Alejandro GonzálezEla vem pra cima de mim, mas de repente a toalha caiu aos meus pés, deslizando suavemente no chão. Num reflexo, Isabelle se abaixou para pegá-la, mas fui mais rápido. Segurei-a, e abracei-a antes que ela se cobrisse… Nossos corpos praticamente colados, fazendo subir um calor que ficou rapidamente quase insuportável. Meu coração disparou. Quando nossos olhares se cruzaram, percebi que não havia mais volta.Segurei-a pela nuca e, sem hesitar, beijei-a com todo o desejo que tinha tomado conta de mim. Ela soltou um leve gemido, que me fez perder o controle por completo. Minhas mãos deslizaram para sua cintura e desceram até seus quadris, enquanto nossas respirações ficavam cada vez mais ofegantes. O ambiente parecia desaparecer ao nosso redor. No calor do momento, a joguei na cama… sem quebrar o contato entre nós.Comecei a tirar minha camisa, mas Isabelle, com um brilho malicioso nos olhos, me ajudou a remover o restante das roupas. Quando me vi apenas de cueca, tudo o
Isabelle MattosPassamos o dia juntos, até almoçamos no quarto e quando a noite se aproximou ele me convidou para sair para jantar. Saímos para um restaurante pequeno, mas muito charmoso, próximo do apartamento e até fomos caminhando até lá. Tudo com Alejandro era mais divertido que o normal. Passamos a noite conversando, namorando e nos divertindo muito, parecia que nos conhecíamos há muito tempo. Voltamos para o prédio andando, rindo, animados, e ainda sob o efeito de duas garrafas de espumante, de muito carinho e de algumas provocações bem ousadas. Entramos no prédio e seguimos até o elevador, ainda rindo.Alejandro digitou o 20º andar, mas, quando o elevador parou no 2º, que a porta se abriu, eu não acreditava no que via: lá estava ela de novo, a mesma espanhola descarada da noite anterior. Pensei: "Meu Deus, me segura! Eu vou rachar a cara dessa mulher!"Ela entrou, com uma postura completamente diferente, agora aparentando seriedade.— Boa noite. — disse a tal de ‘Angela’, com
Isabelle MattosAcordei com um toque suave e a sensação de algo sendo colocado em meu rosto. Ainda meio sonolenta, e até me assustei.— O que você está fazendo? — perguntei com a voz carregada de sono e um leve mau humor.— Feche os olhos, anjo. Só confie em mim — Alejandro respondeu, com um tom divertido, mas determinado.— Me explica o que está acontecendo primeiro.— Prometa que vai manter os olhos fechados e deixar eu colocar essa venda em você. Não é o que você está pensando... ainda — disse ele, com um sussurro malicioso ao meu ouvido.Minha curiosidade e desconfiança estavam acesas.— Posso pelo menos ir ao banheiro antes?— Não, senhora.— Alejandro, é sério! Preciso ir ao banheiro! Por favor, prometo que fecho os olhos depois.Ele suspirou, resignado.— Está bem, mas eu coloco a venda em você agora e te levo até lá. Fico esperando na porta.Revirei os olhos, mas cedi. Ele ajustou a venda com cuidado e começou a me guiar.— Se isso for uma brincadeira de mau gosto, vou ficar m
Isabelle MattosDepois de uma hora, saímos para passear por Nova York. Alejandro parecia determinado a aproveitar o dia comigo, sem mencionar trabalho ou compromissos. Nossa primeira parada foi em um outlet de grifes. Para minha surpresa, havia uma espécie de promoção, o que me deixou animada — não que Alejandro parecesse se importar com isso, mas eu adorei.Era um verdadeiro paraíso do consumo. Transitamos entre estilos: jeans, camisas casuais, vestidos elegantes... Ele dava alguns palpites, mas me deixou à vontade para escolher o que quisesse.Almoçamos em um lugar simples, algo bem "americano" e calórico. Ele não gostou muito e preferia um restaurante mais sofisticado, mas eu consegui convencê-lo a sair da rotina.— Você é impossível, Isabelle. — Alejandro sorriu ao provar um hambúrguer, tentando não fazer careta. — Mas admito, é bom experimentar algo diferente de vez em quando.À tarde, seguimos para um shopping em busca de roupas para eventos formais. Ele insistiu que eu experime
