Acordei com a sensação de um vazio ao meu lado. O espaço ao meu lado na cama estava frio e vazio, e imediatamente percebi que Shane não estava lá. Levantei-me lentamente, sentindo a familiar dor nas costas e o cansaço da noite passada. Minha mente ainda estava cheia das confissões e promessas que tr
— Não precisa ficar me olhando assim. — A voz de Darian ecoou pela sala de TV, interrompendo meus pensamentos. — Aliás, onde estão as cervejas? Não achei nenhuma bebida nessa casa, nem mesmo os vinhos caros do Shane. Ele se sentou ao meu lado no sofá, e eu me afastei, criando uma distância consider
Um latejar doloroso dominava minha cabeça. Eu senti o mundo ao meu redor se tornando mais claro, mas minha mente ainda estava presa na névoa. Abri os olhos devagar, piscando para afastar a luminosidade intensa que parecia cortar como facas. Eu estava em um quarto de hospital. As paredes brancas, a l
O quarto de Shane estava imerso em um silêncio perturbador, apenas quebrado pelos sons eletrônicos dos aparelhos médicos e o zumbido baixo das luzes fluorescentes acima de nós. Assim que entrei, senti uma onda de emoções cruas me inundando como uma maré. Lá estava ele, deitado no leito hospitalar, e
Eu precisava que Shane escolhesse. Que ele enxergasse além de sua obsessão por sua alcatéia, além da sua fome de batalha. Não suportaria vê-lo morrer, não quando finalmente tínhamos algo pelo que lutar juntos — nossos filhos, nossa família. Mas ele precisava entender que continuar em Monnfall era pe
— Eu sei que é uma escolha difícil, Shane — murmurei, olhando nos olhos dele. — Mas eu não quero que a alcatéia te perca, nem que nossos filhos percam o pai deles. Preciso acreditar que essa distância nos manterá seguros e que Darian conseguirá exterminar essa ameaça. Ele respirou fundo, o peso da
Isaac estava sentado no canto do quarto, a postura relaxada, uma expressão calma em seu rosto, até que ele me viu entrar pela porta. Um sorriso aberto se formou em seu rosto, brincalhão, como sempre. Eu me aproximei do leito, sentindo cada passo ecoar pela minha cabeça ainda latejante, e me deitei c
— Então... Deixa eu ver se entendi. – A voz de Isaac ainda estava trêmula e rouca, carregada de incredulidade e um cansaço evidente. Seus olhos, sempre tão analíticos, agora estavam perdidos em pensamentos. Suas mãos, que seguravam uma garrafa d'água, não paravam de tremer, refletindo o choque que e