Marina olhava para ele com os olhos vermelhos.

— Tudo bem, se sua mãe não acordar, eu te levarei embora. Mudaremos nossos nomes para que ela nunca possa nos encontrar.

Ambos proferiram as palavras mais dolorosas, mas seus corações sofriam terrivelmente.

Contudo, os esforços não foram em vão, pois lágrimas começaram a escorrer dos olhos de Aurora, que logo movimentou os olhos algumas vezes e os abriu lentamente.

Ao vê-la acordar, Marina e Anselmo ficaram tão surpresos que arregalaram os olhos e, chorando, Marina disse:

— Au, você não consegue se despedir de Anselmo, eu sabia que você não conseguiria.

Anselmo, com suas mãozinhas rechonchudas, acariciava o rosto de Aurora, enquanto as lágrimas caíam sobre ela e ele falava com a voz embargada:

— Mamãe, tudo o que eu disse foi para fazer você acordar. Eu nunca pensei em te deixar.

Vendo eles assim, as lágrimas de Aurora fluíam ainda mais.

Ela abraçava Anselmo com um braço e Marina com o outro, expressando todas as suas emo