O amor dela por ele era genuíno e fervoroso, mas carregado de grande dor.

A garganta de Aurora doía e sua voz rouca fazia o coração de Heitor tremer.

- Heitor, Heitor.

Ela repetia o nome de Heitor enquanto se deitava em seus braços.

Em seus sonhos, ela também o chamava frequentemente.

Porém, cada despertar era marcado por um travesseiro molhado de lágrimas, com ele ausente ao seu lado.

Heitor acariciava delicadamente o canto dos olhos dela, e a dor em seu olhar era indiscutível.

De repente, ele se recordou da vez em que Aurora foi afetada por um medicamento estimulante, chamando seu nome repetidamente da mesma forma.

No coração dela, ele sempre foi seu grande amor.

Mesmo que ele a tivesse ferido profundamente.

Esse amor profundo fazia Heitor sofrer imensamente.

Ele a abraçava firmemente, sussurrando palavras de conforto.

- Au, estou aqui e sempre estarei, está bem?

Eles permaneciam abraçados, alheios ao tempo que passava, até que o celular de Aurora tocou.

Ela estava prestes a se af