Para a criança de uma amante, ele a insultou assim.Os dedos frios de Heitor tocaram levemente o canto dos olhos de Aurora, seu sorriso, embora presente, não alcançava os olhos.- Eu não acredito que ela tenha capacidade de arquitetar planos tão complexos contra Sarah. Tio Hélio, por que não investiga o que sua filha tem feito no exterior todos esses anos?Essas palavras deixaram Hélio sem resposta.Durante esses anos, Sarah esteve sozinha no exterior, acompanhada apenas por uma empregada que cuidava de sua vida cotidiana.Ele realmente desconhecia a vida privada dela, mas ele a havia criado desde pequena e conhecia seu caráter.Estava convicto de que sua filha nunca faria algo tão terrível.Após desligar o telefone, a voz e a expressão de Heitor eram severas enquanto falava, mas, no momento em que olhou para Aurora, se suavizaram imediatamente.Ele estendeu sua mão grande e acariciou gentilmente a cabeça de Aurora, sua voz era doce.- Au, não se preocupe, eu definitivamente não deixar
Os olhos de Heitor, que até então sorriam, esfriaram instantaneamente. Ele estava prestes a ir até lá e desligar o telefone quando ouviu Aurora responder suavemente:- Tenho tempo, amanhã estarei de folga. Que tipo de comida sua mãe gosta? Posso ajudar ela a escolher um restaurante.Geraldo sorriu gentilmente:- Você é tão atenciosa, não tem medo de que minha mãe realmente goste de você?- Não é isso que você quer? Que ela goste de mim para que você possa recusar o casamento arranjado pela sua família? Fique tranquilo, eu vou me comportar bem.Aurora falava enquanto mexia os macarrões na panela.Geraldo, resignado, apertou a testa.Sua Aurora realmente não se lembrava mais dele.Ela não era mais a pequena menina que corria atrás dele o chamando de irmão o dia todo, ela tinha se tornado uma mulher madura, decidida e independente.Ele curvou os lábios e disse:- Então está bem, escolha o restaurante, eu vou buscar você em sua casa.- Não precisa, Sr. Geraldo, eu posso dirigir até lá.Ger
Heitor sentiu o coração afundar. Aquela mulher... Parecia que ele já a tinha visto em algum lugar. Especialmente aqueles olhos lindos e o sorriso gentil que habitava o fundo deles. A lembrança era tão antiga que ele não conseguia se lembrar de quando a tinha visto. Heitor se sentiu deslocado, mas rapidamente ajustou sua expressão facial. - Se isso te incomodar, posso me mudar para a mesa ao lado. - Não tem problema, se sente. - Patricia rapidamente escondeu sua surpresa inicial. Aurora se sentiu embaraçada e irritada, chutando Heitor por debaixo da mesa. Mas, antes que ela pudesse retrair o pé, ele foi firmemente preso entre as pernas de Heitor. Não importava o quanto ela tentasse, ela não conseguia se libertar. Vendo seu rosto ficar vermelho de raiva, Heitor sorriu de canto. Ele lhe serviu um copo de bebida gelada, oferecendo com um sorriso: - Parece que está tão quente aqui que você ficou vermelha, advogada Aurora. Beba algo gelado para esfriar. Aurora o amald
Após falar, visivelmente irritada, ela caminhou em direção ao restaurante. Até pouco tempo atrás, mantinha um semblante frio em relação a ele, mas, ao se virar, sorriu alegremente para Geraldo. Ver essa cena fez com que o fogo da ira ardesse ainda mais no coração de Heitor. Simão se aproximou correndo e, percebendo o rosto furioso do Presidente Heitor, tentou acalmar ele:- Presidente Heitor, está sendo um pouco precipitado. Nos últimos dias, a advogada Aurora estava mais amena com você, mas com essa sua atitude, voltou a ser como antes. Heitor o encarou, irritado:- Mas eu não posso ficar apenas olhando ela se entender bem com outro homem. Sem rodeios, Simão respondeu:- Presidente Heitor, você não fez o mesmo com ela antes? Desde que Sarah retornou ao país, não é verdade que você tem cuidado dela e negligenciado a advogada Aurora? Naquela época, ela provavelmente se sentia como você se sente agora, talvez até pior, porque, afinal, você não sofreu um aborto e nem perdeu muit
