Registraram o menino como Dom Zendaya Rolland. Ele passou alguns dias no hospital, em observação, como precaução após ter nascido em um local tão impróprio. Nita e Leon o acompanharam a todo o momento, a menina se sentindo emocionada a cada vez que conseguia amamentar o bebê, mesmo que ele ainda precisasse de algum complemento.
Acabou sento mais difícil explicar para Nico, Kaio e os avós dos novos pais. Enquanto os Zendaya e os Carrilho estavam chocados com a partida de Maju e a decisão de Nita, os Ferreira e os Rolland se preocupavam que Leon estivesse sendo impulsivo e se arrependesse. Foi só depois que Carola, Darlan e Valéria os levaram ao hospital, e eles flagraram Nita amamentando o bebê com Leon ao seu lado que entenderam que aquilo não era mais uma questão de escolha.
Já Nico não compreendia com
“Dezoito anos! Como assim nossos filhos já tem dezoito anos?” Gritava Pablo, observando a mesa do bolo ser arrumada. “Eu ainda me lembro da Aline grávida.”“Porque não faz dezoito anos da última vez que você viu ela assim.” Aporrinhou Junior, arrancando risos.“Eu preciso dizer que estou orgulhosa da gente. Porque há dezoito anos nós criamos, praticamente, nove crianças. Porque nós criamos eles todos juntos, né?” Lembrou Marcela.“Dezoito anos vitoriosos!” Aplaudiu Caique.“Não totalmente, né?” Suspirou Carola, sendo abraçada por Darlan.“Vitória não é não ter baixas, amiga, porque nós tivemos... Duas.” Lembrou Valéria. “Perdemos o Dom no mei
Luan estava sentado em sua escrivaninha, no meio de um bloqueio criativo. Andava em uma época estressante no trabalho, com muitos projetos sendo passados para ele. Sabia que era talentoso, seus desenhos ficavam melhores a cada trabalho que ilustrava. Mas estava infeliz.“Hey, lindo.” Luna entrou com duas canecas nas mãos. “Trouxe um chocolate quente, para ver se te ajuda.”“Você é um anjo, sabia?” Ele pegou a caneca, puxando Luna para sentar em sua perna. “Eu só estou cansado, amor, nada demais.”“Eu sei, amor, você está trabalhando muito.” Concordou Luna, bebericando seu chocolate. “Mas você está indo bem.”“Você é suspeita, vida.” Ele beijou o ombro dela, bebericando seu chocolate também. “Talvez eu esteja incomo
Eric abriu os olhos, um pouco grogue. Olhou para o lado, vendo seu pai sentado na cadeira do hospital, o analisando. Tentou sorrir, mas não conseguia fingir para Mariano.“Essa família sempre acaba no hospital, hã?” Tentou brincar, vendo o pai suspirar.“Pelo menos dessa vez é só um joelho, não um coração precisando ser operado.” O homem se apoiou na cama do filho. “Como está, Eric?”“Grogue de remédio e ainda sentindo dor.” O rapaz observou a perna imobilizada e içada da cama. “Devia ter imaginado que a Susi ia chamar vocês.”“Ela nem teve cabeça para isso. Veio direto com você para o hospital, foi seu técnico que nos ligou. Ele nem tinha desligado o telefone e as malas já estavam sendo feitas.”
“Certo, ok. É, nós temos algo sim para contar.” Começou Luna, encarando o namorado. Ele assentiu, pegando algo do bolso da calça e entregando para ela. “Bom, só vejam.”Ela entregou um envelope para os pais, enquanto Luan fazia o mesmo. Os casais trocaram olhares, antes de abrir o envelope e puxar o conteúdo. Entenderam e reconheceram o exame de ultrassom na hora, sentindo o misto de emoções começar a fervilhar.“Isso é...” Lily encarou o papel da mão dos pais.“Esse, Lily, é o sobrinho de vocês. Que está aqui na barriga da Luna.”Foi só quando ouviram as palavras de Luan que aquilo se tornou real. Até ali, era apenas uma imagem que poderia ser de qualquer ultrassom no mundo. Mas agora, aquela imagem era o primeiro vislumbre
“Aqui, eu trouxe um suco.” Elis voltou com uma bandeja, jarra e copos. “Não que eu ache que elas precisem, né?”“Elas, não. Mas eu sim.” Garantiu Junior. “Elis, você não pode esconder uma coisa como gravidez do seu padrinho, menina. Essas coisas não se faz!”“Padrinho? Ela escondeu da mãe dela.” Megan Felicia despertou, se levantando e indo até a filha. “O que você tinha na cabeça, Elis? Minhocas? Tá parecendo o Eric!”“Hey, sem ofender meu filho! Ele não está aqui para se defender!” Reclamou Mariano.“Tá, vamos explicar, calma.” Elis colocou a bandeja na mesinha de centro, indo sentar ao lado do namorado.“Tudo começou há pouco mais de um ano atr&aacu
“Tudo bem, mãe, eu entendo a relutância do Nico. E não julgo ele, porque eu realmente fiz muita coisa ruim.”Maju se aproximou do caçula. “Eu não vou dizer que virei santa, Nico, porque não virei. Mas não quero mais fazer mal para vocês, e honestamente, meu sentimento pelo Dom é zero. Ele não é meu filho, nunca foi. Ele é filho da Nita e do Leon, e sempre vai ser.”“Então... Nesse caso eu acho que posso te perdoar.” Concordou o rapaz, estendendo a mão. “Mas não consigo te tratar da mesma forma que trato a Nita.”“Tudo bem, eu também não te vejo da mesma forma que ela.” Maju se virou, encarando a gêmea. Nita estava muda. “Você quer conversa comigo à sós.”“Vamos no
Tinham sido quase 18 anos juntos, mas agora, a sensação de ter Maju ali era a sensação de ter um completo estranho. Todos podiam observar que as diferenças entre ela e Nita, que sempre foram imperceptíveis, agora eram gritantes. Os cabelos de Maju tinham luzes loiras, cortados na altura do queixo. Seu rosto era muito magro e marcado, assim como o corpo.Ela estava parada observando aqueles que por muito tempo havia considerado como sua família. Um pouco para trás, seus pais e Nita com Leon, e era palpável o clima denso e pesado. Quase teve vontade de rir daquela cena, mas sabia que se fizesse isso corria o risco de tomar um safanão de Elis ou Susi, que estavam com uma cara bem feia.− 24 anos, e vocês ainda comemoram todos juntos, na lanchonete? – foi a primeira coisa que disse, dando uma risada fraca – As pessoas costumam dizer que
− Pode, porque eu sei que, quando eu partir, você vai ser a única pessoa que não vai ter o menor interesse em me achar. Mudei para Megan Luiza Carrilho. Não suportava mais essa coisa de “amor tem quatro letras”.− E usou o sobrenome de solteiro da sua mãe, inteligente.− É, logo que fizemos 18 anos. Consegui um advogado bobinho, estilo “porta de cadeia”. Ele não cobrou nada de dinheiro, se me entende, e me ajudou a fazer a mudança de nome, sem envolver meus pais. Eu estou vivendo no Rio Grande do Sul desde essa época.− Foi tudo friamente calculado, não foi?− O pior é que não. Sim, eu ia abandonar o bebê e fugir, mas as coisas mudaram de rumo. A pessoa que ia me dar uma carona após o parto resolveu ir embora antes, e eu consegui um e