Henrique disse:— Carlos realmente ficou bravo, ele precisava disso? São apenas duas mulheres brigando, não é nada sério, ele é realmente mesquinho.Caio, diante do favoritismo de Carlos, estava tão irritado que não encontrava palavras certas para descontar sua frustração.Ele olhou friamente para Naomi e disse:— Se você não me der uma explicação hoje, a partir de agora, não te considero mais minha irmã, e também não preciso voltar aqui.Vendo que ele estava realmente bravo, Naomi ficou assustada. Se Caio nunca mais voltasse, ela não o veria mais, se ela não o visse, ela morreria.Ela percebeu imediatamente a gravidade da situação e, chorando, disse:— O que eu posso fazer para receber seu perdão?Caio disse:— Vá para a sala onde adoramos os ancestrais e copie as regras da família mil vezes, você não pode sair até terminar.Naomi, sem hesitar, disse:— Certo, farei qualquer coisa para receber seu perdão.Antes que Henrique pudesse falar, o mordomo da família Dias, Francisco, que esta
Após dizer isso, Caio segurou a mão de Marina e a colocou sobre seu peito.Marina prontamente se afastou e o encarou com frieza e disse:— Caio, como você decide punir ela é problema seu, não tem nada a ver comigo. Ontem ela me insultou, eu a confrontei, ela me difamou, eu fiz com que publicassem o vídeo na internet, e também venci a disputa com provas. — Ela fez uma pausa e prosseguiu. — Em resumo, eu não perdi nada, mas isso não significa que eu vá perdoá-la. Portanto, para evitar mais conflitos entre nós, seria melhor você manter distância de mim.Após falar, ela empurrou Caio e começou a andar pelo caminho.Caio a seguiu imediatamente, falando enquanto andava:— Eu sei que tem uma padaria excelente mais à frente, eles têm o pão e os pastéis de nata que você adora, é a mesma de onde eu comprava para você quando estávamos juntos. Vamos lá comer algo.Marina respondeu secamente:— Não se incomode, Dr. Caio, eu já tenho outro compromisso.Caio perguntou:— Você marcou com quem? Com o É
Marina imediatamente abriu uma garrafa de água e a passou para Éder, dizendo com voz suave:— Beba um pouco de água para ajudar a descer.Éder, com a boca cheia de pão, mastigou por um tempo antes de conseguir engolir e precisou de vários goles de água até se sentir melhor.Vendo-o sufocado e com o rosto todo vermelho, Caio curvou os lábios orgulhosamente e então disse:— Você vai comer mais? Eu vou te dar outro.Marina olhou para ele severamente e disse:— Se você ousar incomodá-lo novamente, vai se ver comigo!Caio, fingindo inocência, olhou para Marina e perguntou:— Então você está me intimidando?Marina respondeu:— Eu não estou intimidando você. Foi você quem veio. Eu te convidei?Caio retrucou:— Você está saindo com outro homem, isso é me intimidar.— Com quem eu saio é minha liberdade. O que isso tem a ver com você? Que direito você tem de se meter?Ao ouvir isso, Caio sentiu uma dor aguda no peito, seus olhos ficaram vermelhos ao olhar para Marina e disse:— Você realmente pr
Caio, percebendo imediatamente que algo estava errado, perguntou com a voz preocupada:— Você tem alguma condição cardíaca?A mulher tentou responder, mas sua força era insuficiente, ela apenas piscou, como se confirmasse.Vendo isso, Caio rapidamente pegou um frasco de medicamentos da bolsa da mulher, leu as instruções e confirmou suas suspeitas.Ele administrou dois comprimidos a ela e afirmou:— Sua situação é grave, preciso levá-la ao hospital.Após dizer isso, pegou ela nos braços e se apressou em direção ao carro.A mulher, segurando firmemente sua roupa, usou quase toda a sua força restante para dizer:— Senhor, eu não quero morrer.Caio respondeu prontamente:— Fique tranquila, sou cardiologista. Não vou deixar você morrer, feche os olhos e descanse, tente se acalmar.A mulher obedientemente fechou os olhos.Enquanto observava o rosto pálido dela, algo dentro de Caio estremeceu inexplicavelmente.Por que, apesar de nunca tê-la visto antes, ele sentia uma dor aguda por ela, a po
