. Eu posso dizer pelo medo estampado em seus olhos que ela sa
Nós voltamos para a cabana quando parou Malaquias. “Pare aqui”, eu digo. Ele olha para mim, levantando uma sobrancelha com expressão de curiosidade. Eu passo a olhar para a árvore onde o corpo sem vida de Lucas descansa, Malaquias concorda, me deixando descer. “Por favor, pegue a Sukie e o Cypress para mim e traga Paulo para te ajudar a carregar Lucas de volta à cabana. Nós precisamos dar a ele um funeral adequado.” Eu digo gentilmente. Malaquias beija minha testa, afaga meu ombro e vai embora. O vejo ir em direção à cabana, deixando-me sozinha com Lucas.Tomo coragem respirando fundo antes de ir até o corpo de Lucas. Eu sinto meus olhos encherem de lagrimas novamente ao chegar perto dele. Não aguento vê-lo sem vida e caio de joelhos ao seu lado, segurando em um abraço firme. “Me perdoe, não pude te salvar”, sussurro, passando minhas mãos em seu cabelo para tirá-lo de seu rosto. Minhas lágrimas caem como vidro em sua face, despedaçando em pedaços em seu corpo frio. O limpo com as costa
Passaram-se meses desde a morte do Lucas e finalmente está sendo mais fácil lidar com isso. Eu ainda sinto remorso quando lembro que lhe disse que se eu tivesse que escolher entre ele e Malaquias, eu sempre escolheria o Malaquias. Eu estava falando a verdade, eu nunca abandonaria minha vida com Malaquias e Lesly, mas não é a mesma coisa sem o Lucas aqui. Havia um vazio inexplicável na minha vida que eu sabia que nada além dele poderia preencher. Apenas espero que ele soubesse o quanto ele significava para mim. Eu sempre me pego pensando em tudo que aconteceu desde que os bruxos apareceram. Algumas semanas depois de tudo ter se acalmado, Lesly fez seu primeiro aniversario e lhe demos uma festa, mas foi muito difícil para eu aproveitar sem me sentir culpada. Eu ainda podia ver o rosto de Lucas quando ele morreu, sabendo que eu falhei em protegê-lo quando ele mais precisava de mim. Eu tinha todo esse poder, mas fui inútil. Malaquias tem sido muito compreensível quanto ao meu luto e tem e
Percebo o quanto tenho sido egoísta enquanto fico ali parada, observando Benjamin entrar na floresta. Esse tempo todo eu estive tão consumida pelo meu luto que negligencia a família que lutei tanto para proteger. Malaquias e Lesly merecem mais do que isso. “Obrigado deusa lua por me dar mais uma chance nessa vida com meu homem-lobo”, digo em voz alta, olhando para a lua com minhas mãos em posição de oração. Com um novo proposito eu me viro rapidamente e volto à cabina. Na volta para casa, percebo que o Malaquias está de volta da reunião com a alcateia. Me apresso para recebê-lo e corro pela porta, fechando a atrás de mim. Malaquias vira-se rapidamente do que estava se focando antes de eu sair abrindo a porta, ele achou que fosse alguma ameaça, mas não, era apenas eu. “Homem-lobo!”, eu digo, correndo até ele e pulando em seus braços. Ele me pega sem esforço algum, e eu enrolo minhas pernas em seu corpo também, olhando fundo em seus olhos. “Estava com saudades”, sussurro, sem tirar meus
Me desespero ao ouvir as notícias sobre Lesly. Não consigo dizer uma palavra e disparo para fora da cozinha, pegando apenas minhas chaves, sequer percebo que Cypress estava em meu caminho e quase o derrubo. Malaquias vem logo atrás, entrando rapidamente no lado do passageiro do carro, ele fecha a porta e nos olhamos com cara de preocupação. Minhas lágrimas descem ardendo como fogo, e pensar no que poderia ter acontecido com minha filha faz eu me sentir como se cada pedaço meu estivesse sendo arrancado. Malaquias limpa as lágrimas do meu rosto. “Precisamos pensar positivo. Ela vai ficar bem”, ele diz, tentando ser a pessoa forte para poder me acalmar, mas eu sinto que ele está igualmente assustado. Meu foco é ir atrás dela, dou partida no carro e saio cantando pneu até chega na pista. Nós chegamos na entrada de emergência do hospital e eu estaciono, corro para dentro sem sequer lembrar que é proibido estacionar ali. Vou até a recepção, imagino que eu deveria parecer uma maluca já que
O homem me encara com suor escorrendo pelo seu rosto. Eu sinto o cheiro do seu medo e isso só alimenta minha raiva. Tranco a porta atrás de mim e vejo que ele agora está tremendo. “Por favor, eu não fiz nada para você. Eu nem sei quem você é”, ele suplica pateticamente, esperando que eu simplesmente fosse embora. Não consigo conter o riso que me escapa e ele me olha confuso pela risada. “Eu sei que você pensa que vai conseguir escapar de causar um acidente bêbado porque seu pai é um político, mas eu estou aqui para te dizer que isso não vai acontecer. Sabe por quê? Porque aquele carro em que você bateu nessa noite tinha a minha filha dentro”, eu declaro, com um rosnado profundo. “Eu estou aqui para fazer justiça e garantir que isso não vai acontecer de novo”, digo com meus olhos grudados nele. Ele arregala seus olhos começando a entender o que estou querendo dizer. “Por favor, não me machuque! Me perdoe pelo que fiz com sua filha”, ele implora e começa a chorar. “Meu pai tem dinheiro