Geraldo se lembra claramente de quando Aurora era criança e gostava de usar vestidos com alças finas. Ela tinha uma marca de nascença em forma de flor idêntica nas costas. Aurora frequentemente lhe dizia que, se eles se perdessem, ele poderia encontrá-la por meio dessa marca. Geraldo franzia ligeiramente a testa.Seria muita coincidência. Mas, considerando os recentes acontecimentos estranhos envolvendo Aurora, ele não podia deixar de suspeitar de sua identidade. Sem demonstrar preocupação, ele disse:- Tudo bem, vou verificar isso quando voltar.Emerson pareceu surpreso:- Você aceitou tão rápido? Eles queriam te convidar para jantar, fale mais sobre isso.- Não é necessário, eu sei mais sobre isso do que eles.Após dizer isso, ele pegou suas coisas e saiu rapidamente.Sentindo que, se isso fosse verdade, Aurora poderia estar em perigo....Mais um fim de semana.Ao voltar para casa, Aurora encontrou Marina deitada no sofá, comendo batatas fritas e assistindo a vídeos. Sem se pr
- Quem é seu aluno? Eu sou seu antepassado!Depois de dizer isso, Marina percebeu o que estava acontecendo.Apontando para Caio, ela indagou:- Você é o Diretor Diaswo que o Edson mencionou?Caio, sem negar, confirmou com um aceno e disse:- Acertou, prêmio: uma garrafa de bom vinho.Dito isso, ele entregou a Marina uma garrafa de vinho tinto que estava segurando.Marina ficou completamente atônita.Um amigo havia recomendado um papel em um grupo de teatro que estava produzindo um filme beneficente sobre médicos que tratam pessoas feridas.Ela deveria interpretar uma enfermeira, observando o trabalho árduo dos médicos do seu ponto de vista.Para a autenticidade do filme, o diretor a mandou fazer um estágio no hospital por um mês.Ela também foi designada um mentor, o especialista em cardiologia, Diretor Diaswo.Ela pensava que esse diretor teria mais de quarenta anos.Mas era Caio, que ainda não tinha trinta anos.Marina mordeu o lábio, frustrada, e estava prestes a deixar Caio entrar,
Aurora olhou para Heitor, incrédula. Os apartamentos aqui não eram grandes, com apenas dois quartos e uma sala, totalizando cem metros quadrados. Nem sequer comparáveis ao tamanho do quarto de Heitor. Ele havia deixado sua luxuosa mansão para ser vizinho dela, tudo para cuidar da saúde de Branquinho. Branquinho, por sua vez, se mostrava tão animado que nem parecia estar deprimido. Aurora sorriu friamente:- Presidente Heitor, você realmente se esforça muito por Branquinho.Heitor a observou seriamente:- Au, a médica disse que ter um segundo filhote ajudaria muito na recuperação de Branquinho. Ela sugeriu que nós poderíamos ter um irmãozinho ou irmãzinha para ele. O que você acha?Ele não via exagero em suas palavras. Ao contrário, observava ela atentamente, aguardando sua resposta. Aurora sorriu levemente:- Presidente Heitor, se você quer dar um irmãozinho ou irmãzinha para Branquinho, poderia simplesmente adquirir outro pet na loja. Afinal, por mais que tente, você não pode d
- Heitor, se você não vier, se prepare para encontrar meu corpo! Eu prometi a Larissa que cuidaria bem de Sarah e não posso permitir que ela morra assim.Enquanto falava, Solange segurava uma faca e a pressionava contra o próprio pescoço.Vera correu em sua direção e gritou ao telefone:- Heitor, sua mãe está ameaçando se suicidar, você conhece o temperamento dela, venha rápido!Heitor estava enfurecido, as veias na testa pulsando visivelmente.Ele não compreendia por que sua mãe era tão indulgente com Sarah.Após tudo o que ela havia causado, ainda esperava que ele se casasse com ela.Será que ela realmente desejava que seu filho se casasse à força?As emoções em seus olhos eram turbulentas.Sua voz soava fria:- Espere!Com isso, desligou o telefone abruptamente.Seus olhos, avermelhados de raiva, se viraram para a cozinha.Aurora lavava legumes e suas emoções eram difíceis de discernir.Certamente ela havia ouvido a conversa.Heitor avançou rapidamente em direção à cozinha e a abraç