Ele realmente desejava que Deus lhes concedesse mais tempo, para que Aurora se ajustasse a tudo o que estava ocorrendo. Heitor carregava Aurora nos braços enquanto adentrava o quarto de hospital de Álvaro. Ao entrar, Aurora avistou Álvaro envolto em aparelhos médicos. Ela sentiu como se tudo à sua volta escurecesse e sua garganta parecia repleta de espinhos, doendo tanto que lhe impedia de respirar. Se sentou ao lado da cama de Álvaro e murmurou suavemente: — Papai. Álvaro não mostrou reação, continuando a repousar serenamente na cama. As pequenas mãos de Aurora se agarravam firmemente à mão de seu pai, enquanto as lágrimas corriam incessantemente por seu rosto: — Papai, quando eu era pequena, você segurava minha mão desta forma, dizendo que enquanto você não soltasse, eu nunca iria embora. Agora estou segurando sua mão do mesmo jeito, por favor, não me deixe, está bem? — Aurora fez uma pausa antes de prosseguir. — Meu filho já se foi, se você também me deixar, eu realm
Heitor levou Aurora de volta ao quarto, observando ela em agonia, seu coração doía como se fosse cortado por uma lâmina. Ele segurava firmemente a mão de Aurora, sussurrando para confortá-la: — Au, não pense demais, tudo vai ficar bem. Aurora olhou para seu rosto pálido e perguntou com a voz rouca: — Como estão as coisas com a Isadora? Heitor respondeu: — Já enviei um advogado, o caso está na fase de coleta de provas, ainda não sabemos o resultado. — Heitor. — Aurora chamou suavemente. — Eu estou bem, com tantas pessoas cuidando de mim aqui, eu ficarei bem. Vá cuidar do caso da Isadora, isso é mais urgente. Ao ouvi-la, os olhos de Heitor se encheram de lágrimas. Por causa dele, ela perdeu seu filho e seu pai ficou ferido, mas ela nunca o culpou, em vez disso, ela o confortava. Quanto ela o amava para oferecer tal amor incondicional? Heitor sentia uma dor intensa no peito e baixou a cabeça para beijar a testa de Aurora, lágrimas quentes caíram sobre seu rosto, enqu
Ela já havia antecipado a decisão de Heitor; caso contrário, ele não estaria ausente ao seu lado.Aurora fechou os olhos em agonia e lágrimas deslizaram pela sua face, caindo sobre o travesseiro. Ela não queria se separar de Heitor, nem estava disposta a isso. Se até ela partisse, o que seria de Heitor sozinho? Ela balançou a cabeça, inaceitavelmente: — Eu não acredito que ele vá querer se separar de mim, nem que ele vá desistir do nosso amor, Marina, eu quero vê-lo.Marina pegou um lenço de papel e enxugou as lágrimas dela, dizendo: — Ele foi para o País da Montanha Solitária, disse que só voltaria daqui a alguns dias e pediu para eu ficar com você. Aurora perguntou: — O que mais aconteceu nesses dias? Me conta. Marina respondeu: — Não foi muita coisa, apenas competições de negócios. A família Duarte está agora sob o controle de Geraldo, a influência de Heitor está decaindo, enquanto os negócios das famílias Valente e Cruz continuam em declínio. — Marina fez uma pau
Aurora sentia uma dor indescritível naquele momento.Contudo, estava controlando suas emoções, deixando apenas as lágrimas caírem silenciosamente.Ela elevou os olhos para encarar Heitor e disse, com a voz embargada:— Heitor, você prometeu, quando nos casamos, que nos dias futuros, não importaria se por doença ou morte, dificuldades ou facilidades, nós sempre caminharíamos juntos. — Aurora fez uma pausa antes de prosseguir. — Todas essas promessas foram apenas palavras para você?— Au, me desculpe, não quero mais te ver sofrer. Se nos separarmos, as famílias Valente e Cruz podem se reconciliar, assim seu pai estará seguro. — Heitor pausou antes de continuar. — Dario sabe que você é minha fraqueza, por isso ele não tira os olhos de você. Com você ao meu lado, não consigo me dedicar totalmente a esta luta para salvar minha mãe e meu avô, e para vingar nosso filho. Preciso me afastar de você. Au, você já perdeu tanto por minha causa, não quero mais ser um peso para você.Aurora, com os o