Isabelle MattosEstar em Nova York com Alejandro tem sido como viver um sonho. Eu me sinto numa espécie de férias prolongadas... talvez até uma lua de mel improvisada, o que é algo absolutamente novo para mim.Enquanto ele passa os dias em reuniões e visitas às empresas — afinal, o objetivo principal da viagem são os negócios, não o romance — eu aproveito para explorar a cidade. Visito museus, galerias, praças e, é claro, os shoppings e outlets. Confesso que tenho me rendido aos mimos do meu espanhol.Além disso, esse tempo tem me feito refletir. Conviver com um homem como o Alejandro que teve acesso a uma educação de primeira e viaja pelo mundo, está me fazendo me questionar e repensar valores.Meu inglês está enferrujado, e percebo como seria bom voltar a estudar, aprimorar o que já sei e aprender coisas novas. Esses dias têm sido um divisor de águas para mim, em mais de um sentido.Penso nos jovens que crescem a mercê da sorte, sem oportunidades. Eu até que não posso reclamar da mi
Isabelle MattosO sábado amanheceu em Nova York, e abri os olhos com um sorriso involuntário. Era surreal pensar que oito dias já haviam se passado desde a minha chegada. O tempo, ao lado de Alejandro, parecia ter seu próprio ritmo: horas se transformavam em momentos eternos, e cada dia era vivido com uma intensidade que fazia tudo parecer uma vida inteira.Nosso relacionamento florescia de forma incrível, maduro e cheio de confiança. Alejandro tinha um dom de me fazer sentir segura, como se o universo conspirasse para nos unir exatamente naquele lugar e momento. Havia uma combinação perfeita entre paixão e cumplicidade, algo que eu nunca havia experimentado antes.Começamos o dia preguiçosamente na cama, prolongando o prazer da companhia u
Javier AlonsoEstou indo a um coquetel onde estão reunidos alguns dos mais renomados empresários do mundo. Meu filho costuma frequentar esses eventos regularmente, mas, no momento, está impossibilitado. Minha nora deu à luz ao meu neto recentemente, e a prioridade é estar com eles. Afinal, a família vem em primeiro lugar.É verdade que há algum tempo não participo ativamente desses encontros. Apenas compareço àqueles que realmente despertam meu interesse. Estou gradualmente delegando aos meus filhos o que lhes pertence. Já é hora de ambos assumirem suas responsabilidades. Quanto a mim, quero aproveitar a vida ao lado de minha esposa.Ao chegar ao coquetel, reencontro velhos amigos e filhos de grandes colegas. É sempre bom rever rostos conhecidos. Também estão presentes os chamados “novos ricos”, exibindo suas conquistas com entusiasmo. Contudo, algo - ou melhor, alguém - captura completamente minha atenção.Uma mulher belíssima. Apesar de uma leve timidez, ou talvez insegurança diante
Isabelle MatosMesmo sem gostar de ser obrigada a viajar, ir ao Rio de Janeiro não parecia tão ruim assim. Após sair de uma reunião com um cliente — já passava das 18 horas, mas o céu ainda estava claro — decidi pegar um táxi. No entanto, pedi para descer algumas quadras antes do hotel. Queria caminhar um pouco. O fim de tarde estava agradável, e eu precisava organizar meus pensamentos.Enquanto caminhava, perdida em meus devaneios, ouvi um grito abafado vindo de uma ruazinha lateral. Não pensei, apenas agi. Virei na direção do som, movida por um impulso que logo se mostrou um grande erro.Assim que entrei na rua, vi a cena e me arrependi instantaneamente. Um homem alto, visivelmente machucado, estava sendo segurado por dois rapazes. Um terceiro, mais agressivo, segurava uma pistola apontada para ele. Meu coração gelou.Tentei sair dali discretamente, mas meu salto entrou em um buraco no asfalto, quebrando e fazendo um barulho alto. O homem armado virou-se abruptamente, com os olhos f