- Não, Tábata sabe que você vem e preparou muitas delícias. Se você não comer e for embora, ela provavelmente não terá um bom Ano Novo.Eles conversavam enquanto caminhavam para dentro. Assim que entraram no hall, uma figura familiar apareceu diante dela.Isadora, vestindo um festivo vestido vermelho de lã, estava na porta sorrindo para ela: - Au, feliz Ano Novo.Aurora parou bruscamente.Ela olhava fixamente para Isadora, atônita."Será que o parente que Murilo mencionou pertence à família Duarte?""A avó trouxe a família para cá de férias?"Aurora sorriu surpresa: - Isadora, todos vocês estão aqui?Isadora acenou com a cabeça, sorrindo: - Sim, esta é a família da vovó, ela não vinha aqui há muitos anos, como eu estava livre este ano, trouxe ela.Aurora deu um sorriso leve: - Que coincidência.Isadora a puxou para dentro, falando enquanto caminhavam: - Você não sabe, a vovó e a senhora Tábata souberam que você viria e estão na cozinha desde cedo, preparando o que consideram as co
Aurora havia vomitado até ficar confusa, estava com a mente ainda em estado caótico. De repente, ao ser questionada por Manuella, ela ficou sem saber como responder. No entanto, ao ver as lágrimas no rosto de Manuella, seu coração também se comoveu. A desculpa que pretendia usar para se esconder ficou presa em sua garganta. Ela não conseguia falar. Ao ver sua hesitação, Manuella se tornou ainda mais certa de sua suposição.Ela segurou a mão de Aurora e disse: - Au, a vovó já sabia. Uma menina tão boa como você, como o céu poderia não permitir que você tivesse um filho? Você não planeja contar para o Heitor, certo?Manuella, a matriarca da família Duarte, rapidamente adivinhou o que estava no coração de Aurora.Isso deixou Aurora um pouco perdida.- Vovó, desculpe, eu não quero que o bebê se machuque. Se a Solange e a Sarah souberem, elas certamente farão de tudo para me prejudicar.Com a confirmação de Aurora, Manuella se sentiu como se tivesse tomado um calmante. Ela enxugou as
Além da família Vieira e da família Ribeiro, também estariam presentes a família Valente e a família Frota. Juntas, essas famílias somavam mais de duzentas pessoas, incluindo idosos e crianças. No entanto, ao descer do carro, Aurora avistou uma figura familiar. Sarah, de braços dados com Ademir, caminhava sorridente em direção a elas. Marina mordeu os dentes, visivelmente irritada.- Por que essa mulher está em todos os lugares? Só de vê-la, me dá vontade de vomitar.Aurora sorriu levemente:- Temo que ela não tenha vindo com boas intenções, devemos ficar atentas.Pouco depois, se ouviu a risada suave de Sarah.- Ademir, esta é a advogada Aurora, que eu mencionei. Ela é muito conhecida no meio jurídico da Cidade B. Se você tiver algum caso, pode entregá-lo a ela. Seria uma forma de ajudar o Heitor, cuidando um pouco dos negócios da ex-namorada dele.Com uma frase, Sarah não apenas clarificou o relacionamento passado entre Heitor e Aurora, mas também elevou sua própria posição. Aur
- Srta. Sarah, se pode comer qualquer comida, mas não se pode falar qualquer coisa. Quando foi que estive em suas mãos? - Perguntou Heitor, vestido com um colete de terno e uma camisa preta, exibindo uma postura esguia e imponente, com um casaco pendurado no braço. Seu rosto era austero, com sobrancelhas marcantes e olhos profundos. Ele caminhou em direção a eles com suas pernas longas e bem vestidas em um terno, cada passo marcado por sua autoconfiança, como se o ar ao seu redor se tornasse mais rarefeito. Ao chegar ao lado de Aurora, colocou o casaco sobre seus ombros. Seus olhos, antes distantes, se suavizaram ao olhá-la, se tornando instantaneamente ternos e carinhosos. Sua voz também se tornou mais rouca.- Vestindo tão pouco, e se você pegar um resfriado? Aurora olhou para ele, surpresa:- Como você veio parar aqui?Heitor passou a mão levemente pela cabeça de Aurora e então dirigiu seu olhar para Sarah, com um sorriso irônico nos lábios.- Se eu não tivesse vindo, como ouvi