Marina sorriu e disse:— Nosso Éder é mesmo bondoso, fique tranquilo, já estou muito feliz, vamos voltar logo para ver sua colega.Os dois imediatamente retornaram e, ao chegarem ao hospital, descobriram que Caio já havia adiantado as despesas médicas.Éder agradeceu:— Dr. Caio, obrigado, quanto é a despesa médica? Eu vou transferir para você.Caio levantou uma sobrancelha para ele:— Ela é o quê sua? Por que você está ajudando ela assim?Éder respondeu:— Ela é minha colega de classe.Caio disse:— Vocês provavelmente são mais do que apenas colegas de classe, não?— Eu e ela fomos colegas de classe desde o ensino fundamental II até o ensino médio, eu era o líder da classe e conheço bem a situação da família dela.Caio compreendeu e acenou com a cabeça, dizendo:— Ela precisa ser hospitalizada para tratamento, caso contrário, pode haver risco de vida a qualquer momento, você deveria falar com a família dela.— Eu sei, vou ligar para a mãe dela em um momento, qual é o tratamento necess
Ao ouvir "orfanato", Caio se surpreendeu momentaneamente.Ele sempre teve um carinho especial por orfanatos, já que sua irmã, Naomi, também foi adotada de um, e ao longo dos anos, a família Dias fez muita caridade nesse setor.Imediatamente, ele sentiu uma simpatia adicional por Marta e perguntou seriamente:— Como estão as condições da família dela?Éder balançou a cabeça e disse:— Muito ruins, o pai dela foi preso por agressão relacionada a jogos e deixou muitas dívidas, que a mãe dela está tentando pagar. — Ele pausou antes de continuar. — Marta tem problemas de saúde e precisa de medicamentos para o coração. Quando eu era o líder da classe, tentei conseguir uma bolsa de estudos para ela, mas ela recusou, dizendo que havia pessoas que precisavam mais do que ela. Também por causa de sua condição, foi temporariamente solicitada a interromper os estudos devido a um exame físico insatisfatório. Agora ela está trabalhando sozinha aqui para ganhar dinheiro, a vida é difícil, mas ela é mu
Marta fez uma pausa e continuou falando: — Eu só quero gostar dele em silêncio, não quero que ele saiba e que isso cause algum peso emocional a ele. Marina, ao ouvir essas palavras, se sentiu inexplicavelmente triste, Marta, essa mulher tão sensata e bondosa, por que ela tinha que enfrentar tal vida? Com pena, Marina olhou para Marta e disse: — Tudo bem, eu não vou contar para ele. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar, o médico que te salvou, ele é um cardiologista e quer te usar como objeto de estudo. — Ela fez uma pausa e continuou. — Então, todos os seus custos médicos serão gratuitos. Ele também vai investigar mais a fundo a sua condição e, se aparecer um coração compatível, ele vai operar você. Assim, você poderá viver de maneira saudável. Ao ouvir essa notícia, Marta ficou incrédula e arregalou os olhos. — Sério? Mari, você está falando sério? Marina respondeu: — É verdade, ele já entrou em contato com os especialistas do hospital para estudar seu caso e em br
Caio viu Marta chorar e imediatamente parou o que estava fazendo, perguntando com uma voz grave:— Você está preocupada com sua doença?Marta balançou a cabeça suavemente, fixando o olhar no rosto bonito de Caio, e disse baixinho:— Dr. Caio, como você conseguiu essa cicatriz no braço?Caio baixou os olhos e olhou para a cicatriz, respondendo:— No passado, minha irmã caiu num buraco de gelo, eu fui resgatá-la e me cortei com o gelo. Por que você pergunta isso?Marta respondeu:— Só estava perguntando.Marta sacudiu a cabeça com força e um sorriso se formou no canto dos seus lábios.Ela mesma não sabia por que, mas sempre que via a cicatriz de Caio, seu coração doía.Parecia que ela realmente via uma menina caindo em um buraco de gelo, e o Caio se esforçando para salvar a menina, uma cena tão clara que a chocava.Ela fixou os olhos nos olhos profundos de Caio e perguntou:— Sua irmã está bem?Sua voz era tão suave, quase como se temesse ser mal interpretada. Caio estava prestes a falar