Marina se sentiu completamente sem palavras."Se não fosse para dar uma lição em Lavínia durante a cerimônia de premiação, você acha que eu toleraria você? Provavelmente já teria te dado uma bronca daquelas."Ela digitou outra mensagem no celular: [Vou comer sozinha, vá tratar seus ferimentos.]Ao ver essa mensagem, Caio esboçou um sorriso satisfeito:— Como eu suspeitava, você ainda se importa com o nosso passado, ainda tem consideração por mim. Coma primeiro que eu vou pegar o remédio. Quem me feriu, cuida de mim, caso contrário, eu não vou embora.Marina pegou a caixa de comida das mãos dele e a colocou na bandeja pequena, começando a comer em silêncio.Quanto mais ela comia, mais algo parecia estranho."Por que o sabor desta comida me é tão familiar?"Foi então que ela olhou para a caixa de comida e seus olhos se arregalaram."Não é esta a caixa de comida da minha casa? Como ela foi parar nas mãos desse descarado do Caio? Ele por acaso roubou minha casa?"Ao ver sua reação, Caio sa
Caio retornou ao quarto do hospital, e Marina já tinha terminado sua refeição.Observando os pratos completamente limpos, Caio sorriu satisfeito.— Você se tornou tão exigente com a comida que não come mais nada, apenas o que eu preparo. De agora em diante, vou cozinhar para você todos os dias. — Caio entregou o remédio a Marina, sorrindo. — Você já comeu, já me bateu, agora é sua vez de me consolar, me ajude a aplicar o remédio.Marina apontou na direção do banheiro, sugerindo que lá havia um espelho e que ele poderia aplicar o remédio sozinho.Caio fingiu não entender.— Você quer ir ao banheiro para me ajudar com o remédio? Ou quer aproveitar para me beijar secretamente lá dentro?Marina ficou sem palavras, ela deveria ter mordido a garganta daquele homem descarado quando teve a chance.Irritada, ela arrancou o frasco de remédio das mãos de Caio, pegou um cotonete, molhou um pouco com o remédio e começou a aplicar no ferimento.Ela tinha um ferimento na perna e só conseguia sentar n
Caio caminhou até a beira da cama de Marina, se agachou e, olhando para ela, disse:— Marina, eu vou fazer você voltar a atuar, não deixarei sua carreira acabar assim.Ele não exibia mais aquele ar de despreocupado e irresponsável, falava com emoção e sinceridade, fazendo com que Marina quase se comovesse.Ela moveu os lábios algumas vezes, mas as palavras que queria dizer ficaram presas na garganta.Ela pegou o celular e digitou uma mensagem: [Não precisa ter pena de mim, eu não vou desistir.]Caio deu um sorriso amargo.— Marina, eu costumava detestar esse seu jeito de falar, mas agora descobri que gosto de você, e muito disso é por causa do seu jeito de falar. Eu achava você barulhenta, mas você sempre traz alegria para as pessoas. Mesmo que você fale no futuro, eu não vou te repreender. Você pode me xingar à vontade, eu prometo não retrucar. — Ele segurou a mão de Marina, olhando ela ternamente. — Marina, depois que você se machucou, percebi que gosto muito de você, e não é só aque
Lavínia fingiu perseguir por trás, gritando enquanto corria:— Srta. Marina, pare de apertar isso, pare agora mesmo.No entanto, a cadeira de rodas estava muito rápida e acabou rolando escada abaixo com ela.A escada daquele andar era muito alta, contando com mais de trinta degraus.Marina, incapaz de mover as pernas e com costelas machucadas, não conseguiu se salvar e apenas rolou escada abaixo, ficando instantaneamente coberta de sangue no rosto e no corpo.As pessoas no hospital, ao verem essa cena, gritaram em pânico.Quando Aurora saiu do quarto do hospital, Marina já tinha rolado escada abaixo e estava imóvel no chão.A voz de Aurora tremeu de medo.— Mari.Ela imediatamente gritou para a estação de enfermagem ao lado:— Chamem um médico agora!Ela correu escada abaixo rapidamente.Marina estava inconsciente, seu rosto desfigurado pelo impacto. Mesmo que sobrevivesse, seu rosto estava arruinado.Ela olhou para Marina, imóvel no chão, com lágrimas correndo pelo rosto.— Mari, não