Marina deu um riso frio e sarcástico. Realmente, seria um desperdício se Sarah não estivesse atuando, ela tinha um talento nato para isso. Com desprezo, ela zombou:- Há bastante bebida aqui, beba se quiser, ninguém está te impedindo.Sarah olhou para as pessoas ao redor com um olhar desamparado e sua voz soava extremamente triste:- Eu faria qualquer coisa por seu perdão, até mesmo morreria se necessário.Após falar, pegou seu copo e bebeu outro gole. Justamente quando pretendia continuar bebendo, Carlos a repreendeu de repente.- Marina, chega, ela já pediu desculpas. Se não for pelo respeito a ela, pelo menos respeite a sua bisavó Bianca. Beba este copo e vamos deixar isso para trás.Como era um mais velho falando, Marina pareceria petulante se continuasse a fazer escândalo.Ela nem pensou e foi pegar seu copo para beber.Foi nesse momento que ela viu um lampejo de cálculo nos olhos de Sarah. Marina então percebeu que quase caiu no truque de Sarah. Se bebesse o copo, sua gravid
Diante do interrogatório de Carlos e das risadas dos outros, Marina amaldiçoou Sarah em seu coração.Ela sabia que Sarah tinha ido causar problemas, mas não esperava que ela fosse tão ardilosa a ponto de revelar sua gravidez na frente de tantas pessoas.Seu avô sempre valorizou muito a reputação das mulheres e esse escândalo certamente o irritaria.Os Vieiras era uma família nobre e ela é a única neta de seu avô.O casamento dela também era o assunto mais importante para toda a família.Ela nunca imaginou que sua gravidez pré-matrimonial seria exposta.Marina, que sempre agia no oito ou oitenta, levantou o rosto e disse: - Não é você quem sempre me pressiona para um casamento arranjado? Como eu ousaria dizer a verdade? Até namorar tem que ser às escondidas, imagina ter um filho.Carlos franzia a testa severamente: - Não importa quem seja esse homem, traga-o aqui. Se ele não for decente, mesmo com um filho, eu não aceitarei.Marina viu que seu avô não estava muito zangado e sorriu ime
Observando no espelho um rosto que lembrava um pouco o de Aurora, Sarah sorriu maliciosamente. Se ela se vestisse com aquela roupa e fizesse uma maquiagem similar à de Aurora, não conseguia acreditar que Heitor, embriagado, não a confundiria.Quando conseguisse levá-lo para a cama, queria ver como ele continuaria a perseguir Aurora.Pensando em seus planos secretos, Sarah sorriu de forma triunfante.Ela começou a tirar as roupas sujas que vestia, prestes a trocar por um vestido novo, quando as luzes do quarto se apagaram repentinamente.Ela se assustou, com o coração se contraindo.Na sua cidade natal, durante os memoriais aos mortos, ela sempre se assustava com os espíritos.Até hoje, não conseguia dormir no escuro.Justo quando estava prestes a sair para chamar alguém, a luz do teto acendeu novamente, mas, não passou muito tempo, as luzes se apagaram novamente enquanto ela estava apenas de lingerie.Então, ruídos estranhos começaram a ecoar pelo quarto.Eram exatamente como naquela
Kauan entrou, vestindo um casaco de cashmere cinza, com passos longos e alinhados.O homem sempre gentil e elegante exibia agora um semblante frio e severo.Se aproximou de Sarah, a levantou do chão com uma das mãos e falou de modo glacial:- Você envergonhou toda a família Valente e ainda ousa falar da sua mãe. Vá para casa e reflita!Sem piedade, Kauan arrastou Sarah para fora.Cláudia sentiu que algo estava errado. Seu neto, sempre gentil e carinhoso, mimava essa irmã desde pequena. Por que ele agia com tamanha implacabilidade? O que significavam suas palavras?De imediato, Cláudia segurou a mão de Ademir e disse:- Ademir, volte comigo. Acho que Kauan está escondendo algo de nós.Ademir assentiu:- Vou me despedir das pessoas e já vamos.Eles deixaram o salão de festas às pressas e viram Kauan colocando Sarah no carro, enquanto perguntava em voz alta.As veias no pescoço de Kauan estavam salientes e seus olhos exibiam um tom vermelho intenso.Com a voz rouca, ele questionou:- O p