— Certo, eu chego logo. — Aurora se dirigiu até a casa de Iolanda.A sala estava repleta de itens de bebê, com brinquedos, mamadeiras e fraldas. Cada canto estava impregnado com o cheiro de bebê.Ao ver tudo isso, o nariz de Aurora ficou sensível, ela não conseguiu evitar que seus olhos se umedecessem.Se seu bebê ainda estivesse vivo, ele já teria mais de um mês e estaria sorrindo para ela.Lembrar disso provocou uma dor insuportável no peito de Aurora.Iolanda desceu as escadas e, ao ver Aurora assim, também se entristeceu.Ela se aproximou de Aurora, segurou sua mão e disse:— Você está pensando no seu filho, não está?Aurora assentiu levemente, com os olhos marejados olhando para Iolanda:— Eu sempre sinto que meu filho ainda está aqui, que ele sempre está ao meu lado, todos os dias eu sonho com ele sorrindo para mim. Prima, será que estou com depressão pós-parto?Iolanda acariciou seu rosto, com compaixão.— Se você sentir falta do seu filho, me ligue, meus dois filhos são seus ta
Iolanda segurava o celular direcionado para Aurora e dizia:— Au, deixa eu tirar uma foto sua com o Anselmo. Depois que o Sandro acordar, podes tirar algumas com ele também. Quando não estiver fazendo nada, olhe para estas fotos, elas vão melhorar o seu humor.Aurora compreendia perfeitamente o que Iolanda queria dizer.Ela sorriu amargamente, virou o rosto de Anselmo para a câmera e baixou a cabeça para olhá-lo.— Amorzinho, olha para a mamãe, vamos tirar uma foto juntos.Os olhos grandes e expressivos de Anselmo brilhavam enquanto ele olhava para ela, com o punho na boca.Aurora apontou na direção de Iolanda e disse:— Amorzinho, estou pedindo para olhar para a mamãe, ela está a tirando uma foto.Anselmo continuava a olhar para ela, murmurando algo com a sua pequena boca.Quando Igor entrou, presenciou essa cena.Ele sussurrou no ouvido de Iolanda:— Este menino é perspicaz, sabe quem é sua mãe.Iolanda deu a ela um leve empurrão e fez uma careta para ele, então tirou várias fotos de
Igor falou: — Bem, eu me esforcei para cortejar a mãe dos filhos um dia mais cedo, isso não é suficiente? Observando os dois brincarem, Aurora se sentia feliz por eles, porém essa sensação familiar, como uma faca, perfurava seu peito. Ela se levantou imediatamente e disse: — Preciso ir agora, desejo a vocês uma boa viagem amanhã. Tenho um caso no tribunal, então não posso acompanhar vocês até partirem. Iolanda respondeu: — Tudo bem, não é necessário acompanhar, mas se lembre de visitar as crianças mais vezes. Aurora saiu dirigindo da casa de Iolanda e, sem perceber, chegou ao cemitério do bebê. Ela colocou um buquê de flores no túmulo, se agachou e limpou a lápide com um lenço de papel, lágrimas caíam sobre a pedra enquanto ela falava com a voz embargada: — Bebê, hoje visitei os dois filhos da sua tia Iolanda, eles são muito fofos. Se você ainda estivesse vivo, provavelmente seria tão adorável quanto eles. Após falar, ela se ajoelhou no chão, enterrando o rosto nos
Após Patrícia retornar ao País da Montanha Solitária para cuidar de Gael, ela se mudou para a Mansão do Vale Sereno, onde todas as suas necessidades eram atendidas por Dario. No começo, ela não achou nada de mais, mas depois começou a sentir que algo estava errado. Havia seguranças por toda parte, e eles a acompanhavam onde quer que ela fosse. Além disso, seu celular estava bloqueado para acessar sites domésticos, ela não recebia notícias de casa, nem conseguia contatar pessoas de lá, e até as chamadas de Geraldo eram raras. Finalmente, ela entendeu o que estava acontecendo. As suspeitas de Isaac estavam corretas, seu irmão realmente tinha problemas. Patrícia queria saber o que tinha acontecido em seu país, estava curiosa sobre a empresa de Heitor e se Aurora tinha dado à luz, por que ela não tinha notícias dela. Ao meio-dia, ela secretamente colocou um pouco de remédio para dormir na comida dos seguranças. Aproveitando que os seguranças estavam dormindo, ela pegou o celula