Marina olhava friamente para Caio. — Dr. Caio, acho que você não deveria se preocupar comigo, mas com sua caloura Lavínia, que foi levada pela polícia após várias tentativas de me matar para ficar com você. Ela gosta tanto de você, é melhor você ir vê-la logo. Depois de falar, ela tentou se afastar com sua cadeira de rodas, mas foi impedida por Caio. — O que você disse? Como assim Lavínia foi levada pela polícia? Ao ver a incredulidade no rosto dele, Marina sorriu friamente: — Sim, ela é tão gentil e bondosa, também é médica, como poderia me prejudicar? Deve ser porque eu sou mesquinha e quero me vingar dela, então eu a incriminei, não é isso que você quer dizer, Dr. Caio? Ouvindo o sarcasmo em suas palavras, Caio ficou tão irritado que apertou os dentes. — Então você fingiu ser muda só para ela deixar pistas do crime? — O que mais poderia ser? Ela sabotou meu guindaste e ainda trocou meus medicamentos. Mesmo eu estando muda, ela não me deixou em paz, tentando me fazer morre
Henrique soltou um resmungo de irritação:— Você nunca conheceu a filha deles, ela estará lá hoje. E se você gostar dela? Isso preocupa o Sr. Carlos e a mim, ele até ficou doente por causa disso.Caio respondeu:— Não fale assim, eu não posso assumir essa responsabilidade. Se a filha deles não encontrar alguém, posso colocá-la em um site de namoro ou você pode pedir para o Sr. Carlos levar o currículo e fotos dela ao parque aqui embaixo para ver se encontra alguém adequado. Por que tem que me envolver sempre?Após falar, Caio desligou o telefone e viu Marina com as mãos cerradas em punhos, olhando para ele com uma expressão sombria.Caio sorriu e beliscou a bochecha dela:— Você fica tão zangada ao ouvir sobre minha ex-noiva, Marina, como você ainda diz que não gosta de mim?Marina virou o rosto com um sorriso frio.— Eu jamais gostaria de você!Caio riu:— Não fique brava, eu não tenho mais nada a ver com aquela mulher. É o avô dela que sempre quis me casar com sua neta. Que época es
Caio ficou paralisado. "O que está acontecendo? Marina a minha parceira do casamento arranjado? Como nunca descobri isso?"Ele olhou, atordoado, para Henrique:— Vovô, você já conheceu essa mulher antes?Henrique resmungou:— Independentemente de eu tê-la conhecido ou não, agora isso não tem mais nada a ver com você.Após dizer isso, Henrique também caminhou em direção a Marina.— Mari, eu sou amigo do seu avô, você se lembra?Marina sorriu e assentiu:— Lembro sim, Sr. Henrique, quanto tempo.— Não esperava que nossa Mari, agora adulta, estivesse ainda mais bonita do que quando criança, além de tão talentosa, chegando a ganhar o prêmio de Melhor Atriz. Isso realmente é motivo de comemoração. — Henrique fez uma pausa e continuou. — É uma pena que tem gente que não entende, que não valoriza você. Depois eu te apresento alguns homens mais bonitos, tenho muitos de boa condição nas mãos, todos muito mais capazes que meu neto.Marina não recusou, sorrindo, disse:— Obrigada, Sr. Henrique.
Ao ouvir essa voz, Carlos ficou com os olhos marejados e bateu no ombro dele, dizendo: — Que bom, Au finalmente conseguiu superar. Nos últimos dois anos, todos estávamos preocupados que ela não resistiria, mas agora finalmente está tudo bem. Todos se cumprimentaram e então entraram na sala privada. Joana e Catarina tinham decorado a sala de maneira bastante aconchegante. Anselmo, com um pequeno sorriso, disse: — Que lindo, parece que a tia Marina vai se casar. Marina sorriu e beliscou sua bochecha, dizendo: — Quando eu me casar, você será meu pajem de alianças, que tal? Os olhos brilhantes de Anselmo imediatamente olharam na direção de Caio, e ele perguntou sorrindo: — Tia Marina, você vai se casar com o tio Caio? Marina balançou a cabeça negativamente. — Não. Anselmo então disse: — Então por que ele fica olhando para você assim, como papai olha para mamãe e como vovô olha para a bela Sra. Ivana? Mamãe diz que isso é um olhar de quem está apaixonado. Ao ouvir