Ninguém escolheria partir neste momento, mas Heitor parece não acreditar nisso de modo algum.

Ele segurou o queixo de Aurora com firmeza, sua voz se tornava cada vez mais severa:

- Aurora, você é tão cruel a ponto de me deixar aqui sozinho e partir? Já pensou no que farei depois que você se for? Se lembra da promessa que me fez, de que, não importa o que aconteça, ficaríamos juntos para sempre?

Quanto mais ele falava, mais dor ele sentia, e seus olhos começaram a ficar vermelhos.

Uma camada de névoa aquosa cobriu seus olhos profundos.

Ele abaixou lentamente a cabeça, sua voz também estava muito baixa.

- Au, por favor, não me deixe, tá?

Ele não esperava que Aurora reagisse, se inclinou e capturou os lábios macios dela.

Esse beijo, carregado de uma força dominante, parecia cheio de vingança.

Aurora quase perdeu o fôlego, quase se afogou nesse beijo.

Heitor finalmente lhe deu uma chance de respirar, mas, logo em seguida, sem aviso, forçou a entrada em sua boca, explorando ela profundament